ONDE ESTÁ O ROMANTISMO ?

Fiz essa pergunta ao me deparar com a situação atual.

Mulheres implorando para serem chamadas de “cachorras” de um lado, do outro o machismo supervalorizado masculino que: “Não é de ninguém, mas tá na pista pra negócio”. É incrível ver a que nível conseguimos chegar – e você achando que não dava para piorar.

O romantismo caiu no ostracismo, como coisa brega, cafona do século XX e hoje em dia, o amor não é mais como antes; as coisas são mais fugazes, e já ouvi relatos sobre um homem que se apaixonou pela bunda de uma mulher e casou com ela – não com a bunda, mas sim com a dona da mesma - , não negarei e não serei hipócrita ao ponto de dizer que não olho; olho sim! Sou um admirador ferrenho da beleza feminina, porém, uma coisa é admirar, outra coisa é casar com uma bunda, convenhamos.

Hoje em dia entende-se por romantismo, ou “ser romântico”, as letras de cancionetas insuportáveis que não param de tocar nas rádios; mera modinha de merda. Rimas pobres, cantores medíocres, letras que nem são tão boas assim, e quando não é o tal do Emo, é uma coisa chamada “pagode”, tão vangloriada em mesas de botecos Brasil adentro. No meu ver a única coisa que diferencia o pagode da atual modinha, é o fato dos pagodeiros não usarem franjas nem guitarras.

A modinha é algo fenomenal.

Chegou no país há pouco tempo, e já tem milhares de adeptos. Seja em musica, seja em estilo. Todas as garotas desmioladas dizem ao ver um “ser” com o cabelo esticado por cima da cara: “Nossa, que bonitinho, ele é sensível” – francamente. Já dizia Nelson: “A mulher pode ser grã-fina, o homem tem que ser macho” e nisso concordo com ele.

Se estes que ouvem o som distorcido de guitarras desafinadas e moleques de voz fina ouvissem pelo menos uma vez um Chico, um Caetano ou uma Maria Bethânia, veriam realmente o que é o romantismo, e perderiam toda essa visão pós-contemporânea do século XXI; que prega o fim de todo sentimentalismo e a valorização do ser humano como um mero pedaço de carne.

“Nos deram espelhos, e vimos um mundo doente” (Índios - Renato Russo)

Marcos Tinguah Vinicius
Enviado por Marcos Tinguah Vinicius em 30/05/2011
Código do texto: T3002161
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