A Tragédia de Realengo
A NOTICIA:
Duas semanas após o ataque em Realengo, em que matou 12 crianças, o corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira foi enterrado nesta sexta-feira (22) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária do Rio. A informação foi confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo próprio cemitério.
De acordo com o cemitério, o enterro aconteceu às 9h, a partir de um ofício do IML, com autorização judicial para o sepultamento.
O prazo para a família reclamar o corpo vencia nesta sexta. Como o reconhecimento já havia sido feito na escola no dia de sua morte, ele não precisou ser enterrado como indigente, mas foi sepultado em cova rasa. Segundo funcionários do cemitério, ninguém acompanhou o enterro.
Em uma carta encontrada com ele no dia do massacre, Wellington havia pedido para ser enterrado com um lençol branco no Cemitério do Murundu, em Realengo, ao lado do corpo da mãe, morta há cerca de dois anos.
O COMENTARIO:
Bem que ele poderia ter sido cremado. Vivemos num mundo onde todos esquecem os valores morais que é base para uma sociedade justa e saudável e atos de violência extrema são banalizados. É possível que em um futuro próximo sua cova seja alvo de romarias e o mesmo ainda venha a ser conhecido como um santo fazedor de milagres e o que ele fez seja visto apenas como um ato de insurreição revolucionaria, já que o insano se dizia seguidor de grupos radicais extremistas e, loucura, violência, religiosidade e ideologia política exacerbada é como qualquer doença contagiosa. Desde que a sociedade humana se formou certos casos de insanidade são utilizados por pessoas sem escrúpulos conduzindo discursos que pregam a libertação para seus seguidores. Não me admiro se aparecerem livros e posteriormente filmes endeusando, santificando e tornando mártir esse louco, pois a maioria da população é composta de pessoas humildes e simplórias e que até mesmo se identificam em alguns aspectos com a figura rejeitada e sem opção que em momentos se tem do tal sujeito, mais assim o quer nossos governantes, eles precisam de sua massa de manobra e aí surge um louco e fode tudo dizendo que o mal é necessário para que o bem prevaleça e os fins justificam os meios.
A DISSERTAÇÃO:
Wellington tanto na vida como na morte foi um rejeitado. Essa rejeição ele usou como desculpa para extrapolar o mal que existia em seu negro coração, não quero nem imaginar se todos aqueles que se sentiram ou são rejeitados por uma parcela da sociedade que tenta excluir alguns por pura mesquinhez e hipocrisia, saíssem por aí matando crianças inocentes por vingança de supostos maus tratos, Acredito que se consegue criar um mundo melhor a partir de sentimentos puros e nobres, imagino também que apesar desse ato de fúria assassina, devemos abrir nosso coração para o perdão, foi a falta de amor a motivação de toda essa insanidade. Fico compadecido com os pais que tiveram a vida de seus filhos ceifada por um maníaco homicida, estes terão que conviver com a dor de uma perda que talvez jamais seja aplacada, a não ser que eles aliviem seus corações da revolta e desejo de retaliação preenchendo os mesmos de paz.
O mal foi feito, o autor já não mais existe e a misericórdia e o perdão começa para consigo mesmo aliviando o coração do pesado fardo de sentimentos que maculam a alma, todos devem se colocar no lugar daqueles que perderam seus entes queridos, não esquecendo também o assassino, somente tentando se colocar no lugar dos outros talvez venhamos compreender e a evitar futuras tragédias como a de Realengo.
A CONCLUSÃO:
A solidão sempre vai ser uma conselheira, para o bem ou para o mal e na falta de amor ao próximo, ela será devastadora.