VIDA LONGA AOS INVEJOSOS

Algo inusitado aconteceu em minha vida nesta semana. Em meus 37 anos de vida, jamais havia tido esse tipo de experiência. Ou talvez nunca tivesse notado alguém com um comportamento deste para comigo.

É um sentimento que nunca tive. Nunca.

Quando vejo uma pessoa bem sucedida em qualquer área da vida, sempre fico feliz, admiro-a. Se for uma pessoa muito inteligente, muito articulada, o que é extremamente difícil de se encontrar, fico ainda mais admirado e motivado a melhorar.

Mas uma coisa verdadeira, é que eu simplesmente odeio gente vagabunda. O mesmo para pessoas irresponsáveis. Igualmente detesto ter que ficar pedindo para que as pessoas façam aquilo que elas tinham que, por dever, fazer.

Já ouvi nesta minha vida sobre o tal “olho gordo”; que ele faz mal àquele que recebe os olhares do “olhogordista”. Nunca acreditei nisso. Achava uma tolice de marca maior. Contudo, nesta última semana, fui alvo de um “olhogordista”. E, para minha descrença, fui atingido pelo mal que o olho obeso possui.

Foi na sexta-feira, logo pela manhã, depois de ter sido atingido pelo olhar adiposo, fiquei tal qual o do “olho gordo”. Fiquei pesado, com um fardo espalhado pelo corpo a me fazer penar.

O “olhogordista”, vagabundo de marca maior, criticou-me por uma coisa que ele também deveria ter ajudado na feitura. Mesmo com eu ter lhe pedido por diversas vezes, ele simplesmente não fez nada. Mas mesmo sem ter feito nada, disse que a coisa estava “extremamente pobre” e que depois “verificaria mais atentamente”.

É que além de “olhogordista”, a “menina” é adivinhona. Sabe que uma coisa está extremamente pobre mesmo antes de “verificá-la com mais atenção”.

E não digo mais nada, mais nada. O “olhogordista”, além de fugir do trabalho que era para ele também ter feito, que criticou sem ter feito absolutamente nada, na hora da apresentação fugiu como um viadinho que se esconde da mira dos caçadores.

Simplesmente evadiu-se do local, sem dar satisfações, numa atitude bem típica de moleques na fase da adolescência.

Por que isso? Perguntei-me, por quê?

Nunca fiz nada ao cidadão, sempre tratei a todos com cortesia, gentileza, por quê?

Veio-me então à mente a lembrança das histórias do “olho gordo”, do “mau olhado” e todas essas coisas que eu francamente desprezo.

Tive o trabalho de pegar o dicionário para aferir o sentido exato da palavra inveja, e lá está:

Inveja: desgosto com o sucesso alheio.

Depois do peso ter saído das minhas costas, o peso colocado pelo olhar do “olhogordista”, fiquei até feliz; porque somente os medíocres não são invejados, somente aqueles que não incomodam em nada, os zeros à esquerda e os pobres-diabos não causam inveja a ninguém.

No fundo, ter inveja de alguém é um reconhecimento dos méritos desta pessoa; e ainda que o próprio invejoso queria ter as qualidades que o invejado possui, contudo, não é capaz.

Não invejoso, não homem do olhar pesado, não vou odiá-lo. Quero que ainda viva muito. Você terá ainda muitas invejas quanto a mim para fermentarem em seu coração; estas vão te fazer penar bastante, pois não aceitas ser menor. Mas ser pequeno e covarde é tua sina de vida.

Desejo vida longa aos invejosos, pois deles partem os olhares que ratificam os nossos sucessos.

Frederico Guilherme
Enviado por Frederico Guilherme em 08/05/2011
Reeditado em 08/05/2011
Código do texto: T2956898
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