Uma Mancha na Moral

Há algum tempo atrás, comecei repentinamente a observar a maneira com que a moral tem se degenerado e a forma com que a sociedade tem reagido a isso. Recentemente me peguei assistindo um desses programas de tardes de Domingo, e vi que de um para o outro, o único diferencial é o nome. Do contrário, nada muda. Mulheres se expondo de maneira ridícula, sujando de maneira deprimente a imagem que militantes levaram anos para construir.

Na verdade, infelizmente, os problemas não param por aí. Quando avaliamos esses casos, observamos que sua onda refletiva não atinge apenas aqueles que já possuem um caráter formado (ou pelo menos deveriam possuir), mas também denigre a formação daqueles que ainda não possuem opinião formada, que buscam se estabelecer e se inserir na sociedade, se baseando na fácil influencia que recebem de fatos externos; as crianças e os adolescentes.

Não que eu tenha algo contra música originada na periferia e nos “morros”; pelo contrário, acredito que a arte e a expressão é uma boa alternativa para obstar muitos problemas sociais como as drogas e consequentemente a criminalidade, porém, a partir do momento em que ela é apresentada de maneira tão depreciável, ela passa a ter uma potência ofensiva, quase tão grande quanto os problemas que citei anteriormente.

Há pouco havia comentado sobre a questão da expressão. É claro, num país democrático deve haver a liberdade de expressão. Todos podem expor suas idéias e pensamentos, senão caímos num sistema opressor e ditatorial. Mas cá entre nós, que prevaleça o bom senso, e o respeito ao próximo, para que o que começou como liberdade não acabe se tornando a própria opressão.

Na verdade, não é, e nem seria saudável que todos possuíssem a mesma opinião; pois isso é o que faz a beleza do mundo, a miscigenação ideológica e filosófica. Mas garanto, que se todos soubessem respeitar e expor suas ideias com a mesma proporção, a realidade seria bem divergente da qual estamos acostumados a presenciar.