Enigma da sociedade
Há alguns anos a sociedade era constituída pela hierarquia, quem mandavam eram os poderosos, os nobres. Já os menos favorecidos, os plebeus, a classe proletária, apenas obedeciam, para em troca terem onde morar e o que comer.
A promiscuidade também compunha essa sociedade não democrática. Famílias tinham suas esposas e filhas violentadas pelos guardas, capatazes e os que diziam amigos dos reis e imperadores da época, os chefes das famílias não podiam fazer nada contra esse ato inaceitável, atualmente. Viam e sabiam de tudo, porém tinham apenas o direito de ficarem calados e aceitarem as vontades da realeza. O abuso de poder reinava. Quem fosse conta o rei, seria morto, sem dó nem piedade.
Assim foi por muitos e muitos anos. Esse abuso de poder sem “fundamentos”, como se todos devessem favor ao rei o tempo todo. Vivendo em prol da nobreza.
Depois da revolução industrial, da liberdade de expressão, democratização, da conquista das mulheres pela igualdade social, da existência da Constituição e de tudo que favorece o bem da Nação e os direitos do povo, realmente deixou de existir esse abuso de poder?
Isso é algo a se pensar. Um exemplo simples é o fato de ter que aceitar, sem reclamações, que os trabalhadores, pais de família, cidadãos, tenham que trabalhar, por um mísero salário mínimo, trabalhar dia e noite tentando não deixar faltar arroz e feijão dentro de casa. Enquanto os que estão no ápice da pirâmide hierárquica, a “realeza” ganha para o combustível a mesma quantia que os “proletários” ganham para sobreviver. Isso não seria um abuso de poder?
Se um trabalhador faz greve, para reivindicar a sua desvalorização, o que acontece? Ou é espancado durante a paralisação ou é demitido. Isso é fato. É verídico. Agora se os “poderosos” acham, que necessitam de mais renda para viver, não precisam nem reivindicar, fazem uma votação e então acontece o tão esperado. Aumenta o que ganham e diminui o do povo, disfarçadamente é claro. Aumentando o imposto ou criando alguma taxa a mais para conseguirem tirar do povo sem eles perceberem. Isso acontece o tempo todo.
É necessária a conscientização da classe proletária para que seja possível reverter essa situação, passar de passivo para ativo. A democratização não existe para que o povo tenha o direito de participar, tenha liberdade de expressão? E onde está esse direito? Talvez a falta de cultura faça com que diminua essa criticidade que o povo precisa ter para conseguir reivindicar, cobrar dos poderosos o que eles têm por direito. O poder da palavra. Por isso seja ativo e não fique esperando e aceitando tudo que lhe é imposto. Ser cidadão é contribuir para uma nação democrática e não obedecer de cabeça baixa, aceitando tudo mesmo sendo conhecedor dos seus direitos. E por fim lhes pergunto: você concorda que o abuso de poder só existiu a décadas atrás?
Artigo escrito por: Mariane Souza