Bullyng Silencioso
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Bullyng palavra estrangeira que já conhecemos e que vêm crescendo em nossos dias de hoje. Muitos o conhecem. E veem ele, como uma forma de violência declarada; aquela que fere, que machuca, que agride verbalmente. Mas podemos garantir que existe ainda uma outra forma de bullyng, um bullyng que se esconde atrás dos rostos daqueles que querem passar uma imagem que na verdade não têm uma imagem sombria, atrás de um olhar de repulsa, de um olhar de constrangimento, de um olhar de negação, ou mesmo de um olhar de preconceito. É o bullyng silencioso.
Talvez ele fira tanto quanto ou até mais que o bullyng que conhecíamos até agora, por que ele não dá as caras, ele é mascarado, fica entre a vítima e o opressor. O bullyng silencioso fere tanto quanto o bullyng que víamos até agora, ele quer calar antes mesmo de manifestarmos nossa palavra, nosso pensamento, nossos atos...
Entre o bullyng que já conhecíamos antes, o bullyng silencioso desaprova, olha o outro com aquele olhar de reprovação, fere com o olhar e às vezes com palavras disfarçadas em duplo sentido. Ele poli, atrofia, inibi e exclui. Mostra um rosto de mentiras e de falsidades, onde muitas vezes é compartilhado com um grupo de outros tantos opressores que disfarçam suas atitudes.
As pessoas vítimas desse tipo de bullyng fazem parte de uma exclusão social, muitas vezes motivadas por motivos bobos e mesquinhos, por sentimentos de inveja, por sentimentos de uma falsa superioridade da parte do repressor. A pessoa que sofre este tipo de preconceito fica a margem do grupo, da sociedade.
A pessoa ou o grupo que pratica fica numa posição de falsa superioridade moral, superioridade essa que cai por terra quando essas mesmas pessoas ou grupos precisam resgatar ou manifestar uma caridade, uma empatia que há muito não existe nos que se dizem humanos. Afinal o bullyng e principalmente esse tipo de bullyng silencioso torna a pessoa que a pratica e que quer de certa forma tornar-se superior à outra, uma pessoa amarga, ranzinza, esnobe, sem sentimentos e que acaba esquecendo de compartilhar, de fazer amigos, de sorrir, de viver, de amar...
Ismênia Nunes
29/03/10 – 03h23min