Borboletas
Assim como as borboletas, o ser humano é, ou deveria ser. Mudar para prosperar, uma vez que, a mudança é necessária e contínua. Quem a faz torna-se dono do próprio destino.
Como a borboleta, deveria ser capaz de deixar o casulo da impaciência e a escuridão da ignorância, para abrir as asas da liberdade e exercer o vôo pleno da felicidade.
Alguém pode dizer, será válido tanto esforço?
O esforço é a virtude que aproxima o sujeito de seus objetivos.
Muitos têm o objetivo de comprar um carro, uma casa, uma roupa, um sapato, implantar seios de silicone. Outros desejam comer apenas uma barra de chocolate, panetone, chocotone ou poder lavar a cabeça com um xampu.
Há aqueles, que o que mais queriam era ter o grande amor perdido, a mãe que morreu no parto, o irmão que faleceu no acidente, ou os pais que nunca tiveram.
Por fim, talvez a minoria desejasse morrer.
Isso mesmo, morrer para nascer novamente.
Morrer nos preconceitos, comodismo, corrupção política, calúnia, falsidade, ausência de perdão, mágoas exacerbada, entre outros.
Como a borboleta morre lagarta e nasce voadora, o ser humano deveria falecer seu lado atroz e deixar brotar o manso sábio muitas vezes desconhecido.
Talvez o que impossibilita essa metamorfose no ser humano, seja a ausência de ousadia e conhecimento, que são primordiais na construção de um sujeito melhor.
Um sujeito capaz de olhar o outro e vê-lo no que ainda não é. O amor talvez estivesse nesta estreita relação, de ver o que o outro não é, mas o que pode vir a ser.
Um patrão que vê no colaborador uma potência de ser futuro gerente, ou uma mãe que vê no filho a possibilidade de caminhar com as próprias pernas.
Uma professora que olha o aluno e enxerga um grande homem ou mulher.
Pensar como a borboleta. Antes era um casulo e tornou-se uma voadora.
Enfim, ver o outro com perspectiva de progresso.
O ano de 2010 está findando, e os sonhos podem ser lembrados, renovados ou esquecidos.
O sonho é relativo em cada pessoa, e na maioria das circunstâncias, são sonhos individualizados e medíocres.
Sonhos que vivem na esfera de lagarta, não se transformam em realidade. São pequenos em conhecimento e amor. Antes de poder ver no outro uma virtude, é necessário conseguir ver em si mesmo a existência de possíveis virtudes.
A prece seria: “que as pessoas fossem como as borboletas. Morressem nos aspectos negativos para a liberdade do bem coletivo. Que os seres humanos se libertassem dos medos e voassem para sonhos altos.”