Rico pode entrar no céu?

Está escrito, nos livros considerados “sagrados”, que Jesus disse:

“é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino do céu”.

No meu entendimento, Jesus não teria dito isso; essa frase deve ter sido criada por algum religioso daquela época e que, após a morte de Jesus, escreveu essa frase paradoxal e deu os créditos da autoria a Jesus. Em razão disso, poucos são os ricos no planeta enquanto que, na sua grande maioria, os bolsões de pobreza se espalham pelo Brasil e pelo resto do mundo, porque os interesseiros sempre se aproveitaram dessa máxima a favor deles.

Mas se em algum momento da passagem de Jesus por aqui Ele falou alguma frase relacionada a dinheiro, teria dito com outro significado, ou seja, com o significado de que é bom ser rico e que todo homem deve ter dinheiro – pelo menos o suficiente – para viver com dignidade, com tranqüilidade e bem-estar; e se, por ventura, alguns homens conseguirem tornar-se ricos é ainda melhor pois criarão ainda mais possibilidades para as suas vidas, possibilidades essas que, se concretizadas, poderão vir a gerar empregos através da criação de novas empresas e, assim, as pessoas desempregadas, carentes ou necessitadas de amparo financeiro, físico e psicológico, poderão vir a ser amparadas.

As religiões, desde aquela época até os dias de hoje, sempre foram instituições políticas e, assim como os políticos, sempre tiveram interesses escusos.

A maioria dos políticos quando demonstram serem bonzinhos é porque estão cassando votos; após as eleições cessam os tapinhas nas costas e os sorrisos forçados que passam a imagem de ser uma pessoa íntegra, honesta e simpática. Mas é tudo fachada porque o que interessa mesmo são os votos da população sofrida e sem nenhuma opção de uma vida melhor e digna. Após o pleito eleitoral, tudo muda e não conhecem mais ninguém.

O mesmo acontece com os sacerdotes, bispos, pastores etc de qualquer religião. Em nome de Deus e do lugar reservado no céu, cobram enormes dízimos dos seus fiéis.

Então, na realidade, toda a população deve ter dinheiro, sim, e quanto mais melhor porque gera mais abertura para ter-se uma vida melhor, mais digna, isto é, gera mais possibilidades de se estudar e desenvolver-se em todas as áreas do conhecimento, bem como dá abertura para que se promova o autoconhecimento, o auto-aperfeiçoamento em geral e, consequentemente, a realização pessoal e profissional, deixando assim de serem vítimas de políticos sem trato ético e de religiões que, na sua maioria, só visam o lucro em cima do povo pobre, carente e desamparado.