Violência no trânsito: Uma guerra silenciosa

Desrespeitos, brigas, imprudência, acidentes e mortes. Esse é o atual retrato do trânsito mundial. Esses péssimos adjetivos, quando vinculados à falta de conscientização social e a ausência de políticas públicas capazes de diminuir a violência no trânsito, tornam esses meios de mobilidade (carros, motos, barcos, trens), uma verdadeira arma para toda a nossa sociedade.

Segundo a OMS (Organização mundial da saúde), mais de 1,2 milhões de pessoas morrem todos os anos em acidentes de trânsito e mais de 50 milhões ficam feridos. Isso demonstra que, esse genocídio já esta bem mais além das vias e estradas; Tornou-se questão de saúde pública, cuja a melhor forma de combate-lá é a prevenção, já que, não se pode mais impedir esses incidentes de forma direta.

Há nossa imprudência é uma das maiores causas desses acidentes. Todos nós sabemos o risco que é misturar bebida e direção, todavia, milhares de pessoas continuam insistindo nisso; Dentre eles, grande parte dessas vítimas são os jovens que em sua maioria consideram-se inatingíveis, porém, os noticiários provam ao contrário e mostram dezenas de acidentes fatais envolvendo jovens e bebidas.

Inseridos nesse contexto, é importante ressaltar que o problema não se restringe apenas a imaturidade da juventude, mas também, aos pais que muitas vezes sedem as chantagens dos filhos e contribuem para que eles comecem a beber precocemente, é bonito, é legal, é moda; nesse jogo tudo parece brincadeira, mas está pode-ser a última partida, o último jogo, o último gole.

O governo também tem sua parcela de culpa, pois, não toma nenhuma atitude para ao menos impedir os comerciais de bebidas alcoólicas, onde em sua totalidade apresentam gente jovem e bonita se divertindo e bebendo, sempre em festa, esquecendo-se de mostra também o lado obscuro das bebidas.

Você pode se perguntar e a lei seca e o bafômetro? De fato contribuíram, mas não é o suficiente, toda mudança deve começar de dentro, de nossa aceitação, é preciso mudar mentalidades para assim efetivarmos a prática.

Todas essas medidas são paliativas, para que possamos de fato combater essa guerra é primordial se investir na prevenção, é necessário que coloquemos o tema em foco: debates, discussões e que sensibilizem a população através de campanhas publicitárias; utilizando os meios de comunicação mostrando, a realidade da violência no trânsito: dados estatísticos, imagens e relatos e propiciando gratuitamente uma reeducação dos motoristas associada ao engajamento de todas as esferas do poder.

Só assim será possível ao menos diminuir este caos que tende à persistir, retirando todos os dias milhares de vidas inocentes do nosso mundo, causadas em sua maioria por irresponsabilidade de terceiros.

Não torne-se um assassino, não leve esse peso com você devido a um gole a mais. Este pode ser de fato, sem preço !

Arthur Luz
Enviado por Arthur Luz em 15/03/2011
Reeditado em 27/10/2013
Código do texto: T2849543
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