A MULHER...

Discutíamos, dia desses, numa roda de amigos, sobre o nenhum valor que a mulher continua a ter nos países do Oriente Médio, e, apesar dos milênios que rolaram na esteira do tempo, parece que lá o tempo parou e a figura feminina sequer existe, pois é obrigada a andar com a tal roupa que esconde todo corpo e, será que seus maridos, na intimidade, vêem seus rostos?

Alguém afirmou: “Não é só no Oriente Médio que a mulher não passa de objeto de prazer, é no mundo todo!”.

À ocasião, lembrei-me de uma assertiva dita por Lívio de Castro: “A mulher é apenas um utensílio, e quando seu possuidor é bastante rico para não ressentir-se da perda de tal propriedade, ela vale quase nada, não merece atenção”, e fiquei a pensar mais amplamente a respeito do tema; pensei no imenso e absurdo tráfico de mulheres existente em todos os quadrantes do mundo. Em países do Oriente, como Tailândia, Filipinas, e tantos outros, é um absurdo o que se vê: meninas de quatro anos de idade em diante sendo vendidas pelos próprios pais aos traficantes de seres humanos para serem oferecidas a desalmados indivíduos que, pedófilos, maníacos, pagam para abusar das pobrezinhas.

Crianças, moças, a quais tinham o sonho de viver, a partir de então, não têm sequer direito de continuar a existir, pois, as máfias do tráfico, impiedosas, as encaram como bichos e, as pobres coitadas ficam, durante o dia, presas em “buracos” e, à noite, são libertadas para “fazer” dinheiro aos bandidos. É de confranger a alma das pessoas sensíveis, porém, aos desalmados...

Além da venda que, pais pobres fazem nos países do Oriente, existem os esquemas maquiavélicos de atração das pobrezinhas, seja através da internet, sites de namoro, casamento, etc., até falsas agências de modelos que, iludem adolescentes as quais, por serem plásticamente lindas, acalentam o sonho de desfilar nas passarelas do mundo e caem nas garras das tais máfias e, suas vidas acabam...

Um dos esquemas mais me impressionou: um sujeito jovem, tipo “playboy”, bonito, envolvente, vai a um país do qual ele domina o idioma, freqüenta determinados lugares onde podem estar moças bonitas; aí, escolhe uma, se aproxima, entabula conversa, conta uma história, conquista-a, fica alguns dias na cidade, depois consegue marcar uma ida da coitada para sua suposta casa, para “estreitar laços”; viabiliza toda documentação necessária à viagem, pagando passagem, pois as moças sempre serão de famílias de poucos recursos, mas, ao chegarem no país, o próprio conquistador as entregam diretamente nas mãos de outros bandidos que as encarceram, e aí...

Aquelas que tentam escapar, quando recapturadas, são espancadas, vilipendiadas, e até assassinadas sem dó nem piedade. É triste, muito triste o que se vê, inclusive aqui no Brasil há ramificações dessas máfias...

Até quando esse panorama doloroso será mostrado ao mundo?

Um espírito, filho de Deus, que nasce sob a figura feminina e merece consideração, ser catalogado como sem alma, considerado objeto, uma máquina de fazer dinheiro, sendo tratado como bicho?...

Eu, nascido de mulher, elevo aos céus uma prece de reconhecimento e rogo a Deus pelas mulheres. Embora muitas não se dêem o valor que possuem, não raciocinem sobre o que representa ser mulher; não percebem, não entendem a grandiosidade do que significa o termo, pois, se o homem é a razão, a mulher é o sentimento...

PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 13/01/2011
Reeditado em 23/05/2011
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