O VAZIO DE DEUS OU HABEMUS PASCUAS
UMA GRANDE REFLEXÃO AOS 48 ANOS TERRA
Nome: Ildeu Ferreira
Pseudônimo: Thesadore Ilyanovsk IIIº
Codinome: Ydu
Terra / Brasil / MG / L. Sta. / 04:00 / Manhã
04/04/1951 (4ª. feira) / 04/04/1999 (Domingo) / Páscoa...
INTRODUÇÃO:
Oh! Quão terrível é...
Um simples segundo sem DEUS.
Páscoa – Tempo de reflexão profunda e isenta de considerações complacentes, que fatalmente mascaram a nossa realidade pessoal, nos afastando do DEUS VIVO que habita em nós, em todos, em tudo.
Páscoa – Tempo de descobertas valiosas e de reconciliação com o passado; tempo também de perdão e compreensão deste maravilhoso universo que, em verdade, somos.
1- O VAZIO DE DEUS...
Será sempre a mais terrível sensação de perda...
Porque é o vazio de mim mesmo...
A falta de VOCÊ e de tantos SEMELHANTES...
Em plena multidão.
2- O VAZIO DE DEUS...
Não pode ser preenchido com coisas banais; com a luxúria e a gula;
Com bens materiais e com todas as riquezas terrenas;
Com a ilusão do prazer constante e\ou a falsa alegria das Drogas;
Com moções e troféus, diplomas, invejáveis currículos, títulos honoríficos, condecorações e demais honrarias passageiras, efêmeras...
3- O VAZIO DE DEUS...
É a sinuosa trilha da intolerância, da impaciência, do orgulho exacerbado que nos conduz ao desamor; um caminho tortuoso, em cujas curvas podemos ver a esperança, a fé e a PAZ INTERIOR se perderem de vista; sentir que é necessário ultrapassar o lamaçal do ódio e da violência, da criminalidade e do terrorismo, que respingam a humanidade com vícios degradantes, mortais.
4- O VAZIO DE DEUS...
É a falta de compreensão humana e de discernimento espiritual...
É também o silencioso desespero da exclusão, da indiferença – disfarçada ou não -, dos tantos tabus, dos preconceitos arraigados n’alma e na mente humana, dos falsos ou apressados “juízos de valores”, da desconcertante rejeição ou da mera detenção e reclusão, como exemplo de punição judicial...
5- O VAZIO DE DEUS...
É olhar para mim mesmo quando passo por meus irmãos em CRISTO RESSUSCITADO e me torno incoerente, ausente, omisso ou inconsequente, até me perder em meio aos meus problemas tão pessoais, às vezes pequenos, quando TANTOS enfrentam situações tão delicadas e então gostariam de ouvir dos meus lábios “ Uma Palavra Amiga”... buscando então uma migalha de afeto... apoio moral, psicológico e emocional... um terno e animador olhar... um olá acompanhado de um sorriso sincero... a minha solidária ATENÇÃO.
6- O VAZIO DE DEUS...
É reconhecer que errei e não saber (ou ter) como reparar o meu erro. É morrer mil vezes num segundo e assistir ao meu próprio enterro (sepultamento), sem contudo deixar este mundo terreno.
É desfalecer num sentido pranto lutando contra a emoção e os sentimentos, secando com a dissimulação as audaciosas lágrimas que insistem em rolar em minhas marcadas faces, sufocando assim meu lado humilde, humano e bom...
7- O VAZIO DE DEUS...
É vagar nas trevas da própria ignorância ou da presunção de muito saber; tateando em vão e buscando uma fresta qualquer, por onde passe apenas uma réstia de luz exterior... Quando, na verdade, melhor seria buscar o conhecimento das cousas (coisas) ou realidades divinas; dos valores espirituais (essenciais) e também morais... na sabedoria que mantém a saúde do corpo e da mente, interagindo com o cósmico, e que sempre poderá nos conduzir ao último horizonte, onde desponta agora o radiante Sol do Poder ainda oculto em nossa (às vezes) esquecida Beleza Interior.
8- O VAZIO DE DEUS...
É constatar que nem mesmo todas as conquistas da ciência humana e os postulados (ou doutrinas) da vã filosofia, embasando sistemas políticos e norteando os avanços culturais, tecnológicos e industriais etc., ainda não podem saciar a nossa fome de AMOR, nossa sede de PAZ COLETIVA, nem tampouco compensar nossas relativas perdas ou o desgaste da nossa real identidade, bem como neutralizar aquela insegurança quase sempre oriunda de nossas fraquezas e conflitos psico emocionais, analiticamente falando.
9- O VAZIO DE DEUS...
É o tédio que acentua nosso falso conceito das pessoas; dos fatos irrelevantes ou não; do valor da vida.
É o perigo invisível da “Certeza Moral”, que ronda principalmente as pessoas públicas.
É a extensão da nossa vaidade humana; este árido território onde medra nossas vicissitudes, deficiências e propensões, naturalmente timbradas pelo carimbo da susceptibilidade de nossos humanos sentidos.
10- O VAZIO DE DEUS...
É sentir-me ameaçado pela minha própria sombra... que se agiganta e me assusta ao ser projetada por alguma fonte de luz, inadvertidamente colocada num ângulo convencional ou eventual.
É também me perder no âmago do Ego... e não poder mirar a minha própria imagem ... na tela da minha memória ou mesmo através de um polido espelho.
11- O VAZIO DE DEUS...
É a cada instante, ver a Mãe Natureza padecendo por todos nós, morrendo aos poucos, e mesmo violentada, ter que... em prantos... nos aconchegar em seu imensurável seio, que felizmente continua sendo o nosso inesgotável manancial de forças, de alimentos básicos, de alegrias mil.
12- O VAZIO DE DEUS...
É ver um "Ente Querido" sofrendo (enfrentando uma situação aparentemente irreversível) ou passando por uma provação exemplar; e diante de certas limitações não poder amenizar o seu drama - curar seu mal - eliminar sua dor...
É ver “alguém” partir para muito longe (ou até mesmo perto) e nos deixar “órfãos” de sua presença física, sem que possamos interferir nos mecanismo ou nas leis universais que regem nossas vidas, até mesmo além da morte conceitual.
E, por conseguinte, “descuidarmos” do nosso corpo/templo, do nosso “Bem Estar”...
13- O VAZIO DE DEUS...
É ver tantas crianças, jovens, adultos e anciões sob o nefasto jugo dos opressores e pseudo-poderosos, todos marcados pelos erros de cálculo ou objetivos inconfessáveis, de personalidades mal formadas (mal intencionadas) que governam nações, estados e municípios.
14- O VAZIO DE DEUS...
É debatermos incansavelmente nas masmorras do egoísmo... da inveja... do descaso e da falta de solidariedade... da fraternidade não reconhecida... do desrespeito à dignidade alheia... da pobreza espiritual... da desigualdade social... de tantas mazelas ou cancros sociais e morais... do ostracismo enfim.
15- O VAZIO DE DEUS...
É não reconhecer que ELE existe em cada átomo ou molécula do nosso composto físico e, enquanto seres humanos, continuar perdendo tanto tempo e espaço, saúde até, ao procurá-Lo em tantos dogmas e liturgias; em tantas castas, seitas ou religiões; quando, em verdade, ELE continua lá no mais íntimo de cada um de nós, vibrando e aguardando por nossa reintegração cosmoessencial, bem ali na ingênua pureza de nossas boas intenções e legítimas emoções... que quase sempre desafiam a RAZÃO e a LÓGICA... interferindo positivamente na Realidade Mutável de cada sonho tridimensionalmente materializado. ELE, que dá condições para que possamos nos sustentar com boas aspirações. Esta energia que corrige e redime. Eco infindo de nossa voz. Nosso grito ou sussurro...
Tudo no universo e na natureza nos afirma que não podemos sobreviver ao “Vazio de Deus”... E que ELE (Nosso Real Amor) é, sempre foi e será superior a toda maldade porventura ainda existente, até mesmo na Força Interior de cada um. Nossa humildade positiva diz que nada, nada mesmo poderá preencher o terrível mas sempre esclarecedor “Vazio de Deus”. Existe em nós uma raiz vigorosa que é nossa (in) consciência imediata ou permanente deste indissolúvel Elo ... desta suprema ALIANÇA ou sublime verdade de que, “a priori”, somos a IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS VIVO. E por isso não podemos conviver com o “Vazio do Mesmo”.
16- O VAZIO DE DEUS...
É ver “meus filhinhos de ninguém” e seus iguais vibrando tanta energia. Brincando por todo o planeta... Cantando, sorrindo, dançando ou pulando em inocentes folguedos, em qualquer estação do ano e, então, sentir saudades do meu tempo de criança – quando eu era realmente feliz e não sabia. É sentir uma energia nova percorrer em minhas veias ao contemplar o alvorecer ou o crepúsculo e, numa doce nostalgia, querer voltar ao passado, lá em minha juventude talvez, para refazer tantas coisas... aprender perdoar... e assim poder amar meus amigos ou possíveis inimigos; servir com alegria meus irmãos em terra; abraçar fraternalmente as pessoas que porventura evitei. Mas acontece que não dá mais pra voltar atrás. Pois preciso prosseguir adiante e rumo ao alto, nessa redentora caminhada, reciclando conhecimentos e trabalhando sempre, incansavelmente, prevenindo assim os recursos básicos e essenciais afim de transmutar a ansiedade que vem dessa necessidade... às vezes perene... de ter sempre mais um pouco... de vencer e vencer... dia após dia, noite após noite, na premissa de poder continuar cuidando e educando sutilmente este AMADO REBANHO... que o Bom DEUS me confiou.
17- O VAZIO DE DEUS...
É ainda hoje ver o Ser Amado tão próximo ao ponto de captar suas ondas ou vibrações... e mesmo sentindo sua respiração... então não poder abraçar seu corpo e beijar suas faces... pelo simples fato de que é preciso respeitar o seu natural direito de querer... amar e sonhar com outro alguém.
18 - O VAZIO DE DEUS...
É muito perceptível e sensível na fome de Amor Verdadeiro, na insaciável sede de PAZ INTERIOR E COLETIVA, no conflito armado entre nações, nas calamidades públicas eventuais, nas intempéries ou reações da Mãe Natureza, nas misérias ou desgraças oriundas de quaisquer GUERRAS insanas, absurdas... bem como nos desvãos da podridão humana.
Está nas doenças e na morte por inanição; no frio e na solidão; nos horrores de um genocídio; na angústia sufocada e no grito de dor calado; no desespero de causa; na saudade nostálgica dos membros de uma família que foram cruelmente separados pelos oficiais em campo... que cumprem normas táticas; na incerteza quanto ao amanhã; na exploração diplomática pelas “Super Potencias”; nos fuzilamentos corpóreos ou morais, que ocorrem durante as Batalhas ali nos campos de concentração ou de refugiados... E também está no ranger dos dentes, na pressão psico emocional daqueles (as) que pisam ou caminham sobre corpos amontoados e putrecfados... sentindo a dor cósmica... talvez acentuada pelo odor acre e fétido das matérias em decomposição. Vibra ainda no coração aflito dos que ficam aguardando o possível retorno dos entes queridos... que direcionados por manobras políticas... então se alistaram em exércitos suicidas... para defender um território de ninguém ou a honra nacional ultrajada; quem sabe apenas um sonho, um ideal talvez...
19 - O VAZIO DE DEUS...
É ter que matar para não morrer.
É nos inserirmos no contexto da violência ou da não valorização da vida humana, quando a GUERRA nos alcança... Cruel, impiedosa, fanática. Quando uma simples ordem escrita, eletrônica, via rádio ou pela web autoriza a destruição de cidades construídas com tanto sacrifício; bem como as vilas e províncias onde vidas inocentes são ceifadas pelos pássaros de aço, que vomitam bombas e cospem projéteis mortíferos – abrindo caminho para colunas de soldados de cérebros lavados - que da noite para o dia perdem ou esquecem seus próprios valores... para se tornarem meros assassinos...
... Sim, a GUERRA será sempre a extensão maior do "O VAZIO DE DEUS".
# Obs.: Aguarde "A Gente Deseja a PAZ".