ESPÍRITO NATALINO DE VENCEDORES
Para a grande maioria, em especial os cristãos, esta data especial é sinônimo de amor, paz, união, felicidade, perdão, reencontro e etc. Os mais novos, em especial as crianças, ao ouvirem os sinos, à meia-noite, esperam com olhar atento a chegada do bom velhinho, o Papai Noel. Na ansiedade de serem vistas, ouvidas e atendidas, montam árvores e enfeitam-nas com luzes, estrelas, bolas e anjos; às vezes, por falta de uma chaminé, usam a criatividade: penduram meias em portas e janelas, e escrevem cartas pedindo seus presentes na esperança de recebê-los – e algumas ainda deixam claro que durante o ano se comportaram muito bem (as que não se comportaram, às vezes – em sua inocência – pedem perdão). É a hora das famílias estarem reunidas, de agradecerem por mais um ano de terem a chance de estarem juntas: os reencontros.
Também temos que lembrar que nem todos podem ter uma mesa farta; temos que lembrar, ainda, que há crianças sem famílias; lembrar que há idosos desamparados, que há doentes acamados – portanto, temos que agradecer ao Rei pelo que temos.
Mas, temos que lembrar que em alguns setores da sociedade, principalmente a parte que depende exclusivamente de vendas, de lucros, há muito se passou de um feliz natal a um ‘feliz natal comercial’ – e faz muito tempo! Mas agora estamos na hora de voltarmos ao ‘feliz natal’ que realmente ultrapassa o humano e alcança o divino – este lado sim deveria, e com a maior rapidez possível, ser o intuito de cada ser humano.
O lado comercial do natal está em festa – lojas abarrotadas de mercadorias e, acima de tudo, nota-se uma concorrência um pouco desleal. Desleal não no sentido preciso do termo, mas no sentido de fazer a família gastar nesta época do ano até o que não tem – mas logo surgem os resultados: longas e quase que intermináveis mensalidades a serem pagas durante o próximo ano – mas cada um deve medir a sua capacidade de gastos.
Mas voltando ao lado natalino, a espiritualidade, a data traz muitas coisas a serem pensadas – e independente da nacionalidade ou religiosidade que se segue. Em todas as nacionalidades têm-se noção do maior acontecimento cristão (pode até não ser comemorada a data por alguns povos). O Brasil, um país de colonização cristã, não se passa em branco, pelo contrário: muito se comemora e, às vezes, de forma diferente, conforme as respectivas religiosidades. Mas a maioria dos cidadãos de bem celebra o nascimento do nosso Rei Maior, nosso Senhor Jesus Cristo que veio ao mundo para nos salvar, para nos redimir – não nos deixando sozinhos nos caminhos escuros. E, quando de sua morte na cruz para nossa salvação, ao céu subiu, mas prometeu deixar-nos o Consolador: Espírito Santo. E este foi nos dado para conforto até a volta do Rei em nuvens de glória.
Neste momento a reflexão deve estar presente no seio das famílias: o que se fez de excelente durante o ano, que dentro em pouco se finda – deve continuar; o que não foi bom deve, com toda precisão possível, ser retirada. Estamos chegando ao término de mais um ano de trabalho e, acima de tudo, somos mais que Vencedores, pois temos o menino Jesus, não mais em carne, mas em Espírito, reinando em nossos corações. Assim, partimos para a renovação espiritual na busca da plenitude que, como deixou-nos claro o Salvador, alcançaremos lá nos Céus. Que este dia seja não apenas mais um dia de comemorações, mas mais um dia em nossa vida a marcar-nos de fé, de esperança, de amor... Um Feliz Natal abençoado pelo menino Jesus que se faz Rei entre nós.
(Publ. em Jornal "O LIBERAL REGIONAL" - em dia de NATAL, coluna do autor.)