MENINOS DO TRÁFICO
Eles são apenas meninos deslumbrados com um poder que acham que têm. Vale ressaltar que eles não têm o mesmo raciocínio citadino, a mesma formação cultural e burguesa nossa ( Nem querem ter). Vale resgatar Aristóteles em seu capítulo sobre a inveja: " tudo lhes parece grande".
"Por que os segregamos? Por que são irrecuperáveis? São irreversíveis? São violentos?" Nestes tipos de pergunta já estão embutidos nossos preconceitos: não somos iguais a eles. Eles não são gente.
O escritor Paulo Coelho em seu livro "Ser como o rio que flui" afirma que nos preocupamos muito com nossas diferenças, ao invés de vermos os pontos em comum.
Sobre aquela imagem deles fugindo por uma estrada de terra, embrenhando-se no que restou de mata: considerei-a muito triste. Senti pena deles, apesar de todo transtorno que causaram à cidade, serve para mostrar que todo poder é transitório, inclusive o vigente.
E, a culpa é nossa: dos que usam ou alguma vez já usaram e compram e compraram drogas.