Quebrando o silêncio
Crueldade, crenças e costumes. Como imaginar seu próprio filho enterrado, sem o direito de resposta, sem o direito de defesa e o pior: Sem ninguém pra defendê-lo. Esse é um retrato atual do comportamento anti-social de algumas tribos indígenas nos dias de hoje. Familias destruídas, abandonadas e principalmente sozinhas integram esse elenco de coadjuvantes, onde o silencio predomina de forma integra. Sem carinho, sem compaixão, vidas inocentes vão se perdendo a tamanha maldade, ignorância e principalmente a falta de tolerância.
Em meio há tantas desgraças, tanta tortura visual, emocional, tanta violência, é de tamanha boa vontade que queiramos acreditar num mundo melhor, ou melhor: num futuro próximo e melhor. Grupos de jovens indígenas praticam o homicídio sem culpa, com a certeza de que tomaram a decisão certa, na hora certa. Mas os “escolhidos” não são estranhos invasores: são pessoas, ou melhor, crianças que por um acaso nasceram com alguma doença, sem culpa disso, ou que nasceram gêmeos, que alegria seria, ou que o Pai deixou a Mãe e foi embora. Como crença, intolerável, eles sacrificam essas crianças enterrando elas vivas, sem o direito de resposta, de defesa, de ser-humano. Essas crianças sofrem caladas, pagando com a morte, a aceitação de seus pais pelo grupo, como uma forma de respeito e coragem. Coragem? Em que mundo estamos vivendo - o Mundo da desgraça, da cabeça baixa para todo tipo de sim! Diante de tudo isso, de toda essa indignação, aceitação, existem pessoas de coração, Mães no caso, que não querem perder seus filhos por nada neste mundo e acabam por superar seus limites, suas crenças e deixam, junto ao filho, as tribos e os grupos pertencentes. Sem marido, sem o grupo como um todo, só com o filho nos braços, essas mulheres tentam recomeçar uma nova vida longe do seu mundo, das pessoas com a qual conviveu toda a sua vida e com o sentimento de coragem, certas de que não estão sozinhas, mas com um futuro promissor em mãos.
O sofrimento não tem preço que pague o sorriso perdido, os olhos cheios de areia. A vontade do abraço, do carinho, da mão na cabeça, da relação pai, mãe e filho. Diante de tanta violência emocional e física, é preciso que esse tipo de acontecimento se torne reflexo para o mundo. No século 21 é impressionante que coisas, lamentáveis como estas possam ainda acontecer, com tanta informação disponível, com tantas ações sociais de entidades mostrando a diversidade, a liberdade de expressão, o respeito por essas crianças, pessoas que cada vez mais conquistam o espaço necessário para uma convivência de respeito e tolerância as diferenças, sejam vítimas de tamanha crueldade e pura maldade. Vamos salvar nossas crianças, vamos fazer um alerta para conscientizar essa prática de crueldade, vamos salvar vidas. Não vamos perder essas crianças. Elas tem um futuro, elas tem como mudar o futuro. Um sorriso, um olhar de sonhos, é de inspiração que precisamos para um mundo melhor, mais tolerante, mais respeitoso. Não é digno tirar a vida de ninguém, seja qual for a crença, a manifestação, o intuito. O importante mesmo é salvar o mundo de tanta ignorância para o nosso bem, para o bem de Todos nós.