OS PERIGOSOS FOMENTOS VIA WEB

Neste meu artigo eu apenas gostaria de comentar e esboçar minha opinião sobre uma reportagem que li ontem numa capa de rosto dum famoso site jornalístico da internet.

O assunto me chamou a atenção porque de fato ainda não havia tomado conhecimento do caso ocorrido com uma estudante de Direito aqui de São Paulo, segundo a reportagem representante do segmento "A" da sociedade e que fez um comentário infeliz no seu twitter, tão logo interpretado como fomento à segregação de brasileiros de determinada região do país, algo mais de cunho político, instigado pelos ânimos agitados do clima de eleição.

Muito lamentável mesmo.

Pois bem, profissionais de diversas áreas das ciências humanas e tecnológicas emitiram suas opiniões naquela reportagem, na complexa tentativa de explicarem "tecnicamente" o que poderia estar acontecendo com esta onda de "ódio político" fomentada via internet.

De fato recebíamos avalanches de mails desrespeitosos que pouco nos ajudavam a decidir pelo melhor caminho do voto. Parecia uma guerra virtual. Muitos paravam por ali, posto que costumo filtrar tudo que recebo e tudo que envio, em pleno respeito aos meus contatos, apenas aproveitando o que julgo ser verdadeiro e proveitoso sob o meu criterioso ponto de vista.

Porém eu , aqui neste canto do recanto, já havia sentido e escrito sobre a nítida bipolarização do país quanto às ideias de foro político. Penso que exemplifiquei bem no meu texto que aqui publiquei "NUMA SOCIEDADE "BIPOLAR", TROCANDO FIGURINHAS:" em que mais ou menos tentei escrever sobre meu sentimento.

Na reportagem da internet as explicações foram diversas, porém o foco principal foi para a escala de valores dos jovens da atualidade que "disputam" entre todas as tão divulgadas "classes " um status social entre "o ter" e não entre "o ser", o que justificaria uma concorrência material entre eles que se espelhou na escolha da ideologia dos seus candidatos.

Certo também, porém lugar comum demais para explicar um fenômeno tão sério que foi descortinado nessas eleições e , na minha opinião, claramente explicitado no twitter da imatura estudante.

Penso que GOVERNAR é um ato de EXTREMA RESPONSABILIDADE.

Gostaria de ressaltar que a liderança seja ela qual for, mas principalmente a política, há que ser constantemente vigiada por parte de quem comanda e representa seu comandados.

Um líder não pode discursar com seu olhar fragmentado sobre uma sociedade INTEIRA composta de várias regiões, distintas.

Palavras são seres vivos de enorme força.

E não é lícito fomentar a desunião para se tentar vantagens políticas, a usar o infortúnio de alguns como se os demais fossem os culpados, para se obter vantagens de toda sorte.

Um país dividido, ainda que politicamente e com ranso social, caminha por perigosos caminhos e é a História que nos mostra o que escrevo.

Nosso país tem dimensões continentais, temos um sincretismo cultural forte, composto duma heterogeneidade linda e rica nas diversas regiões, e me perdoem a opinião desprovida de acessórios eufemísticos, mas o que vi perplexamente nestes últimos anos, inclusive no período eleitoral em que o nosso Presidente da República em pleno exercício foi aos palanques gritar inflamadamente em nome das classes que ele MAIS defende, e segundo ele a fortalecer a justiça social, apenas instigou no país uma pintura nitidamente divisória e que após a eleição aquarelou o país, QUASE IGUALITARIAMENTE, de azul e vermelho.

Quem levará real vantagem disso tudo só o futuro histórico nos dirá.

Deixemos tal tarefa para nossos historiadores e cientistas políticos.

Portanto, penso que este acontecimento pontual (e que correu o mundo!) da estudante de Direito, inflamado pela irracionalidade da juventude que acha que tudo pode, talvez possa nos mostrar que o "buraco é mais embaixo".

Acho tudo isso muito preocupante.

Que a nossa futura Presidente, assim que devidamente diplomada para o seu cargo, tenha como prioridade a manutenção da Ordem e da Unidade Federativa do Brasil, aliás, coesão que configura como cláusula Pétrea na nossa Constituição.

Que sejamos e continuemos de Norte a Sul um só país...de todos e, de fato, para todos.

Boa História, Brasil!