PRINCÍPIO MORAL E A SOCIOPATIA
“O preço da liberdade é a eterna vigilância”. (Thomas Jefferson)
Por força do meu trabalho e também por interesse pessoal, leio um livro sobre sociopatia (ou psicopatia), cujo primeiro parágrafo da aba interna diz assim: “Imagine um mundo em que uma em cada 25 pessoas seja um psicopata: não sinta compaixão, empatia ou amor, não tenha nenhum vestígio de emoção e seja capaz de enganar, manipular, roubar e até matar para atingir seus objetivos”.
Parece um filme de suspense, mas não é. Trata-se da nossa assustadora realidade, e, infelizmente, a maioria das pessoas não sabe nada sobre esse distúrbio, sendo incapaz de reconhecer os psicopatas que nos cercam.
No capítulo chamado “Quando a consciência normal adormece”, há uma interessante citação do professor Stanley Milgram, da Universidade de Yale - EUA, que nos anos de 1961 e 1962, em New Haven, Connecticut, elaborou e filmou as experiências psicológicas mais desconcertantes já realizadas. Ele se propôs a confrontar a tendência humana a obedecer à autoridade tão cegamente quanto possível com a consciência individual. Sobre sua pesquisa, ele escreveu: “De todos os princípios morais, o mais próximo de ser universalmente aceito é este: não se deve provocar sofrimento a uma pessoa indefesa que não nos seja nociva ou ameaçadora. Esse princípio é o que devemos contrapor à obediência”. Vem daí o título desta crônica.
Situações por muitas vezes vistas como “normais” nos dias de hoje caracterizam facilmente esse grave distúrbio. Por exemplo, o profissional ambicioso e sem escrúpulos, que passa por cima de todos para conquistar o sucesso, um executivo que maquia o balanço da empresa e inventa mentiras sobre os colegas, ou ainda alguém que vive às custas dos outros, fazendo ou não chantagem emocional. Todos eles têm algo em comum: não possuem consciência, a característica mais fundamental dos seres humanos.
Entre outras preciosidades, a autora cita algumas características típicas desses indivíduos, para que possamos nos proteger de suas ameaças. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, o diagnóstico clínico do “Transtorno da Personalidade Antissocial” deve ser cogitado quando um indivíduo apresentar, no mínimo, três das sete características a seguir: (1) incapacidade de adequação às normas sociais; (2) falta de sinceridade e tendência à manipulação; (3) impulsividade, incapacidade de planejamento prévio; (4) irritabilidade, agressividade; (5) permanente negligência com a própria segurança e a dos outros; (6) irresponsabilidade persistente; (7) ausência de remorso após magoar, maltratar ou roubar outra pessoa. A combinação de três desses “sintomas” é suficiente para levar muitos psiquiatras a considerarem o distúrbio.
Na capa do livro há a seguinte observação feita pela revista Newsweek: “Uma em cada 25 pessoas é um psicopata – sem consciência, sem culpa. Pode ser seu chefe cruel ou o ex-marido louco. Este é um excelente guia para reconhecê-los”.
O livro em questão chama-se “Meu vizinho é um psicopata”, escrito pela psicóloga norteamericana Martha Stout, PH.D., e distribuído no Brasil pela Editora Sextante, do Rio de Janeiro. Para quem se interessa pelo assunto, vale conferir.
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“O preço da liberdade é a eterna vigilância”. (Thomas Jefferson)
Por força do meu trabalho e também por interesse pessoal, leio um livro sobre sociopatia (ou psicopatia), cujo primeiro parágrafo da aba interna diz assim: “Imagine um mundo em que uma em cada 25 pessoas seja um psicopata: não sinta compaixão, empatia ou amor, não tenha nenhum vestígio de emoção e seja capaz de enganar, manipular, roubar e até matar para atingir seus objetivos”.
Parece um filme de suspense, mas não é. Trata-se da nossa assustadora realidade, e, infelizmente, a maioria das pessoas não sabe nada sobre esse distúrbio, sendo incapaz de reconhecer os psicopatas que nos cercam.
No capítulo chamado “Quando a consciência normal adormece”, há uma interessante citação do professor Stanley Milgram, da Universidade de Yale - EUA, que nos anos de 1961 e 1962, em New Haven, Connecticut, elaborou e filmou as experiências psicológicas mais desconcertantes já realizadas. Ele se propôs a confrontar a tendência humana a obedecer à autoridade tão cegamente quanto possível com a consciência individual. Sobre sua pesquisa, ele escreveu: “De todos os princípios morais, o mais próximo de ser universalmente aceito é este: não se deve provocar sofrimento a uma pessoa indefesa que não nos seja nociva ou ameaçadora. Esse princípio é o que devemos contrapor à obediência”. Vem daí o título desta crônica.
Situações por muitas vezes vistas como “normais” nos dias de hoje caracterizam facilmente esse grave distúrbio. Por exemplo, o profissional ambicioso e sem escrúpulos, que passa por cima de todos para conquistar o sucesso, um executivo que maquia o balanço da empresa e inventa mentiras sobre os colegas, ou ainda alguém que vive às custas dos outros, fazendo ou não chantagem emocional. Todos eles têm algo em comum: não possuem consciência, a característica mais fundamental dos seres humanos.
Entre outras preciosidades, a autora cita algumas características típicas desses indivíduos, para que possamos nos proteger de suas ameaças. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, o diagnóstico clínico do “Transtorno da Personalidade Antissocial” deve ser cogitado quando um indivíduo apresentar, no mínimo, três das sete características a seguir: (1) incapacidade de adequação às normas sociais; (2) falta de sinceridade e tendência à manipulação; (3) impulsividade, incapacidade de planejamento prévio; (4) irritabilidade, agressividade; (5) permanente negligência com a própria segurança e a dos outros; (6) irresponsabilidade persistente; (7) ausência de remorso após magoar, maltratar ou roubar outra pessoa. A combinação de três desses “sintomas” é suficiente para levar muitos psiquiatras a considerarem o distúrbio.
Na capa do livro há a seguinte observação feita pela revista Newsweek: “Uma em cada 25 pessoas é um psicopata – sem consciência, sem culpa. Pode ser seu chefe cruel ou o ex-marido louco. Este é um excelente guia para reconhecê-los”.
O livro em questão chama-se “Meu vizinho é um psicopata”, escrito pela psicóloga norteamericana Martha Stout, PH.D., e distribuído no Brasil pela Editora Sextante, do Rio de Janeiro. Para quem se interessa pelo assunto, vale conferir.
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