O Racismo no Brasil
O Racismo ainda é um mal deplorável na sociedade, só que dos anos 2000 pra cá, mais camuflado, escondido, discreto.
Está mais no olhar das pessoas, nas indiretas, no fato de você se orgulhar da sua raça, de você criticar anos de escravidão, de você conhecer a história do seu povo, reivindicar grandes personalidades como Yeshua (Jesus) por exemplo, serem negros, de criticar o atual sistema capitalista/racista, em falar da textura do seu cabelo, de falar da África.
O Racismo e o Etnocentrismo é presente ainda em muitos lugares, na Europa, aqui em São Paulo, até mesmo na África, na Rússia por exemplo, o Zenit de São Petersburgo, clube de futebol da Rússia até pouco tempo atrás disse que não contratava e não precisava de jogadores negros, soube também recentemente, que em seu blog, Danilo Gentile, importante repórter e humorista do CQC, disse em seu blog que não se importava de chamar um negro de ‘’macaco’’, na Itália, em algumas regiões, há sistemas de transportes próprios e exclusivos(que por sinal, bem velhos e mal conservados) pra imigrantes africanos, do qual, todos são negros, temos o recente exemplo de deportação de ciganos na França, os ridículos discursos do presidente do Irã negando o holocausto.
E o mais impressionante ainda foi que no começo desse ano em discurso no Senado sobre as cotas para negros em universidades, o senador Demóstenes Torres, do partido Democratas, de Goiás, disse que os africanos eram os principais responsáveis pelo tráfico transatlântico de escravos. Que escravas negras não foram violentadas pelos patrões brancos, afinal de contas “isso se deu de forma muito mais consensual” e “levou o Brasil a ter hoje essa magnífica configuração social” de hoje. Que no dia seguinte à sua libertação, os escravos “eram cidadãos como outro qualquer, com todos os direitos políticos e o mesmo grau de elegibilidade” – mesmo sem nenhuma política de inserção aplicada. Com tudo isso, o nobre senador deu a entender que os negros foram os reais culpados pela escravidão no Brasil.
No bairro onde moro, Parque Taipas, periferia da zona oeste de São Paulo, mais precisamente na minha rua, tem um caso bastante peculiar, de uma colega minha que diz que jamais ficaria ou namoraria com um Negro, que detesta a cor, tem ‘’nojo’’ da pele escura e do cabelo crespo, mas contraditoriamente sua mãe é negra(embora tristemente tenha comportamento semelhante) e seu irmão é negro, ela gosta de fazer trancinhas no cabelo, e também ouve muito reggae, pagode, funk carioca e Black music americana, que por acaso são ritmos de origem negro/africana/americana/brasileira.
Eu compreendo que para combater esse mal é preciso investir na educação, dentro de casa principalmente, e na escola, na informação e conscientização, é preciso conhecer os grandes mártires e líderes da causa negra e social, conhecer a história e origem do nosso povo, da maneira correta e laica, e principalmente reconhecer o valor e o talento da Raça Negra, do Povo Brasileiro e da África.
Lukas X