R$

Que valor tem este "R" e o cifrão junto dele?

Reais? Sim! Bem reais...

Tão reais que são capazes de transformar a própria realidade. Trazem paz, felicidade, mas escondem muitas verdades. O símbolo do dinheiro, o simbolismo da corrupção, da "salafrariedade" e da ambição. E a culpa é do dinheiro? Não, a culpa não é dele não. A culpa é do rico que o ganhou com esforço, perseverança, dificuldade e que é taxado de rico por si só, como se não houvesse por trás de tudo uma história deste ganho? Não também, não é culpa do rico. É do pobre então a culpa? Não, também não. A culpa é do ego!

O ego do ser humano que vê no R e no S com um risco vertical, a possibilidade de explorar sem ser descoberto, ou mesmo no lucro explícito, advindo dos que pagam por não ter outra escolha a não ser esta mesma, a de pagar.

O dinheiro foi feito com uma missão, assim como tudo neste mundo: a troca. Portanto, R$ é troca, não desvio, nem vantagem desmedida. O lucro faz parte das negociações e de todo o comércio que existe, o que não deveria fazer parte é a exploração.

O objetivo não é falar mal de ninguém, nem de culpar alguém...não possuímos essa autoridade: a de julgar, exceto em algumas situações, que devemos escolher e/ou tomar uma decisão, através de nosso julgamento. Afinal, estamos todos nesta situação atual, pois temos uma responsabilidade particular e peculiar no modo como vivemos e como, nós, seres humanos viemos construindo este mundo desde a sua concepção. E o dinheiro e sua forma de ser valorizado, também é devido à toda a ação humana que conceituou tal valor a ele.

Mas o que podemos falar do R$ (que neste texto expressa não somente a moeda brasileira, mas todas as existentes), é que, infelizmente estamos desvinculando a sua missão verdadeira quando foi descoberta a sua utilidade. E este desvio da missão faz com que muitas pessoas enxerguem nele "o puro materialismo", e vivam apenas por este papel e/ou metal e esqueçam da honestidade, da Lei de Causa e Efeito, do valor real de cada coisa, do "bom negócio", da troca justa e, principalmente, da ética humana...da ética do ser humano.

Talvez seja melhor voltarmos para o escambo e retroceder as negociações, o comércio em sua totalidade...quem sabe assim, pelo menos o R$ não sofra tanto com o valor e o conceito que damos a ele...e não seja mais taxado como o culpado de tantas corrupções, violências e guerras, brigas familiares e atrocidades (essa palavra feia)

que ocorrem nesta nossa sociedade, que parece não ser essencialmente social.

Paulo Hirami
Enviado por Paulo Hirami em 19/10/2010
Reeditado em 19/10/2010
Código do texto: T2566722
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