Carência
Ninguém aguenta mais ouvir falar em relacionamento íntimo afetivo, e ninguém deixa de se informar sobre o assunto. Em busca de uma luz no fim do túnel, ou de uma pedra de diamante no fundo do mar. Li na internet o escritor Arnaldo Jabor esclarecer a situação: "(...) E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega."
Um dos fatos que parecem claros é que as pessoas estão cada vez mais buscando uma relação mística com objetos (carros, modas de alto valor etc.) e com essa dinâmica sobra pouco tempo e espaço para as relações humanas que necessitam de pouco para se manter (apenas amor, compreensão, respeito e dedicação). Ser romântico (a) é tão simples, mas está tão distante de nós. É difícil para colocarmos em pratica? Ou precisamos de mais trabalhos, mais títulos acadêmicos, horas no salão ou uma vida na academia? Diz aí! Entretanto, é importante ser seletivo nas escolhas íntimas afetivas, buscar relacionamentos inteligentes com trocas maduras e divertidas.
No meio disso tudo, o mercado. Se tem pessoas que se viram para conseguir ter alguém ao lado, tem gente encontrando motivos para sorrir diante dessa carência das pessoas. No Brasil e no mundo, o mercado pornográfico está entre os mais rentáveis que, além de contribuir para o prejuízo familiar, prostituição infantil, etc. coloca o indivíduo em condição de masturbação individual ou masturbação a dois (não que seja ruim, mas...). Precisamos saber até aonde a lógica capitalista deve se meter.
A questão preocupante é que estamos deixando para trás (ou de lado) a nossa simplicidade e capacidade de amar, como por exemplo, falar para aquela pessoa que você gostou: 'quero te ver outra vez...' É tão simples!Toda essa marcha de evolução que vivemos, foi criada por pessoas como nós, nós também somos pessoas e podemos mudar, e viver, ainda que só um pouquinho, uma sociedade mais romântica e menos carente de amor.