Conselho Brasileiro de Psicanálise Regional do Estado de São Paulo
CONSELHO BRASILEIRO DE PSICANÁLISE REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Fundado a 10 de janeiro de 1978 é um conselho civil que representa o CONSELHO BRASILEIRO DE PSICANÁLISE ( I.N.N.G.) no Estado de São Paulo, constituído de Psicanalistas, sem finalidades lucrativas de utilidade pública e com duração por prazo indeterminado.
O CONSELHO BRASILEIRO DE PSICANÁLISE REGIONAL DO ESTADO DE SÃO PAULO, tem por finalidade:
A - Defender os direitos, interesses e prerrogativas dos Psicanalistas no Estado de São Paulo;
B - Propugnar pela assistência e previdência social aos Psicanalistas no Estado de São Paulo;
C - Promover maior convívio entre eles;
D - Incrementar os estudos de assuntos Psicanalíticos mediante a realização de debates, conferências, reuniões, congressos e demais atos atividades científicas;
E - Oferecer aos Psicanalistas do Estado de São Paulo, serviços que facilitem o exercício de sua profissão;
F - Todos os serviços oferecidos, (sem discriminação de linhas, escolas, raças e religiões) aos Psicanalistas, são inteiramente gratuitos, inclusive sua inscrição.
CONCEITOS BÁSICOS:
“A aceitação de processos psíquicos inconscientes, o reconhecimento da doutrina da resistência e do recalcamento e a consideração da sexualidade e do complexo de Édipo são conteúdos principais da psicanálise e os fundamentos de sua teoria, e quem não estiver em condições de subscrever todos eles não deve figurar entre os psicanalistas”
Professor Doutor Sigmund Freud
PSICANÁLISE é uma CIÊNCIA e uma TÉCNICA que tem por finalidade a interpretação do inconsciente humano, visando através de diversos processos de avaliações e de modernos recursos terapêuticos, diminuir os estados de tensões, resultantes de inadaptacões vivenciais, educacionais, profissionais, morais, religiosas e pessoais, visando equilibrar emocional e psiquicamente os Sóciopatas e todos os portadores de distúrbios do comportamento em geral, usando apenas os recursos da exortação, do bom senso e da re-educação pessoal.
A psicanálise, não progride à maneira de avanços científicos e sociais. Ocupa-se de coisas simples, que são também complexas. O amor e o ódio, do desejo e da lei, dos sofrimentos e do prazer, de nossos atos de fala, nossos sonhos e nossas fantasias. A experiência sempre singular de cada tratamento analítico obriga o psicanalista que nele se engaja a repensar, em cada situação, a teoria que justifica sua prática. Toda a sua doutrina é marcada por seu desejo de identificar a origem do sofrimento do outro, servindo-se de seu próprio eu.
A interpretação psicanalítica pode estender-se a produções humanas para as quais não se dispõe de associações livres. A psicanálise é uma ciência e também uma técnica psicoterápica baseada nesta investigação e especificada pela interpretação controlada da resistência, da transferência e do desejo. O emprego da psicanálise como sinônimo de tratamento psicanalítico está ligado a este sentido.
O estudo teórico, a análise didática de cada participante e a supervisão são partes fundamentais no processo de formação de um analista.
“O problema da busca de ideais que atenda à vocação fundamental, e da melhor maneira de empregar o tempo útil, assume em alguns casos, intensidade tal que as pessoas, ante a impossibilidade de chegarem, sozinhas a uma conclusão, vão buscar ajuda de terceiro, que as vezes é o psicanalista. A psicanálise constituiria, na hipótese, não apenas a chave capaz de abrir o caminho ate a verdadeira vocação, até então escondida, como vassoura para a limpeza dos meandros do espírito, de preocupações que nele se tenham ido acumulando através do tempo, sem que tivesse uma real correspondência, nem devessem conduzir a nada de importante”
Arnaldo Pedroso d'Horta
''Mente sã em corpo são''.
Aristóteles também, com invulgar sabedoria, lecionou: ''Psique (alma) e corpo reagem de modo complementar uma com outro, em meu entender. Uma mudança no estado da psique produz uma mudança na estrutura de corpo, e à inversa, uma mudança na estrutura de corpo produz uma mudança na estrutura da psique''.
BREVES CONSIDERAÇÕES:
PSICANÁLISE
Existe, por parte das pessoas, a tendência de usar o termo “psicanálise” em sentido vago e geral. Mas ele deve ser aplicado apenas aos métodos de investigação e tratamento criados por Freud [1] e às teorias deles derivadas. Nas lições de Sigmund Freud, o termo psicanálise designa:
1º) um método de investigação de processos mentais mais ou menos inacessíveis a qualquer outro método;
2º) uma técnica de tratamento dos distúrbios neuróticos, baseada nesse método de investigação;
3º) um corpo de conhecimento psicológico cujo acúmulo tende à formação de nova disciplina científica.[2]
Psicanalista
É o profissional que aplica os princípios, os postulados, as técnicas e os métodos da psicanálise no tratamento ou na prevenção de distúrbios psíquicos de natureza inconsciente, tais como: perturbações caracterológicas e estados neuróticos, como inadaptação, timidez, impulsividade, sentimento de culpa, desgosto obsedante, escrúpulo excessivo, distrações desagradáveis, dúvidas persistentes, abolias, fobias, obsessões, neurastenias, neuroses de fracassos, perturbações sexuais, como masoquismo, sadismo, homossexualismo, impotência, insatisfação sexual, inibição, frigidez; perturbações somáticas de origem psíquica, como gagueira, enurese, enxaquecas, algias, asmas, dispepsias, paralisias e diversas moléstias de peles, como eczemas e similares; e determinadas psicoses de ordem fundamental, não provocadas por motivos orgânicos, mas por um conflito intrapsíquico.[3]
PSIQUIATRIA
Psiquiatria é o ramo da medicina que lida com o diagnóstico e o tratamento dos transtornos mentais. Ao longo de sua história, desde os primórdios, foi influenciada por idéias de Hipócrates – o pai da Medicina – e por idéias filosóficas, como as de Platão e Aristóteles.
Nos últimos dois séculos, a psiquiatria tornou-se uma especialidade médica, influenciada por trabalhos clínicos individuais, como os de Philipe Pinel (França, 1745 a 1826), que classificou as doenças mentais em quatro formas principais e estabeleceu um novo tratamento mais humano para enfermos de hospitais de doentes mentais, ao qual chamou de “tratamento moral da insanidade”. Antes dele, podemos citar Willian Baltie (Inglaterra, de 1703 a 1775), primeiro médico a ocupar-se, totalmente, da insanidade. Elevou a “questão da loucura” a uma especialidade respeitada e escreveu o livro Loucura. [4]
Psiquiatra
Médico com especialização em medicina, cujo conteúdo abrange a ciência das doenças psíquicas, neuroses, psicoses e respectivos distúrbios mentais, bem como o tratamento a ser aplicado.
PSICOLOGIA
O termo “psicologia” foi utilizado pela primeira vez pelo filósofo grego Aristóteles, [5] em sua obra A Respeito da Alma, e como referência à teoria da alma. Atualmente, a psicologia é considerada ciência, essencialmente relacionada, porém, ao estudo do comportamento e da vivência. Por meio dela se adquirem conhecimentos sobre o comportamento pelo comportamento dos outros e sobre a vivência pela auto-observação. A essência da alma encontra-se ligada à psicologia abissal. [6]
Psicólogo
É o especialista em psicologia que a aplica no seu trabalho as atividades de observação do comportamento humano em seus aspectos objetivos, observáveis, que possam ser medidos, compreendidos, controlados e descritos objetivamente. O psicólogo se ocupa, prioritariamente, da mente consciente do indivíduo.
Professor Doutor Arnaldo de Sousa Ribeiro