VOTO: LIVRE ARBÍTRIO OU ARBITRÁRIO?
Você já viu um adolescente de 16 anos ou menos conduzindo algum veículo? Caso a resposta seja afirmativa, certamente essa direção acontece sem a permissão do Código de Trânsito. Afinal, a idade mínima para assumir o volante é 18 anos. Some-se a isso a obrigatoriedade de o candidato a motorista passar por aulas e exames antes do famigerado teste final - aqueles que possuem a CNH, sabem como o dia da prova prática é uma verdadeira odisséia! - o qual, por sua minúcia, exige uma ímpar inspiração momentânea. Para o recém-habilitado, o direito de conduzir torna-se uma condição ímpar.
A referência acima pode se relacionar ao momento político, posto que um bom condutor é tão fundamental quanto um bom eleitor. Não concorda que ambos definem o andamento do País?
A imensa nação brasileira necessita melhor alicerçar o sistema de ensino. Ora, o garbo juvenil veria mais contente a mãe gentil se pudesse alcançar um processo educacional decente politicamente. Pergunte a um adolescente, ou mesmo um adulto se ele consegue definir os vocativos "política" e "democracia". Talvez o mesmo não consiga obter êxito. Como pode a União obrigar o voto em uma pátria mal-conceituada? O indivíduo não terá consciência do problema que o voto sem critério significa. Um Brasil alienado, que arruina sua identidade e unidade por meio de uma caminhada enfadonha às urnas, em que ao invés de cidadãos construindo o futuro brasileiro, tem-se seres humanos cumprindo uma mera obrigação cívica e de contornos nada patrióticos.
Qual país sem uma suficiente política educacional de demanda cobra o que jamais exercitou? O conjunto da obra, além de levar a crer na total ausência de altruísmo nos "comandantes da pátria mãe gentil", ratifica a precariedade democrática nacional. Obrigar o voto nada mais se torna do que um instrumeno de coação ao redor da própria cauda brasileira. Qualquer cidadão, antes de impor uma condição a outro, primeiro precisa deixar claro o motivo.
Apenas voltando ao exemplo adolescente: Com 16 anos não é possível dirigir, mas sim arruinar o Brasil!