José Romão Sarney E As Instituições Regressivas: Seu Cortiço
Como é que um senador de 2ª suplência, do nível mais baixo da indecência, sem representatividade eleitoral, desde que não foi eleito pelo voto popular (estava lá, escondido, na 2ª suplência), é escolhido para presidente do “Conselho de Etitica” sem que este gesto institucional provocasse dos seus pares a mínima reação? A Casa Grande Senado estava toda conivente com a armação do cambalacho?
Os eleitores desses 81 senadores não merecem deles a mínima consideração? Uma vez eleitos eles se esqueceram completamente de por que foram votados? Seus milhões de eleitores são tratados com menosprezo como se fossem uma matilha de moleques, e tudo fica por isso mesmo. O dito pelo não dito. Essa fragilidade moral dos supostos representantes dos eleitores (os senadores), determina a predestinação conturbada da vida política, social e jurídica do país.
É como se eles, senadores, estivessem lá, na Casa Grande Senado, apenas para constranger os brasileiros brasileiros, com a insolência, com a representatividade de uma autoridade institucional perversa, degenerada, capaz das injustiças mais vergonhosas, como se não devessem agir conforme a suposta dignidade dessa função pública de duvidosa respeitabilidade.
E os membros eleitos para representar os brasileiros na Casa Grande Senado agiram como se fossem os representantes não da cidadania, mas da molecagem institucional nacional.
No “Conselho de Etitica” foi estabelecido presidente um senador de segunda suplência, sem categoria moral, sem representatividade popular, para inocentar o presidente da Casa Grande Senado de 11 representações e denúncias sem sequer considerá-las minimamente.
Paulo Duque arquivou as denúncias e representações sumariamente, como se o Brasil não estivesse presenciando esse processo estalinista num país que se diz uma democracia republicana. Na vigência política e jurídica da representatividade legislativa dos eleitores do século XXI.
A Casa Grande Senado humilhou a representatividade popular das urnas eleitorais de forma “irreversível”. Como se aqueles senadores não tivessem o mínimo compromisso político de representatividade popular. O “Conselho de Etitica” que representava todos eles, estava nas telinhas das salas de jantar de todo o país, para inocentar o acusado mil vezes culpado (de nepotismo, corrupção administrativa, atos secretos...) de seus crimes institucionais. Como se eles inexistissem.
Os eleitores brasileiros brasileiros foram simplesmente reduzidos à dimensão insignificante de objetos sucateados pela imprudência amoral de senadores que agiam como representantes de quadrúpedes tipo asnos. Os senadores afirmaram a impotência humana dos eleitores. Os eleitores brasileiros brasileiros não tinham representação legislativa. A molecagem institucional sob o comando, comunicação e controle do Duque, fez o país retroceder à condição humana, politica e social, anterior à Revolução Francesa.
O “Conselho de Etitica” liderado pelo “Duque de Versalhes” fez o país retroceder politicamente ao século XVIII. A praça dos Três Poderes transformada no “Château de Versalhes”. O país era uma monarquia absolutista liderada por um rei analfabeto que do Palácio do Planalto vomitava discursos em prol da manutenção sórdida do presidente da Casa Grande Senado em seu cargo por simples conveniência do rei analfabeto e seus interesses políticos particularizados.
O resto era o resto. Os eleitores eram restos de um país que se danava e curvava aos interesses da oligarquia do rei do Maranhão, o oligarca chefe herdeiro dos cortiços de João Romão, mencionado no romance de Aloísio de Azevedo. O oligarca José Romão Sarney aproveitava a ignorância e o analfabetismo do rei do “Château do Planalto” para pressionar seus esbirros de apoio e sentir-se também à vontade para agenciar uma série de cambalachos, calando inconstitucionalmente o ESTADO DE SÃO PAULO com a liminar de censura que dura 130 vergonhosos dias.
O Brasil está sob comando, comunicação e controle dos interesses da oligarquia de José Romão Sarney. Os eleitores que reivindicam cidadania, são simplesmente um incômodo. Sem força nem representatividade legislativa. Os senadores eleitos para representá-los simplesmente ignoram que seus cargos públicos se devem à votação desses eleitores nas urnas. A Casa Grande Senado virou uma Casa da Mãe Joana em defesa dos interesses do oligarca José Romão Sarney.
O país vive às vésperas de 2010. E retrocede. Suas instituições ao contrário de se lançarem na conquista de uma representatividade política e jurídica moral, de acordo com as novas exigências da cidadania globalizada, cede e recua vergonhosamente rumo à imitação de instituições monarquistas anteriores à Revolução Francesa.
E esses indivíduos inclassificáveis que permitiram a instalação do “Conselho de Etitica” para livrar a cara dos interesses da oligarquia de José Romão Sarney ainda se julgam, talvez, “revolucionários”. Ou seja: eles acham que estão provocando “in extremis” (até o último momento de seus mandatos) os ânimos dos eleitores brasileiros sedentos de há muito, de uma representatividade moral, que lhes incentive o gosto pela cidadania e o respeito pelas instituições que lhes aviltam a ideia e a vivência dessa cidadania que seus representantes tornam impossíveis.
O problema está em que o país está próximo de eventos esportivos que fazem com que a atenção e a ansiedade das “brasileiras e brasileiros” estejam canalizadas para a próxima realização de eventos esportivos tais como a copa do mundo de futebol, as Olimpiadas no Rio de Janeiro. Nesse ínterim,
a luta pela moralização das instituições fica para depois. Substituída pelo circo do entretenimento esportivo.
A cidadania fica para depois. A moralização das instituições fica para depois. As reformas institucionais ficam para depois. A afirmação da dignidade, da cidadania, da construção de um país dos brasileiros brasileiros, fica para um amanhã alhures.
A negação do homem moral, a moralização das instituições, a carência de respeitabilidade institucional, a canalhização da mentalidade dos eleitores pelos interesses da oligarquia de José Romão Sarney, são providências inadiáveis. Devem acontecer agora, sem adiamentos ou procrastinações.
Os senadores estão a mando e a serviço não de seus eleitores e de suas necessidades de moralidade da vida pública, de moralização de suas próprias vidas, mas dos interesses do tráfico de influências dos herdeiros do português do “Cortiço”, ancestral literário do oligarca e dono do Cortiço legislativo, Chefe da Casa Grande Senado, romantizado pela literatura naturalista de AA: O ancestral do oligarca João Romão.
José Romão Sarney alega serviços prestados ao país. Seus desserviços são muito mais relevantes. Seus supostos serviços ao país não lhe credencia a investir numa crise política e jurídica institucionais de proporções insanamente deletérias. Mesmo se o ex-presidente necrófilo da República tivesse feito algo de relevante pelo país, é injustificável seu atual investimento na derrocada funesta e na desmoralização das instituições.
A história não se afirma nas referências aos fatos econômicos, mas pela ação (ora extremamente deletéria) das “elites” entre aspas. Elites representadas pelos membros dos Três Podres Poderes. Essas “elites” globalizadas aproveitam os eventos esportivos internacionais para transferirem a luta pela moralização das instituições por combates entre equipes esportivas. Canalizam a atenção das massas ignaras, que elegeram um presidente da República analfabeto para inseri-las na política do novo milênio com uma representatividade institucional que as fazem regredir aos tempos históricos da política do terror anterior e contemporânea à Revolução Francesa.
Os componentes dessa ideologia política e jurídica são tão antigos quanto as leis paleolíticas dos tempos das cavernas. Os homens lutando, a sociedade lutando avidamente por sobrevivência material num vale-tudo para justificar todos os tipos e modelos de atrocidades.
Os ingredientes dessa farsa de civilização liderada pela oligarquia de José Romão Sarney são fácil e simplesmente identificados: uma pequena burguesia carente do mínimo preparo acadêmico, incentivada a consumir, e a consumir cada vez mais, por uma propaganda de produtos que estariam ao alcance de seu poder aquisitivo, mas que realmente criam as condições de competitividade social as mais recessivas:
Como se a sociedade do século XXI devesse se matar entre si para conseguir uma parte da carniça de um animal pré-histórico morto (policiais, marginais, cidadãos comuns) para saciar a fome dos homens das cavernas urbanas que da janela de seus apartamentos podem contemplar a estátua do Cristo Redentor de braços abertos sobre a Guanabara mesmerizada pela expectativa das próximas Olimpiadas. Que mais poderá vir da preponderância política de um presidente analfabeto, de um governador que cedeu seu 2° suplente para chefiar um cambalacho no Senado visando manter o herdeiro do Cortiço de João Romão na presidência da Casa Grande?
E estamos no início da segunda década do século XXI. Acredite. Se quiser.