Nossos filhos amanhã...
Já não chega tudo que foi feito em prol da facilitação para que o descaso prevalecesse quando da promulgação das leis de proteção de crianças e adolescentes, agora o governo quer influir no pátrio poder legitimo dos pais.
Primeiro vamos a uma reflexão: As crianças e adolescentes podem sob a sombra protetora da lei fazer quase tudo, roubar, usar drogas, furtar, dirigir veículos automotores sobrepor sua vontade sobre a vontade dos pais se quiser. Grosso modo é isso, porque a mesma impunidade que protege foras das leis em seu abrandamento protege o menor e o adolescente em suas investidas rebeldes contra professores, pais e todo tipo de autoridade constituída, pela simples certeza da impunidade.
Alguém poderia me dizer que se pegos em flagrante delito o menor e o adolescente pode ser preso, pode sim ser preso, mas a lei não deixa ficar preso, soltando em seguida, não há lei que prevaleça sobre o estatuto.
A agressão a crianças e adolescentes não é algo aceitável, mas convenhamos que os tapinhas e a enérgica atitude dos pais diante da rebeldia dos filhos, sem causar traumas não deveria ser algo para tanta polemica, num país em que metade dos adolescentes, conhecem ou tiveram contato com as drogas, e outra grande parte vive a mercê disso e de roubos e furtos nas ruas, ou pior ainda sob o comando de uma pessoa de maior.
O Estatuto da criança e do adolescente é evidentemente uma faca de dois gumes, e as evidencias são de conhecimento de todo mundo.
Quem teve pela frente um adolescente infrator, sabedor de suas condições de menor protegido pela lei sabe até onde pode ir a sua ação quando se trata de cumprir a lei. Pois é, a lugar nenhum, criou-se a mística de que criança e adolescente é intocável, palavras deles mesmos, dos adolescentes.
Para mim, a sociedade organizada precisa urgentemente reparar grandes brechas deixadas neste estatuto.
Não é questão de cercear o ir e vir das crianças e adolescentes, nada é mais primordial ao ser humano que a liberdade, mas a liberdade com responsabilidade, não sabem os adolescentes e crianças ter, definitivamente.
Há que se definir regras claras, e vejam isto é temporário, nem antes e nem depois, somente durante o período adolescente.
Não seria uma medida para vigiar, de constrangimento, mas tratar-se-ia de retificar esta mesma lei dando mais poder aos educadores, pois assim como está parece que quem comanda a lei são os menores e adolescentes e que a lei jamais vai ter uma hierarquia, obedecida por quem quer que seja.
Para encerrar, eu só gostaria de dizer que o trabalho respeitando a condição fisica de quem vai fazer, jamais faria mal ou causaria trauma a uma criança, pois sempre dignificou o ser humano.
Malgaxe