MATAR MULHER É MODA?
Matar mulher tem sido quase que um esporte de machões neste país. Matar GAYS tem sido outra variante desse esporte, conforme nos mostra a imprensa e os dados colhidos pelas entidades interessadas e defensoras da vida. Perguntamos: o que há em comum com essas mortes? Certamente as questões que seguem não ficam distantes da realidade concreta, senão vejamos:
01 - PRECONCEITO: nosso país ainda é machista e isto se converte no agravo do preconceito. Nesta balança, mulher e gay ficam frente a frente, haja vista serem vistos como "frágeis, delicados, românticos" e, dificilmente esboçam reação à violência institucionalizada e, nas entrelinhas, disfarçadas com o refrigério cultural recalcitrante na América Latina. Talvez se mate menos a mulher, do que os gays, proporcionalmente. A criação das delegacias de mulheres foi um avanço; a Lei Maria da Penha, idem. Com os gays, nem a homofobia foi tipificada como crime e, diante dos assassinatos, a polícia tem pouco interesse em resolver, exceto se a vitima for famosidade, rica, socialmente bem relacionada.
02 - IMPUNIDADE: está provado por sociólogos de todo o mundo, que a causa maior da violência é a impunidade. Se quem mata por matar encontra sempre uma lei branda, imaginem a mulher e os gays. Houve um caso no Recife em que o marido matou a mulher, baleou dois filhos e o cunhado e nada aconteceu com ele. Simplesmente era filho de um pai rico, bem relacionado e advogado criminalista famoso no nordeste. O crime só não prescreveu porque seus filhos não deixaram o processo parado. Às vésperas de prescrever, houve o julgamento a revelia que o condenou a 27 anos de prisão, mas ele fugiu e tudo indica esteja no exterior.
03 - POLÍCIA DESQUALIFICADA: a maioria da polícia brasileira não trabalha focada na inteligência. Ainda funciona na lógica da repressão, deixando de lado a prevenção. Alguns estados já avançaram, mas não podemos generalizar, pois a questão da formação e qualificação ainda não avançou como devem. Não obstante a questão salarial e conflitos internos entre policiais se convertem em urgente necessidade de gestão dentro dos próprios estados. A polícia sempre acha que faz sua parte, mas a justiça nem sempre - jogo de empurra deveras conhecido por todos.
04 - MOROSIDADE DA JUSTIÇA: tudo faz crer que a impunidade encontre nas leis fracas, anacrônicas, sua principal aliada. Mas a morosidade da justiça - sua falta de estrutura, reduzido número de juízes e demais recursos humanos insuficientes, salários baixos, modernização dos processos de trabalho, são alguns dos fatores que agravam essa morosidade. Por outro lado, a Justiça no Brasil custa caro e as defensorias públicas nem sempre existem em todas as cidades e quando existem, são burocráticas e pouco resolutas.
05 - SISTEMA CARCERÁRIO ULTRAPASSADO: independente de a polícia prender e da justiça soltar, como diz, o nosso sistema prisional carece de reforma, da mesma maneira que o código penal e a justiça. Ninguém ignora que os nossos presídios não cumprem a função social de recuperar detentos. Funcionam mais como centro de ajuntamento de pessoas altamente perigosas que, não raro, traficam lá de dentro. Experiências de cadeias privatizadas existem em vários países. Talvez, numa reforma, se vislumbre essa possibilidade.
Outros fatores podem ser aglutinados, considerando que a violência não é questão isolada. Contudo, interessa-nos sobremaneira, a compreensão dessas mortes, pois ao que podemos intuir, são eivadas de questões machistas que nos remetem aos velhos tempos do coronelismo. Claro que vivemos em tempos de internet e de muita modernidade. Não se moderniza a morte, mas se aperfeiçoam as formas de matar. Talvez seja isto um pouco do que ocorre com quem mata com inteligência, mas quando se trata de matar mulher e gay, pouco importa a forma. A vida está banalizada e disto todos têm certeza. Podemos compreender que o assassinato no Brasil é maior do que as mortes em guerra no mundo afora. Talvez esse contexto não se altere quando a vitima for mulher ou gay. Afinal, a mulher, para muitos homens ainda é mercadoria de consumo; gay, é tratado como raça abjeta, ínfima, sem nenhum valor. Em que pese essa visão equivocada ter reduzido muito, mas não nos garante que num futuro próximo, tenhamos uma visível diminuição das mortes, bem como a justiça se fazendo com o rigor devido contra os assassinos. A subjetividade desse contexto, talvez seja a que menos os interessados desejem compreender, que é a exposição dos matadores às suas “fraquezas” interiores. Neste sentido, vejamos:
a) Por que não matam homens com a mesma intensidade que as mulheres?
b) Por que, sendo fortes, estabelecem esta “concorrência” desleal com mulheres que, em tese, são frágeis?
c) Por que, diante de decepções amorosas com as parceiras, alguns homens apelam para violência?
d) Por que, no viés da decepção amorosa, alguns homens são fracos para retomar outra relação e, talvez por isto, prefiram matar as mulheres?
e) Por que geralmente os homens ficam solidários com os assassinos das mulheres? Apoio “moral” pela possibilidade de um dia esperarem a recíproca?
f) Por que, boa parte das mulheres fraqueja diante de ameaças dos seus parceiros?
g) Por que algumas mulheres acreditam, cegamente, que o amor é tudo e, em nome disto, perdoam parceiros violentos?
h) Por que a base cultural feminina não avançou no que concerne a exclusividade dos parceiros?
i) Por que os homens se sentem no direito de trair, mas não o permitem às suas parceiras?
j) Por que as relações afetivas entre homens e mulheres evoluíram tão pouco, diante de tudo que se modificou nas relações interpessoais?
k) Por que boa parte dos homens é tão insegura diante dos Gays masculinos?
l) Por que boa parte dos homens, diante das homossexuais femininas, tenta fazê-las gostar de homem, por imaginarem que, depois de transarem com eles, mudarão de time?
m) Por que alguns homens não raciocinam que, quanto mais gays existir, mais mulheres sobrarão pra eles?
n) Por que é tão difícil entender que o CRIME NÃO COMPENSA?
o) Por que quem diz amar, nestes casos, mata, quando seria mais simples se suicidar? (Só se mata por amor e por ele não se morre?)
Seriam inúmeras indagações, mas preferimos ficar nestas, deixando para cada um interagir nos seus próprios questionamentos. A metodologia do contexto MLHER X GAY se dá em função da fragilidade consentida nas duas vias de compreensão: os assassinos parecem preferir que matando uma mulher ou um gay se converte num crime de menor valor. As autoridades judiciais, por sua vez, parecem ter a mesma forma de compreensão, só que às avessas. Enquanto as Leis não mudam; enquanto o judiciário não se moderniza; enquanto a polícia não aprimorar seu campo de ação com uso da inteligência; enquanto o sistema carcerário não for modernizado, a IMPUNIDADE continuará fazendo sua parte, alimentada pelo preconceito e a falta de disposição de alguns homens em se cuidarem, procurar ajuda médica, tomar remédio, exercitar a crença em Deus, a gente vai continuar lendo e vendo as notícias na mídia em que novas mulheres e Gays continuarão morrendo. Na verdade, a gente não quer ver ninguém sendo morto, pois todos, indistintamente, um dia morreremos. A gente torce pela cidadania. Para que um dia quem matar qualquer pessoa seja punido dentro da lei sem rigor. Porque não pode haver lei rigorosa, senão não será lei, mas terra de ninguém. Um primeiro sinal de que a lei de um país não anda boa é quando uma autoridade diz na mídia que “iremos apurar com todo rigor”... Afinal, a lei é dura, mas é a lei. Dura Lex, Sed Lex... O “rigor” já está dentro dela como conseqüência, não causa.
PS
Em 04/07/2010, o site de Patrícia Galvão ( www.patriciagalvao.org.br) esboça a manchete - "Dez mulheres são mortas por dia no Brasil". Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no país. A motivação geralmente é passional. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional. Os números mostram que as taxas de assassinatos femininos no Brasil são mais altas do que as da maioria dos países europeus, cujos índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil habitantes, mas ficam abaixo de nações que lideram a lista, como África do Sul (25 por 100 mil habitantes) e Colômbia (7,8 por 100 mil). “Quanto mais machista a cultura local, maior tende a ser a violência contra a mulher”, afirmou a psicóloga Paula Licursi Prates, doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, que realiza estudos sobre homens autores de violência.
Concernente à violência Gay, os dados seguintes são importantes. Foram retirados do site www.midiaindependente.org.br:
Violência contra homossexuais no Brasil Por /glbt/ 28/06/2006 às 17:43 ''O Brasil é o país onde mais se mata homossexuais no mundo todo''. É o que diz o militante gay Luiz Mott. O Fundamentalismo da Tolerância Por Eric Mattos Parrot "O Brasil é país onde mais se mata homossexuais no mundo todo", diz o antropólogo e militante gay Luiz Mott em seu novo livro, nos informa artigo veiculado pelo UOL Educação; a própria presença do artigo no site de "educação", encabeçado pelo título "Vergonha" já é sintomática ---especialmente para o internauta que não se limita a ler o título e a chamada ("Brasil é líder em homofobia; religião alimenta o preconceito") da matéria, exercitar-se no seu obrigatório lip service de 30 segundos de indignação, resmungando, "que país é esse?!", e voltar ao site da "Casa dos Artistas", bem menos repetitivo que o discurso habitual de Mott e congêneres ----sim, se o internauta dá-se ao trabalho de ler a reportagem, a julgar pelo que leu e somente por isso, não saberá com certeza ---ele sempre poderá, é claro, fiar-se na palavra do Mott ou do repórter sem nome e assim encerrar o assunto ---se à nossa marca de 132 assassinatos de homossexuais/ano pode mesmo ser imputada como causa a tal homofobia em que o Brasil é campeão mundial (1). A própria definição "crime de ódio", que nossos militantes importaram dos EUA, deveria ser usada com um pouco mais de parcimônia: afinal, quem sabe o que vai na cabeça do outro? Será que em todos esses crimes o perpetrador lavrou em cartório declarações de ódio aos gays, ou dedicou-se a um breve cerimonial de profissão de fé em ódio tal antes de matá-los?
(A matéria é longa, mas está disponível no site citado)
Matar mulher tem sido quase que um esporte de machões neste país. Matar GAYS tem sido outra variante desse esporte, conforme nos mostra a imprensa e os dados colhidos pelas entidades interessadas e defensoras da vida. Perguntamos: o que há em comum com essas mortes? Certamente as questões que seguem não ficam distantes da realidade concreta, senão vejamos:
01 - PRECONCEITO: nosso país ainda é machista e isto se converte no agravo do preconceito. Nesta balança, mulher e gay ficam frente a frente, haja vista serem vistos como "frágeis, delicados, românticos" e, dificilmente esboçam reação à violência institucionalizada e, nas entrelinhas, disfarçadas com o refrigério cultural recalcitrante na América Latina. Talvez se mate menos a mulher, do que os gays, proporcionalmente. A criação das delegacias de mulheres foi um avanço; a Lei Maria da Penha, idem. Com os gays, nem a homofobia foi tipificada como crime e, diante dos assassinatos, a polícia tem pouco interesse em resolver, exceto se a vitima for famosidade, rica, socialmente bem relacionada.
02 - IMPUNIDADE: está provado por sociólogos de todo o mundo, que a causa maior da violência é a impunidade. Se quem mata por matar encontra sempre uma lei branda, imaginem a mulher e os gays. Houve um caso no Recife em que o marido matou a mulher, baleou dois filhos e o cunhado e nada aconteceu com ele. Simplesmente era filho de um pai rico, bem relacionado e advogado criminalista famoso no nordeste. O crime só não prescreveu porque seus filhos não deixaram o processo parado. Às vésperas de prescrever, houve o julgamento a revelia que o condenou a 27 anos de prisão, mas ele fugiu e tudo indica esteja no exterior.
03 - POLÍCIA DESQUALIFICADA: a maioria da polícia brasileira não trabalha focada na inteligência. Ainda funciona na lógica da repressão, deixando de lado a prevenção. Alguns estados já avançaram, mas não podemos generalizar, pois a questão da formação e qualificação ainda não avançou como devem. Não obstante a questão salarial e conflitos internos entre policiais se convertem em urgente necessidade de gestão dentro dos próprios estados. A polícia sempre acha que faz sua parte, mas a justiça nem sempre - jogo de empurra deveras conhecido por todos.
04 - MOROSIDADE DA JUSTIÇA: tudo faz crer que a impunidade encontre nas leis fracas, anacrônicas, sua principal aliada. Mas a morosidade da justiça - sua falta de estrutura, reduzido número de juízes e demais recursos humanos insuficientes, salários baixos, modernização dos processos de trabalho, são alguns dos fatores que agravam essa morosidade. Por outro lado, a Justiça no Brasil custa caro e as defensorias públicas nem sempre existem em todas as cidades e quando existem, são burocráticas e pouco resolutas.
05 - SISTEMA CARCERÁRIO ULTRAPASSADO: independente de a polícia prender e da justiça soltar, como diz, o nosso sistema prisional carece de reforma, da mesma maneira que o código penal e a justiça. Ninguém ignora que os nossos presídios não cumprem a função social de recuperar detentos. Funcionam mais como centro de ajuntamento de pessoas altamente perigosas que, não raro, traficam lá de dentro. Experiências de cadeias privatizadas existem em vários países. Talvez, numa reforma, se vislumbre essa possibilidade.
Outros fatores podem ser aglutinados, considerando que a violência não é questão isolada. Contudo, interessa-nos sobremaneira, a compreensão dessas mortes, pois ao que podemos intuir, são eivadas de questões machistas que nos remetem aos velhos tempos do coronelismo. Claro que vivemos em tempos de internet e de muita modernidade. Não se moderniza a morte, mas se aperfeiçoam as formas de matar. Talvez seja isto um pouco do que ocorre com quem mata com inteligência, mas quando se trata de matar mulher e gay, pouco importa a forma. A vida está banalizada e disto todos têm certeza. Podemos compreender que o assassinato no Brasil é maior do que as mortes em guerra no mundo afora. Talvez esse contexto não se altere quando a vitima for mulher ou gay. Afinal, a mulher, para muitos homens ainda é mercadoria de consumo; gay, é tratado como raça abjeta, ínfima, sem nenhum valor. Em que pese essa visão equivocada ter reduzido muito, mas não nos garante que num futuro próximo, tenhamos uma visível diminuição das mortes, bem como a justiça se fazendo com o rigor devido contra os assassinos. A subjetividade desse contexto, talvez seja a que menos os interessados desejem compreender, que é a exposição dos matadores às suas “fraquezas” interiores. Neste sentido, vejamos:
a) Por que não matam homens com a mesma intensidade que as mulheres?
b) Por que, sendo fortes, estabelecem esta “concorrência” desleal com mulheres que, em tese, são frágeis?
c) Por que, diante de decepções amorosas com as parceiras, alguns homens apelam para violência?
d) Por que, no viés da decepção amorosa, alguns homens são fracos para retomar outra relação e, talvez por isto, prefiram matar as mulheres?
e) Por que geralmente os homens ficam solidários com os assassinos das mulheres? Apoio “moral” pela possibilidade de um dia esperarem a recíproca?
f) Por que, boa parte das mulheres fraqueja diante de ameaças dos seus parceiros?
g) Por que algumas mulheres acreditam, cegamente, que o amor é tudo e, em nome disto, perdoam parceiros violentos?
h) Por que a base cultural feminina não avançou no que concerne a exclusividade dos parceiros?
i) Por que os homens se sentem no direito de trair, mas não o permitem às suas parceiras?
j) Por que as relações afetivas entre homens e mulheres evoluíram tão pouco, diante de tudo que se modificou nas relações interpessoais?
k) Por que boa parte dos homens é tão insegura diante dos Gays masculinos?
l) Por que boa parte dos homens, diante das homossexuais femininas, tenta fazê-las gostar de homem, por imaginarem que, depois de transarem com eles, mudarão de time?
m) Por que alguns homens não raciocinam que, quanto mais gays existir, mais mulheres sobrarão pra eles?
n) Por que é tão difícil entender que o CRIME NÃO COMPENSA?
o) Por que quem diz amar, nestes casos, mata, quando seria mais simples se suicidar? (Só se mata por amor e por ele não se morre?)
Seriam inúmeras indagações, mas preferimos ficar nestas, deixando para cada um interagir nos seus próprios questionamentos. A metodologia do contexto MLHER X GAY se dá em função da fragilidade consentida nas duas vias de compreensão: os assassinos parecem preferir que matando uma mulher ou um gay se converte num crime de menor valor. As autoridades judiciais, por sua vez, parecem ter a mesma forma de compreensão, só que às avessas. Enquanto as Leis não mudam; enquanto o judiciário não se moderniza; enquanto a polícia não aprimorar seu campo de ação com uso da inteligência; enquanto o sistema carcerário não for modernizado, a IMPUNIDADE continuará fazendo sua parte, alimentada pelo preconceito e a falta de disposição de alguns homens em se cuidarem, procurar ajuda médica, tomar remédio, exercitar a crença em Deus, a gente vai continuar lendo e vendo as notícias na mídia em que novas mulheres e Gays continuarão morrendo. Na verdade, a gente não quer ver ninguém sendo morto, pois todos, indistintamente, um dia morreremos. A gente torce pela cidadania. Para que um dia quem matar qualquer pessoa seja punido dentro da lei sem rigor. Porque não pode haver lei rigorosa, senão não será lei, mas terra de ninguém. Um primeiro sinal de que a lei de um país não anda boa é quando uma autoridade diz na mídia que “iremos apurar com todo rigor”... Afinal, a lei é dura, mas é a lei. Dura Lex, Sed Lex... O “rigor” já está dentro dela como conseqüência, não causa.
PS
Em 04/07/2010, o site de Patrícia Galvão ( www.patriciagalvao.org.br) esboça a manchete - "Dez mulheres são mortas por dia no Brasil". Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no país. A motivação geralmente é passional. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional. Os números mostram que as taxas de assassinatos femininos no Brasil são mais altas do que as da maioria dos países europeus, cujos índices não ultrapassam 0,5 caso por 100 mil habitantes, mas ficam abaixo de nações que lideram a lista, como África do Sul (25 por 100 mil habitantes) e Colômbia (7,8 por 100 mil). “Quanto mais machista a cultura local, maior tende a ser a violência contra a mulher”, afirmou a psicóloga Paula Licursi Prates, doutoranda na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, que realiza estudos sobre homens autores de violência.
Concernente à violência Gay, os dados seguintes são importantes. Foram retirados do site www.midiaindependente.org.br:
Violência contra homossexuais no Brasil Por /glbt/ 28/06/2006 às 17:43 ''O Brasil é o país onde mais se mata homossexuais no mundo todo''. É o que diz o militante gay Luiz Mott. O Fundamentalismo da Tolerância Por Eric Mattos Parrot "O Brasil é país onde mais se mata homossexuais no mundo todo", diz o antropólogo e militante gay Luiz Mott em seu novo livro, nos informa artigo veiculado pelo UOL Educação; a própria presença do artigo no site de "educação", encabeçado pelo título "Vergonha" já é sintomática ---especialmente para o internauta que não se limita a ler o título e a chamada ("Brasil é líder em homofobia; religião alimenta o preconceito") da matéria, exercitar-se no seu obrigatório lip service de 30 segundos de indignação, resmungando, "que país é esse?!", e voltar ao site da "Casa dos Artistas", bem menos repetitivo que o discurso habitual de Mott e congêneres ----sim, se o internauta dá-se ao trabalho de ler a reportagem, a julgar pelo que leu e somente por isso, não saberá com certeza ---ele sempre poderá, é claro, fiar-se na palavra do Mott ou do repórter sem nome e assim encerrar o assunto ---se à nossa marca de 132 assassinatos de homossexuais/ano pode mesmo ser imputada como causa a tal homofobia em que o Brasil é campeão mundial (1). A própria definição "crime de ódio", que nossos militantes importaram dos EUA, deveria ser usada com um pouco mais de parcimônia: afinal, quem sabe o que vai na cabeça do outro? Será que em todos esses crimes o perpetrador lavrou em cartório declarações de ódio aos gays, ou dedicou-se a um breve cerimonial de profissão de fé em ódio tal antes de matá-los?
(A matéria é longa, mas está disponível no site citado)