A QUE CUSTO!

FlavioMPinto

O contra-ataque dos governistas ante críticas à política e tamanha desfaçatez no uso do dinheiro e da máquina pública pelo atual governo são as obras apresentadas. Alardeiam Luz para todos, Bolsas disso bolsas daquilo, inflação controlada, índice de desemprego baixando, inclusão de milhões no mercado emergente com sua saída da pobreza absoluta e outras cositas mas. É a política do pão e circo.

Não abordam, ou não querem enxergar, o imenso déficit público causado pelas gentilezas dadas pelo governo federal nas bolsas sem qualquer contrapartida com nenhuma contribuição previdenciária e/ ou fiscal. Esses gastos redundam em falta de numerário para obras e projetos necessários. O Estado nunca quebrará, apenas o contribuinte ficará encrencado.

Não comentam, ou não querem ver, o imenso descalabro no empreguismo partidário e aumento dos seus salários originando despesas fixas de difícil equacionamento e saneamento.

Não desejam , simplesmente não querem, reduzir a máquina pública desonerando o pagamento de impostos pela população.

É certo que a economia vai bem, inflação controlada ortodoxa e capitalisticamente, mas as custas do setor privado tão vilipendiado.

No entanto, não comentam, ou não desejam, expor á Nação que as dívidas interna, na casa de 1 trilhão e meio de reais, e a externa, na casa dos 299 bilhões de dólares, continuam crescendo e logo serão um entrave ao crescimento.

Não comentam, ou não querem abordar, os fracassos da política externa nas inúmeras tentativas de colocar o país num patamar de protagonista invés de mero espectador, relegando ao país um lugar constrangedor de nação trapalhona e incoerente diplomaticamente, sendo até humilhada por nações de menor importância.

Não desejam se expor ante a preferência por nações estrangeiras no recebimento de recursos nacionais ante as necessidades urgentes de brasileiros.

Não se sentem culpados em desprestigiar a indústria nacional em pé de igualdade com similar estrangeira gastando milhões de dólares em aviões para luxo presidencial, enquanto possuímos semelhante e mais barato no mercado nacional.

Não sabem, ou não querem saber, das necessidades em educação, estradas, portos, transportes, saneamento básico do povo brasileiro, só para exemplificar, quando financiam iniciativas desse porte em outros países.

E não se constrangem em participar de verdadeiras negociatas e escândalos que colocariam porta afora qualquer governo em qualquer país com um mínimo de vergonha na cara. Um descalabro moral sem precedentes.

Não explicam o porquê dos saques de seguro-desemprego triplicarem ante ao desemprego que se reduz.

No entanto, se vangloriam da ideologia que professam e colocam acima de tudo, até dos problemas , interesses e objetivos nacionais.

Não gostam do Brasil. Isso está patente.

Daí o imenso custo moral, econômico, político e social que paga o país ao bolivarianismo.

Pão e circo.