PUXÃO DE ORELHA NAS IGREJAS
Hoje tive um belo insight. Belo insight.
Na verdade eu já havia pensado nisso antes, mas não tinha teorizado a ponto de colocar no papel e compartilhar com os meus finos leitores e leitoras.
Por tanto tempo procurei e a coisa estava tão próxima...
Perguntei a mim mesmo o porquê de tanta confusão se as coisas são tão simples?
Do que falará esse que vos escreve?
Hoje o tempo está nublado em São Paulo. Nublado e chuvoso. Cai uma garoa fina que nos convida a nada fazer.
Mas vamos ao teclado. O que deixo aqui sobreviverá a mim.
Há quanto tempo venho brigando com Deus e com as religiões? Muito tempo, é verdade, muito tempo. E por muitas vezes desprezei grandes mestres como, por exemplo, o ícone ocidental mais famoso de todos os tempos, Jesus Cristo.
Ora, precisamos despir Jesus Cristo!
Como assim, despir Jesus Cristo?
Sim, despi-lo. Despi-lo do seu envoltório religioso.
Essa coisa toda montada de religiões apenas perverte a maior das mensagens. E qual é essa mensagem?
A mensagem do amor.
Despindo Jesus do seu envoltório religioso ele tem muito mais a nos oferecer.
Eu não vejo as igrejas falarem sobre amor, que é a principal mensagem de Cristo. Ouve-se de tudo das religiões, mas não se fala em amor. Na prática efetiva do amor incondicional.
Em verdade, em verdade as religiões acabaram com Jesus Cristo.
Fizeram dele uma coisa que ele não é.
Ritualizaram, enfeitaram, ergueram templos, doutrinas, relíquias, vestiram-se de forma especial, mataram, roubaram, transformaram uma mensagem pura, de amor, num monstro indecifrável, inacessível, separado dos homens.
As igrejas deviam ser proibidas de utilizar o nome de Jesus.
Pois, o que a mensagem dele tem a ver com a prosperidade e o mundo consumista do nosso século? O que sobra de Jesus aí?
Não é necessário, para amar o próximo, erguer templos e criar doutrinas.
Se por acaso um dia Jesus Cristo existiu, se por uma hipótese muito remota Deus existir, as religiões são a verdadeira antítese de tudo o que se relaciona a Deus e a Cristo.
Jesus, se existiu, foi um excelente mestre, pois sabia que o amor superaria tudo. Não é preciso mais nada onde há amor, nada. As coisas por si se resolvem, a concórdia e a harmonia são os guias das pessoas, onde há amor.
Não é preciso rituais, igrejas, vestes especiais, sacrifícios, castidade, relíquias, santos, ofertas para a “obra” do Senhor. Tudo isso é uma grande incoerência, uma grande farsa, uma grande mentira.
As coisas seriam muito simples se houvesse o amor que Cristo pregou.
Havendo amor não há necessidade de religião, mas mesmo havendo religião não há o amor.
E então eu pergunto: Para que religião?
As coisas são muito simples, os sábios sabiam bem disso, Jesus sabia bem disso, Buda também.
Concluí que não é preciso de religião para se fazer o bem, para se amar as pessoas.
Se a pessoa é religiosa, se procura respostas numa religião, é porque de fato ainda não encontrou a verdadeira mensagem do mestre que pensa seguir.
Os religiosos seguem a eles mesmos. Seus desejos e pretensões. As mensagens que eles transmitem são todas menos a mensagem do amor incondicional que é a base para que todo o resto das coisas dê certo.
O que a religião tem feito ao longo de tanto tempo é perverter e ser o contrário da mensagem dos sábios.
Estaríamos melhores se elas começassem a voltar sua atenção aos mestres de fato, pois elas estão muito distantes, muito distantes, daqueles que declaram como sendo seus mestres.
Diria que estão a anos-luz de distância.