O Outro Lado do Banal

É fato que desde a antiguidade — e quando eu me refiro a antiguidade, é antiguidade mesmo — homens mantinham relações amorosas e sexuais com outros homens.

Diversos imperadores, reis, grão-duques e ainda hoje membros da realeza são homossexuais. Filósofos gregos, matemáticos, homens públicos, pessoas influentes no Brasil e no mundo são em grande número, homossexuais.

A homossexualidade era tratada como um ato normal até a Igreja Católica iniciar sua caça as bruxas e impôr suas leis próprias e suas regras sobre a moralidade, a partir daí amar outro homem ou manter relações sexuais com o mesmo tornou-se algo imundo e digno do preconceito das pessoas, algo que permanece ainda hoje.

É visível a hipocrisia, mas, algo ainda mais perigoso que a hipocrisia é a banalidade. Hoje em dia tornar-se gay virou "legal", uma "modinha", influenciada muitas vezes pela mídia que fez uma propaganda exorbitante para que fosse findado o preconceito. Um ato inútil, um tiro no pé que só fez piorar ainda mais as coisas.

O Brasil tem a maior parada gay do mundo, mas, a pergunta que fica é: realmente essas milhões de pessoas que vestem uma camisa e balançam uma bandeira contra homofobia sabem de fato o que querem? Olha que já tivemos inúmeras provas de que nem sempre as pessoas sabem de fato "o que são".

Não encaro a homossexualidade como uma opção, ou orientação. É algo pré destinado, algo que se descobre com o tempo, principalmente durante a fase da adolescência, a fase mais dificil da vida de qualquer pessoa.

A adolescência contribui e ao mesmo tempo danifica a mente de diversos jovens que estão em fase de serem formadores de opinião; muitas vezes são influenciados por amigos, parentes, colegas de sala. É o que chamamos de influência da sociedade.

Uma sociedade tão miscigenada, tão plural, tão livre. A sua opinião depende exclusivamente do meio social em que você se encontra. Se seus pais são mais fechados, que consideram a homossexualidade quase um crime, provavelmente você vai sofrer tanta pressão que vai acabar

"abandonando". Mas, se você vive em um núcleo familiar onde tudo é mais light, vai ter uma visão mais aberta do mundo e vai encarar dois homens beijando na sua frente como algo absolutamente normal, mesmo que você não seja homossexual.

Hoje temos diversos casos de banalidade homossexual. Garotos e garotas de 14 anos falam com tranquilidade "Vou virar gay" e começam a beijar homens e a fazer sexo sem segurança, o que de fato é mais perigoso nas vidas dos homossexuais por motivos óbvios.

A mídia vem forçando muito as pessoas a terem uma "cabeça mais aberta" que na realidade é meio como um "experimentem novos sabores" ou sendo mais popular "beijem homens e mulheres, é legal".

Ser gay não é "legal", muito menos uma "brincadeira" sexualidade é coisa séria, é uma coisa que interfere — e muito — diretamente no percurso de uma vida. É preciso ter mais respeito para com aquelas pessoas que de fato sabem o que querem e que sentem asco de atitudes como essas.

De um outro lado há a criação de algo tentando mostrar - sem sensacionalismos — o lado "bonito" e normal de um casal homossexual. Homens podem amar homens e mulheres podem amar mulheres e quando eu falo amar eu me refiro a sentimentos, a ter uma família e construir um vida juntos.

Segue abaixo uma das seleções de cenas mais lindas que eu já vi, do filme "O Segredo de Brokeback Mountain" estrelados por Jake Gyllenhaal e Heath Ledger, ambos atores heterosexuais, que se beijaram, se abraçaram, se acariciaram e se excitaram exclusivamente para o trabalho, mas, se eles tivessem um caso, haveria algum problema?

Leonel Cupertino
Enviado por Leonel Cupertino em 11/06/2010
Código do texto: T2313001
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