BULING

Tanto no trote quanto no bulling há um grupinho dentro de quase qualquer grupo, que constrange pessoas porque se crê de melhor estirpe ou mais valente, transformando em vítimas pessoas mais submissas ou mais fracas ou culturalmente destituidas de educação acadêmica. Foi assim desde os primórdios de nossa nação, quando os moradores das províncias iam visitar a corte e eram alvo de um verdadeiro e humilhante ritual trotista. Os moradores das regiões urbanas faziam pilhérias(gozações) com os moradores da zona rural. Não sei se erro, mas me parece que a mídia televisiva e a globalização serviu de redutor no caso específico dos rituais de admissão grupal. Quanto a violência dos guetos parece que não, ou melhor, existem fortes indícios de que ela tenha até crescido. A busca de espaço social, própria da adolescência, sempre foi uma forte geradora de violência. Não podemos esquecer também do ódio oriundo das diferenças sociais. E por último a mais cruel de todas: a violência fria, objetiva, planejada, poderíamos dizer até inteligente, daquele individuo que aprendeu e até desenvolveu sofisticadas técnicas, afim de conseguir coisas, que vão desde um par de tênis de griffe e/ou roupas também de griffes, através da mão armada.

Estamos na rabeira, andando muito atraz, quase perdendo de vista a solução destes problemas.

- Companheiro Lula, levo fé em seu cérebro destituido de cursos universítários e em suas mãos de nove dedos.