A atualidade e a ética do tudo pode quem tem dinheiro.
O mundo atual vem cada vez mais sofrendo reversão de valores. Essa reversão diz respeito a alienação promovida pelo Capital. O homem ao invés de ser o “senhor do dinheiro” acabou se tornando escravo deste.
Nesta perspectiva, a vida pouco vale ou nada vale. E se existe alguma vida que realmente valha para a sociedade capitalista, é a vida dos donos do dinheiro. É o mundo do aprisionamento do ser humano. Digo aprisionamento, porque a essência do homem que é o seu ser tem sido descaradamente jogada no lixo. Hoje só tem importância o ter status, o qual significa ter estabilidade financeira, poder aquisitivo: carro, propriedades, jóias, etc.
O mundo vem se perdendo num vazio sem limite e esse vazio se refere a predominância do “ter” sobre o “ser”. Ora um mundo em que o dinheiro vale mais do que a vida, é um mundo alienado e alienante, onde a democracia (se existe) não consegue transpor o papel, não conseguindo dessa forma se configurar como uma realidade.
Acredito que o mundo de hoje está mergulhado num mar de lama sem fim, onde a corrupção, fruto da ambição desenfreada vem trazendo em seu rastro profundos sofrimentos para aquelas pessoas que possuem apenas sua força de trabalho.
Neste sentido, lutar por um mundo onde a justiça realmente prevaleça, significa lutar contra a desigualdade, contra a exploração dos que são donos do dinheiro contra aqueles que vivem somente de seu trabalho. Significa também lutar por um mundo onde ser gente, ser humano valha mais do que simplesmente ter dinheiro, propriedades, bens, etc. Só quando o mundo realmente entender que o maior bem de todo universo é a vida e que ser humano é o maior tesouro que se pode ter, só aí poderemos falar num mundo onde finalmente a justiça e a igualdade possa vir a prevalecer.