CPI da Pedofilia Prende Monsenhor em Arapiraca
A segunda maior cidade de Alagoas tem sido alvo de notícia nacional e internacional, chegando até ao Vaticano, por envolver membros da igreja católica. A questão envolve não apenas um monsenhor, mas outros padres de Arapiraca e cidades adjacentes. Em razão de uma prova mais contundente, pela gravação de um vídeo em que flagra o monsenhor fazendo sexo oral com um adolescente, isto resultou na sua prisão, juntamente com seu motorista e sua secretária, estes por falso testemunho, diante da CPI, naturalmente querendo defender o seu superior. O monsenhor reconheceu publicamente o seu pecado e pediu perdão a Deus e a Igreja, negando não ser pedófilo, pois, por ocasião do flagrante do vídeo o jovem já tinha 19 anos. Entretanto, testemunhas confessaram que a prática vem do tempo em que o jovem era seu coroinha, ainda menor de idade.
O que mais chocou a sociedade arapiraquense foi o fato de o monsenhor, de 82 anos, ser um religioso tradicional, pregando sempre a moralidade, de forma muito eloquente, com seu patente conservadorismo, reprimindo as mulheres por um eventual decote na blusa. Seguia então aquela máxima: “faça o que eu mando e não o que faço”. Ele traía sua própria igreja, não cumprindo o voto de castidade.
Agora, aquele que foi o pivô de todo o escândalo foi liberado da prisão, ganhando o direito à prisão domiciliar, enquanto seus subordinados ficaram no xilindró, por falta de um advogado, assim como o monsenhor o teve. Aí então o problema já é com a justiça. Não sou operador do direito, nem tenho conhecimentos jurídicos suficientes para descobrir as chamadas “brechas da lei” que favorecem a uns e prejudicam a outros independentemente da proporcionalidade da culpa.