O tremendo som do silencio.
Palavras de um Grande poeta:
E as crianças senhor, porque lhes dais tanta dor, porque padecem assim?
Alguém já parou para ver, para ouvir o sorriso triste das crianças? o olhar triste, a face pálida e gelada onde as lágrimas há muito secaram, de onde a esperança há muito desapareceu?
Não! Ninguém.
Vagueiam sem rumo, perdendo aos poucos a fé a esperança. Que esperança pode ter uma criança perdida no meio desses milhões de seres, correndo nessas cidades sem fim sem lei?
Que esperança de vida podem ter esses milhões de crianças?
Que lhes importa a elas, leis, promessas, se ,quando a manta do sol que lhes mata o frio de dia, desvanecendo-se á noite, as deixa abandonadas sem pão e por enxerga o cimento duro e frio.
Que lhes importa o mundo se o mundo nada lhes dá? O pão a que têm direito, que lhes prometem e não chega nunca.
O que lhes dão? Um destino cego, surdo e mudo. Um destino sem esperança, onde o som do silêncio, lhes vai roubando aos poucos a pureza da alma de criança. Que lhes fica? Fica a crua e e triste realidade. Abandono! Crime que o ferro marcou ao nascer, crime que os que mandam, podem, e prometem, cometem, e elas sofrem o castigo.
Continuarão a ouvir pela noite dentro, a noite de suas vidas, noite, que jamais verá nascer o dia com um pouco de carinho, um pouco de pão.
Continuaram a ouvir apenas o silêncio, o tremendo som do silêncio!