Sobre a maternidade e a paternidade

A sociedade atual super valoriza o conhecimento sistematizado e isso não é de todo ruim. Nessa sistematização do saber, foram criadas as especializações. E aí há especialização para tudo: em todas as áreas você se sente compelido a entrar em alguma Pós-Graduação lactus sensus. Somos ensinados a fazer tudo sobre tudo; a escola, a igreja, as entidades, as ONGs, os institutos... (a lista é quase infindável) nos bombardeiam com instruções, técnicas disso e daquilo outro, cursos os mais variados e diversificados,etc. Entretanto, me CAUSA MUITA ESTRANHEZA o fato de estarmos nos esquecendo de pensar, refletir, tentar aprender sobre algo que é inerente somente ao ser humano: a liberdade em escolher e decidir se quer e/ou necessita procriar ou não; e, se decidir procriar, como fazê-lo; o ato de ter filhos deveria ser impreterivelmente precedido por estudos, oficinas, seminários ou coisa que o valha para que o futuro pai ou futura gestante se aproprie da habilidade imprescindível de EDUCAR BEM – COM QUALIDADE, COM PROFICIÊNCIA, COM DIGNIDADE E RESPEITO – a criança que está vindo ao mundo. Se eu me preparo para tudo, para toda e qualquer atividade profissional ou não, por que então não deveria também me preparar para tamanha e importante função, essa de ser MÃE ou PAI?