Personalidade limítrofe/borderline ou objetivo-idealista?
Uma confusão que talvez se faça entre transtorno mental e contextual?
Sim, existem pessoas que apresentam desequilíbrio emocional grave e que isso possa ser diagnosticado como transtorno de personalidade limítrofe. Mas também pode ser interessante pensar se não é sempre que uma semelhança de sintomas inevitavelmente encaminhe para um mesmo diagnóstico. Esse pode ser o caso deste transtorno bem como do seu entorno espectral. Isso se o próprio transtorno não for, ele mesmo, reclassificável. Que ainda se encaixaria com a minha ideia de transtorno contextual, em que um quadro disfuncional de comportamento é mais o reflexo de uma combinação de fatores intrínsecos e extrínsecos, com a prevalência de influência dos extrínsecos, se diferenciando de um quadro de transtorno mental típico em que os fatores intrínsecos estão mais influentes e determinantes, em que o transtorno não é predominantemente um efeito combinatório e contextual. Em relação a um diagnóstico de personalidade limítrofe, se daria, primariamente, mais em relação aos casos menos severos. Portanto, e indo direto ao cerne ou proposta desse texto, ao invés de um transtorno de personalidade limítrofe, o que podemos ter, e eu como um possível exemplo disso, seria um tipo de personalidade objetivo-idealista, em que essas características estão mais proeminentes?? Focando em características ou tendências básicas de comportamento, como objetividade e idealismo*, mas que se manifestam de maneira mais constante e intensa??
* Primariamente subjetivo.
No meu caso, não seria exatamente ou apenas uma questão de apresentar uma maior variação emocional, ainda que possa ser considerada uma predisposição intrínseca de minha natureza mental, mas essas características citadas, de objetividade e idealismo, se manifestando mais intensa e constantemente, e relacionadas a um contexto pessoal que está aquém de as satisfazer plenamente, semelhante a qualquer outro desajuste crônico ou insolúvel a longo prazo entre personalidade e meio, por exemplo, de um indivíduo muito extrovertido metido em um ambiente social mais voltado para introvertidos por um longo período de vida. E que esse desajuste leve à uma maior variação emocional. Então, não seria apenas como que um cérebro, no caso, o meu, está organizado e reagente ao meio, mas também com base em como tem sido a minha interação com o meio em um sentido qualitativo e os resultados consequentes.