Qual é o seu estilo parental?
O estilo de educação dos filhos varia de família para família e é muito influenciado pela maneira que os pais foram educados, o ambiente familiar e sua relação com pais e irmãos. É comum escutarmos " Eu apanhei tanto na infância que hoje faço oposto" ou " Meus pais me batiam quando não obedecia e acho que deu certo, hoje replico a educação que tive".
O importante é lembrar que cada indivíduo é único e o que funciona para um não necessariamente irá funcionar para o outro.
Então, o que fazer? Encontrar o equilíbrio e sair do automático (estado de fazer sem pensar) onde nos encontramos em 90% do tempo. A falta de tempo dos pais, o estilo de vida, as telas, são algumas das causas que roubam uma infância feliz e estruturada.
A psicoterapia proporciona ferremantas para o autoconhecimento e consequentemente o alinhamento dos desejos, necessidades e da plena atenção para fazer escolhas e mudanças pertinentes para o bem estar individual e familiar.
Antes de mais nada vale a reflexão: Qual é o estilo parental em que estou?
Estilo autoritário: Regras são estabelecidas e exigidas que sejam cumpridas pelos filhos sem a explicação da lógica ou da necessidade. Se questionados, os pais podem simplesmente responder: “Porque eu disse isso” . Quando não são cumpridas as crianças são punidas havendo pouco diálogo. Os pais que exibem esse estilo são frequentemente descritos como dominadores e ditatoriais. Apesar de terem regras tão rígidas e altas expectativas, pouco fazem para explicar o raciocínio por trás de suas demandas e simplesmente esperam que as crianças obedeçam sem questionar.
Estilo autoritativo: estilo democrático, estabelecem regras e explicam a lógica e necessidade das mesmas. O diálogo é frequente, embora esses pais esperam muito de seus filhos, fornecem calor e apoio adequado. Quando as crianças não conseguem atender às expectativas, são mais cuidadosos do que punitivos. São assertivos, mas não intrusivos e restritivos. Seus métodos disciplinares são de suporte, querem que seus filhos sejam assertivos, socialmente responsáveis, autorregulados, bem como cooperativos. É essa combinação de expectativa e apoio que ajuda crianças a desenvolverem habilidades como independência, autocontrole e autorregulação.
Estilo permissivo: pais que raramente disciplinam seus filhos porque têm expectativas relativamente baixas de maturidade e autocontrole. são mais receptivos do que exigentes. Eles são tolerantes, não exigem um comportamento maduro, permitem considerável autorregulação e evitam confrontos. Geralmente são cuidadosos e comunicativos com seus filhos, muitas vezes assumindo o status de um amigo mais do que o de pais.
Estilo negligente: Um estilo parental não envolvido e caracterizado por poucas demandas, baixa capacidade de resposta e pouca comunicação. Enquanto esses pais satisfazem as necessidades básicas da criança, geralmente estão afastados da vida de seus filhos. Eles oferecem pouco ou nada em termos de orientação, estrutura, regras ou mesmo apoio.
Qual o impacto de cada estilo parental nas crianças?
Entre os resultados de alguns estudos (CHERRY e GANS, 2018):
O estilo parental autoritário geralmente leva a criança a serem obedientes e proficientes, mas têm uma classificação mais baixa em felicidade, competência social e autoestima.
Estilo autoritativo tende a resultar em crianças felizes, capazes e bem-sucedidas.
A parentalidade permissiva resulta muitas vezes em crianças que têm baixa felicidade e autorregulação. Essas crianças são mais propensas a terem problemas com a autoridade e tendem a um desempenho ruim na escola.
O estilo parental negligente tem uma classificação mais baixa em todos os domínios da vida. Essas crianças tendem a não ter autorregulação, têm baixa autoestima e são menos competentes que seus pares.
Embora existam limitações nas pesquisas realizadas , os estilos parentais estão associados a diferentes resultados para crianças, e o estilo autoritativo está geralmente ligado a comportamentos positivos, como uma forte autoestima e auto competência. No entanto, outros fatores importantes, incluindo cultura, percepções das crianças sobre o tratamento dos pais e influências sociais também desempenham um papel importante no comportamento das crianças.
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