Homens-Meninos: Superando a Síndrome de Peter Pan
Por Fernando Vieira Filho¹
A síndrome de Peter Pan, uma tese cunhada pelo psicoterapeuta norte-americano Dr. Dan Kiley (1942-1996), ganhou notoriedade através de seu livro publicado em 1983, intitulado "The Peter Pan Syndrome", que se tornou um best-seller internacional sob o título "A Síndrome de Peter Pan".
A síndrome de Peter Pan descreve comportamentos e sintomas manifestados por homens que resistem em abraçar a maturidade, exibindo imaturidade em aspectos psicológicos, sociais e sexuais. Eles exibem atitudes narcisistas e comportamentos desorientados, muitas vezes impulsionados pelo medo da solidão, abandono e fracasso.
Esses homens relutam em passar pelo processo normal de amadurecimento emocional e, quando chegam ao casamento, lutam contra a transição de filhos para pais. Normalmente com mais de 30 anos, eles inicialmente irradiam simpatia e camaradagem, mas com o tempo, revelam sua problemática natureza, causando prejuízos profundos a parceiros de negócios, amigos, familiares e cônjuges. Isso quase se torna uma aflição social.
Atualmente, a sociedade dá grande ênfase à juventude, muitas vezes enaltecida pela mídia como um mecanismo de consumo. Isso estimula a imaturidade psicológica desses homens, que resistem ao envelhecimento, agindo conforme seus próprios desejos e ignorando as consequências de seus atos irresponsáveis e comportamento imaturo.
Embora possam ser bem-sucedidos profissionalmente, na vida pessoal, esses homens continuam agindo como adolescentes egoístas e hedonistas, culpando os outros por suas irresponsabilidades. Nos relacionamentos, eles não se esforçam para uma conexão madura e estável, preferindo mulheres que os atendam enquanto eles oferecem pouco em troca.
A irresponsabilidade é o cerne dessa síndrome, resultado da criação superprotetora e possessiva. Portanto, a educação dos meninos desempenha um papel crucial na prevenção da Síndrome de Peter Pan. O exemplo do pai é vital nos primeiros anos de vida, entre 0 e 6 anos. Valores como autoridade, honestidade, respeito, autoconfiança, autoestima, assertividade e espiritualidade devem ser incentivados, seja por meio de um bom exemplo paterno ou de outro mentor.
Aqueles que buscam superar a síndrome de Peter Pan podem adotar uma nova perspectiva ao se colocarem no lugar dos outros e darem mais do que recebem. Não é necessário suprimir sua "criança interior", nem se tornar amargos ou misantropos. Em vez disso, eles devem se adaptar de maneira saudável e autoconfiante à realidade da vida, agindo de acordo com sua idade.
A psicoterapia se mostra um caminho eficaz para tratar a Síndrome de Peter Pan, junto com o apoio de familiares e amigos, que desempenham um papel essencial no processo de crescimento e transformação.
¹Fernando Vieira Filho - Psicoterapeuta/clínico, palestrante e escritor.
Autor do livro CURE SUAS MÁGOAS E SEJA FELIZ! – 2ª Ed. - Barany Editora - 2012. E coautor do livro DIETA DOS SÍMBOLOS – 6ª Ed. - Melhoramentos - 2004.
É autor dos E-Books:
PSICOFÁRMACOS - Uso e aplicações de forma simples e eficaz.
PSICOPATOLOGIA - Apresentada de forma simples e objetiva - Incluindo psicopatologias infantis.
SISTEMA DE TERAPIA FLORAL do Doutor Edward Bach (Portuguese Edition) – Amazon – 2013. E-book.
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