AS PALAVRAS NÃO DITAS
Na vida temos um comportamento social, afetivo, lúdico, realista, mentiroso, devasso, incrédulo.
Quem conduz todos os sentidos da vida, é o tempo e quem conduz o tempo, são as palavras não ditas, essas determinam, se um indivíduo vai viver feliz, livre, ou preso dentro de comportamentos escapista e falsos, tem gente que aprende a usar o verniz social ainda na primeira infância, crianças muito pequenas aprendem a ficar caladas diante de abusos, agressões, da fome afetiva e de comida mesmo, elas vão sorrindo, chorando, se encolhendo num canto, com vergonha, dor, e aprendem a escapar acumulando coisas, se viciando em algum anestésico p o corpo, crescem assim, viram doutores respeitados, mas não se aceitam como são, porque nunca foi possível ser de verdade, são pessoas bonsais, que crescem apertados, podados, moldados, aparentemente são lindos, mas se sentem feios por dentro, sujos, pensam que encontraram a felicidade em algum momento, mas esse pensar é só uma adaptação da dor, que doeu tanto, ao chegar no limite, adormeceu, estagnou, o cérebro máscara, e produz uma máscara de bem estar, e o indivíduo pensa que está bem, mas não está, ele ainda é uma pessoa bonsai, oprimida, espremida, compactada.
A sexualidade de uma pessoa é a linda condutora da sua felicidade, na maioria das vezes, tem pessoas que se permitem ser felizes com outra linha condutora, mas são raras, na sua maioria o sexo determina o grau de satisfação que alguém tem com a vida, nisso inclui, casamentos, traições, família, fetiches, fantasias... Quando alguém tem algum problema na aceitação dos desejos, vem a pulsão de morte, de dor. As palavras não ditas são a tortura do ser que é e não se assume, pra si e depois para os outros, os familiares que sabem e fingem que não sabem, fazendo o jogo de que está tudo bem, se as palavras não são ditas com todas as letras. Vivem a vida inteira numa dor sem fim, quando tudo poderia ter sido resolvido com uma simples conversa com a mãe, sou gay, ou sou lésbica, a mãe é a única pessoa que precisa ficar sabendo, ou saber primeiro, para que num abraço todas as dores se curem. Em geral elas sempre sabem, mas fingem que não sabem, achando que isso vai modificar alguma coisa, (vou parar agora, mas retornarei em breve, Clarice fazia isso com seus texto, farei o mesmo)...