Eu já como carne há décadas. Vou ficar doente?

TRECHO DO MEU LIVRO "COMER OU NÃO COMER CARNE"

Não necessariamente. Conheço pessoas que comeram carne a vida inteira e gozam (ao menos aparentemente) de boa saúde já na casa dos 80 ou mesmo dos 90 anos de idade. Não vamos criar regras fixas nem generalizar todas as estatísticas e pesquisas científicas. Desde que analisei um pouco mais detalhadamente a relatividade proposta pelos estudos de Albert Einstein e também baseado em outros estudos que fiz, dei a minha vida um rumo mais equilibrado. A carne não é alimento ideal para o ser humano; isto para mim é fato consumado, não me importa o que dizem médicos, cientistas ou empresários. Cada qual com suas razões e opiniões que vou sempre respeitar, mas isto não quer dizer que estou concordando com a maior parte deles. Já assisti inúmeros médicos que possuem vídeos na internet proibindo terminantemente o uso da carne como alimento; por outro lado, há trechos em suas afirmações dos quais discordo veementemente. Isso quer dizer que eles estejam errados e eu certo? Então vou entrar para o guiness como o senhor da verdade. Não quero e não tenho essas pretensões. Não existem verdades supremas, mas fatos incontestáveis existem. E quase tudo que falo e defendo é baseado, além de em pesquisas sérias, em fatos que estão debaixo do nosso nariz. Faça uma experiência com você mesmo. Verá que o não comer carne, longe do que parece, não é coisa do outro mundo. Somos criaturas de hábitos. Qualidade de vida advém de optarmos por hábitos bons, que agregam as coisas que mais queremos. Se você se sente bem mastigando restos mortais de outros seres, não serei eu a convencê-lo a se tornar vegetariano. Você está bem assim, sente prazer no que faz, nunca sofreu nada que se relacione ao consumo de carne, ou pelo menos acha que não. Então, porque mudar, certo? Errado. Você está dando prioridade a um prazer em curto prazo e sofrimento em longo prazo. Experimente fazer o contrário. Considere o fato de abolir a carne como um pequeno sofrimento agora para colher muito mais prazer e satisfação no longo prazo ao adotar um regime mais condizente com as leis naturais.

Você pode e vai se tornar muito mais saudável não comendo carne. Isso eu posso garantir. Não estou falando isso para te convencer. Deixo a seu próprio critério essa avaliação. Olhe as pesquisas. Assista aos filmes que tratam de mostrar e esclarecer o processo de criação engorda, confinamento e abate de animais. Não aqueles mascarados e maquiados pela mídia interesseira, mas os que mostram, sem meias verdades, todo esse processo. Visite um matadouro e comprove minhas afirmações. Não quero apenas que acredite em minhas palavras. Todas as empresas precisam ter lucro e manter seus impostos em dia como as famílias dos trabalhadores que dependem dela. Não estou criticando esse ponto nem peço que acabem com a matança do dia para noite; como mudar um sistema que perdura por séculos? O propósito que alimentou minha iniciativa de tornar públicas minhas idéias não é de escrever um Best seller, embora isto fuja ao meu controle. Tenho o sonho de habitar um planeta cujos animais morram de morte natural em vez de assassinados. Eles têm esse direito. Ou será que não? Também não é minha intenção ser o anjinho salvador da humanidade, mas um gerador de conscientização. Se não me baseasse em pesquisas cientificas de que a carne traz danos graves a nossa saúde, poderia ser criticado por minha petulância e o melhor seria eu ficar calado e não dizer besteiras. Mas não são apenas as pessoas que ficam doentes, senão o planeta como um todo. Não entendo de pesquisas médicas; deixo isso para os entendidos no assunto. No entanto, ouvi dizer que há certos tipos sanguíneos que necessitam de carne no organismo, peremptoriamente falando. Então, o que dizer dos vegetarianos convictos e praticantes que nunca ingerem qualquer tipo de alimento animal, sem falar nos veganos que levam isso ao extremo, não só não consumindo, como não usando no corpo ou no dia a dia qualquer utensílio que tenha sido fabricado com restos de animais sacrificados?

Vivemos em um mundo de total competição e isso em todos os setores da sociedade. Sempre haverá os que preferem polemizar a estudar resultados. Em cima dessa desigualdade de opiniões surgem os dogmas, os paradigmas e os interesses econômicos no qual toda uma máquina governamental é pautada. Sou agora de opinião de que discutir simplesmente não leva a lugar algum. Enquanto as evidências não se fizerem presentes e tenham força para derrubar a teimosia reinante, seremos joguetes de forças maiores que, pelo poder econômico emperram as tendências de melhoria que vemos pairar no horizonte. Como mudar essa situação? Creio que pelo poder da decisão. É ele que tem a força necessária para desviar as tendências contrárias, que também são poderosas e estão aí querendo nos desanimar. Movimentos como o Segunda Sem Carne ainda são tentativas tímidas de frear a máquina econômica em que a carne e sua produção e consumo só fazem agigantar-se a cada dia. Esses movimentos são fortalecidos por pessoas comuns como eu e você que optaram por dar um basta no cenário catastrófico da industrialização inconseqüente. Por que é que doenças como diabetes, cânceres e cardíacas crescem em vez de diminuírem? Será que não há aí uma razão superante a do estresse, falta de exercício físico e outras estigmatizadas pelos meios sociais? Você pode ficar doente comendo ou não comendo carne; todos nós podemos; mas se não comê-la as suas chances de não adoecer e ter longa vida aumentarão assombrosamente. Mais uma vez, baseio-me em fatos, comprovados, documentados, corroborados ou conhecidos por você e por mim.

Sua origem familiar, todos os seus antepassados mantinham hábitos. Como nós, também tinham seus receios e suas dúvidas quanto àquilo que levavam para a mesa e forniam seus estômagos. Mas duvido que tenham sido tão paranóicos como somos hoje, seus descendentes. Lembro-me de que comíamos margarina praticamente todos os dias, usávamos banha de porco, já que óleo de cozinha não era tão popular quanto agora e comíamos pão no café da manhã e no lanche da tarde. Eu e meus irmãos, brincando na rua, identificávamos vindo lá da casa dos fundos que era a nossa, não pelos relógios que não trazíamos, mas pelo delicioso aroma, o nosso café já pronto. Era o sinal para deixarmos a bola e corrermos atarantados de fome para dentro de casa. Leite ninho era leite ninho. Toddy era Toddy. Chocolate era chocolate. E não o que vemos agora nas gôndolas dos supermercados. Você pode escolher, da gama pendente nas prateleiras aquilo que mais te apetecer: fortificado, com glúten, sem glúten; com sódio, sem sódio; A, B, C, J; para diabéticos; light; dietético; para a vovó; para a titia; para o passarinho .......

Sendo assim, as doenças não são algo que surgem do nada, elas têm uma causa mental e física; na verdade muito mais mental do que física. Vivemos hoje muito mais tempo do que antigamente em função da avançada tecnologia, não só médica, mas científica, como também da comodidade. Por outro lado, morremos pela boca, comemos demais e mal e ainda somos diariamente massacrados de todos os lados por propagandas e “ensinamentos” duvidosos que só geram medo e confusão nas pessoas. O lado bom é que possuímos inteligência e livre arbítrio para usarmos nossa vontade de decisão e capacidade intuitiva baseada nas próprias experiências do dia a dia. Uma limonada fresquinha ou suco de laranja parecem não mais fazer parte dos hábitos cotidianos, porque dá trabalho, toma um pouco de tempo. Por que não comprar, já prontinha e embalada na garrafa de três litros uma coca cola que dá para a família inteira almoçar e ainda sobra para o jantar ou umas bebericadas durante a tarde. O microondas está a minha disposição para eu colocar ali qualquer coisinha rápida de uns dois minutos e pronto, já almocei. O resultado desses pequenos atos que separadamente parecem detalhes do cotidiano são as estatísticas que vemos de pessoas obesas,diabéticas levando uma vida artificial porque se cansam com muita facilidade, se irritam com muita facilidade e podem ate chegar aos 90 ou mais, porém a poder de pílulas controladoras de doenças crônicas, um andador, uma cadeira de rodas, quando não uma cama de hospital armada em casa. Triste cenário de uma época marcada pela abundância, mas carente de pessoas verdadeiramente saudáveis.

A saúde é conseqüência de uma vivência equilibrada. Ela está ligada a vários fatores, não apenas à alimentação. Contudo, uma alimentação desequilibrada degringola todo o sistema orgânico. Estamos falando respaldados em pesquisas cientificas de nível acadêmico, portanto sérias e confiáveis. Os níveis percentuais em termos de não adoecer abolindo a carne são expressivos demais para serem desprezados. Ainda tem dúvida? Então observe estes dados bastante recentes divulgados pela ONU e comprove você mesmo.

Professor Edgard Santos
Enviado por Professor Edgard Santos em 10/04/2023
Reeditado em 10/04/2023
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