Saúde Mental
Se faz urgente e necessário construir pontes nas fendas das rodovias e BRs da vida para permitir o desenvolvimento e crescimento da inteligência emocional que nos leve para o destino das belezas das paisagens das emoções e sentimentos, afim, de respirar o ar puro e saudável da saúde mental para aproveitar e absorver na viagem do existir a sensação da tranquilidade e da paz, da gratidão e da alegria etc.
Nos tempos atuais, ainda, existem déficits de “quociente emocional” que ameaçam seriamente a qualidade de vida de um indivíduo, porque a cada ano que passa aumenta expressivamente o número de pessoas que desenvolvem algum tipo de transtornos mentais, onde a ansiedade e a depressão conseguem se manter no topo das pesquisas feitas a cada ano por institutos e órgãos importantes, por exemplo, a “OMS” e a “OIT” que trazem números exorbitantes, e nos chama para uma reflexão profunda, ampliando o nosso olhar para essa necessidade, que nos últimos tempos tem sido ignorada e retraída diminuindo o potencial do individuo em busca de relacionamentos mais saudáveis, de um autoconhecimento que revelaria pontos primordiais que precisam ser trabalhados e melhorados, através de um processo contínuo de transformação pessoal, ou seja, a autoconsciência, de ser capaz de caminhar nos trajetos da emoção e dos sentimentos com o olhar preciso da autorregulação, com a energia motivadora da automotivação, com a prática da empatia e da compreensão, da limitação e a incapacidade de desenvolver as habilidades sociais que precisa para se relacionar e construir memórias positivas que potencializa a capacidade cognitiva e assim, lidar melhor com as frustrações e os contratempos, fazendo dessas experiências uma oportunidade de aprendizados importantes que nos provoquem momentos de reflexões e encontros com o nosso próprio eu em buscas de respostas que poderiam esclarecer dúvidas e incertezas internas por causa de uma visão simplista da emoção.
Gostaria de destacar três desafios que distanciam as pessoas de um processo de transformação que a “terapia cognitivo comportamental” desencadeia quando se trata de remodelar, modificar, reestruturar, codificar e visualizar as experiências e os fatos de maneira distorcida e inadequada, e ao mesmo tempo se tornam os grandes vilões causadores dessa deficiência emocional que enfraquece a capacidade de resiliência de qualquer indivíduo nas guerras que acontecem internamente dentro de si. De fato, quando se trata de lançar-se no desafio de mapear e canalizar as emoções e os sentimentos com mais inteligência emocional exige do agente transformador uma atuação permanente e contínua sustentada pela disciplina, pelo comprometimento, pelo foco e força de vontade que seja capaz de mantê-lo no caminho que o levará a mudanças extraordinárias na vida de quem se predispõe a esse propósito.
O primeiro desafio é a falta de tempo que muitas pessoas alegam não ter para buscar uma estabilidade emocional, protegendo a sua saúde mental de elementos estressores e ameaçadores, que por sua vez, invadem silenciosamente os pontos mais vulneráveis de um indivíduo alojados em sua mente – “as emoções e os pensamentos”.
Muitos se perdem em uma busca descontrolada de poder e riquezas materiais, bem como de status sociais para atender padrões impostos pela sociedade vivendo nas celas das comparações falsificando a sua verdadeira identidade. Outros, por sua vez, ficam arrasados emocionalmente por se sentirem excluídos e desamparados dentro de um sistema injusto que que minam a alegria e a esperança de um dia viver dias melhores em suas vidas, também a automotivação que tanto ajudaria as pessoas se manterem motivadas e focadas em objetivos que permitam que elas assumam o lugar que merece neste mundo que disponibiliza oportunidades valiosas que passam despercebidas por muitas pessoas. Sabemos que o “QE” é o grande responsável pelo sucesso de qualquer indivíduo porque ele nos ensina a fórmula mágica que melhora os relacionamentos interpessoais e intrapessoal, poque estamos nos relacionando a todo o momento com as pessoas e conosco mesmos (as).
O que você está fazendo com o seu tempo? O que é prioridade na sua vida hoje? Essas prioridades são ecológicas? Faz bem para você? Faz bem para as pessoas que convivem com você? Faz bem para o mundo de forma geral?
O segundo desafio que sabota a qualidade da saúde mental de um individuo é a questão da dificuldade financeira. De fato, ainda existe uma deficiência muito grande no sistema de saúde pública do Brasil em relação ao cuidado da saúde mental. São problemas simples que poderiam ser trabalhados e corrigidos antes que viessem a se tornar um problema mundial, gerando grandes prejuízos financeiros onde se perde aproximadamente 12 bilhões de dias de trabalho por causa da ansiedade e a depressão que custam para a economia global quase um trilhão de dólares, e consequentemente trazendo grandes impactos na qualidade de vida e convivência das pessoas na família, porque nem todas as pessoas estão preparadas para lidar com esta situação que foi gerada por causa de escolhas erradas e interpretações distorcidas de fatos, eventos e experiências que causaram o desmoronamento da estabilidade emocional das pessoas porque não souberam lidar com as perdas e frustações que tiveram nas suas vidas, principalmente, pós-pandemia onde muitos resolveram se suicidar e desistir da vida para se livrar dessas angústias e sofrimentos trazidas por uma doença patológica silenciosa que muitas vezes tiram todas as chances de defesa de uma pessoa, aumentando a dificuldade de reverter a situação que a gerou.
É valido lembrar que existem psicólogos e terapeutas capacitados que possuem técnicas e ferramentas para ajudar as pessoas a se fortalecerem, a fim de se alcançar o equilíbrio que precisam e, assim, ser capaz de evitar algo muito pior que podem levar as pessoas a se suicidarem e sabotarem o seu próprio bem-estar.
Se pergunte para si mesmo. Será que estou gastando o meu dinheiro de forma consciente? Existe algo que eu possa fazer para investir na minha saúde mental?
Mediante esses questionamentos faça uma reflexão bem profunda e veja se existe algo desnecessário que poderia ser sacrificado, e assim, poder fazer algo por você.
O terceiro desafio que distancia o indivíduo da qualidade de vida e bem-estar que a inteligência emocional pode proporcionar nesse processo de transformação e autoconhecimento contínuo é o preconceito, porque ainda rodeia, e pior, continuam enraizados em mentes fechadas, pois pensam que as únicas pessoas que precisam enfrentar e passar por um processo de inteligência emocional são aquelas que possuem algum tipo de transtornos mentais. Mas vale lembrar que todos nós trazemos na bagagem da vida esquemas e domínios que precisam ser trabalhados, descobertos que merecem a nossa plena atenção e, assim, transformar todas essas dores e feridas emocionais em aprendizados que nos torne capazes de resolver conflitos internos gerados por causa de experiências do nosso passado que afeta a nossa vida hoje. Conflitos que são traduzidos em sentimento de desesperança, desestabilidade emocional e pensamentos perturbadores que podem atrapalhar a sua vida em todos os sentidos.
Reforço que tudo isso pode ser evitado, se as pessoas considerarem a ideia de que “prevenir é melhor que remediar” e, que não necessariamente precisa existir uma doença patológica para buscar reforço emocional com um psicólogo ou terapeuta para orientá-lo e permitir o seu progresso nas avenidas desconhecidas de suas emoções, das ruas perigosas dos seus pensamentos, que podem te deixar em um beco sem saída e sem possibilidades de voltar a tempo para evitar andar em locais que você não deveria nem pensar em ir, ou seja, o beco perigoso da ansiedade e depressão que pode aprisioná-lo permanentemente na cela de sua mente, uma vez que, quando isso acontece a pessoa desenvolve uma visão negativa do seu próprio self, ou seja, de si mesma, do mundo e das pessoas.
Quantas vezes você disse que é um pessoa brilhante?
Quantas vezes você acreditou em você e deu credibilidade a si mesmo, a si mesma?
Quantas vezes por dia e com qual frequência você escolhe ter pensamentos positivos?
Você assume o protagonismo ou é vítima das circunstância e os eventos que acontecem com você?
Eu poderia continuar e deixar inúmeras perguntas que o fizesse refletir, mas acredito que já consegui gerar em você que me acompanhou ao vivo, bem como, aqueles que porventura irão me assistir depois, de que, se não mudarmos a nossa forma de pensar, continuaremos presos a um passado que nos manterá fixados em ideias que nos impedirá de gerar emoções positivas, por exemplo, a gratidão de ter vivenciado tal emoção que foi capaz de fortalecer a resiliência e gerar aprendizados para se libertar, se conhecer e sair mais fortalecidos, e ter a coragem de assumir a vulnerabilidade que faz d nós pessoas imperfeitas, limitadas, buscando significado e propósito de vida.
Qual é a sua missão e seu propósito de vida? Pense, reflita, porque vale a pena descobrir a sua missão e o seu propósito. Aliás o propósito sempre retribui.
Escrito por: Gilmar polese Terapeuta e Especialista em Inteligência Emocional.
São Mateus/ES
01 de Fevereiro de 2023