VACINAÇÃO DAS CRIANÇAS: REFLEXÃO!
A pandemia veio para deixar as pessoas tensas. E aí veio junto a questão política que se converte em uma mistura de propósitos, ou seja, alguns acreditam no seu líder (o Presidente); outros não, por razões diversas. Ou por simples oposição ou por visualizarem a questão mais como uma fórmula científica do que por uma razão política.
Aqui minha tentativa é dar uma luz ao problema separando essas questões porque não deveriam vir à tona em tal momento tão crítico.
As mídias sociais estão aí. Tem matéria, vídeos, opiniões, comentários das mais diversas espécies. Tudo bem, estamos em um país democrático e hoje ‘a moda’ é participar dessas redes que se continuem em certo apaziguamento do ego.
Digo apaziguamento do ego porque entendo que cada um se acha no direito de opinar sobre um assunto tão complexo e tão sério, como se todos fossem experts nessa área tão importante para a humanidade que são os trabalhos científicos que visam combater flagelos da humanidade, ou seja, essas doenças novas que dão muito trabalho para serem dissipadas.
Pois bem. Tirando esse aspecto de defender meu político preferido deparamos como uma vanguarda mundial no combate à covid-19. Que vanguarda é essa? São os estudos na área da medicina que visam entender o fenômeno e com isso criar mecanismos de combate.
Há uma fórmula simples que qualquer leigo tem conhecimento. Quem combate vírus é o próprio organismo com o seu sistema imunológico inato a cada pessoa. Essa a razão de o vírus atingir severamente algumas pessoas e outra não. Essa é uma regra que vale para qualquer NAÇÃO que faz parte do Globo terrestre.
Sucede que hoje o assunto tomou novas dimensões sobre o que se vislumbrava (como perigo) no início da pandemia. Veio uma nova cepa e o vírus começou a se projetar vertiginosamente em quase todos os hemisférios terrestres.
Como boa parte da população já foi imunizada e estamos, aqui no Brasil, bem perto de atingir a chamada imunização de rebanho a nova cepa não causa perigo para os já vacinados. Isso vem sendo demonstrado (na realidade) pela falta de surgimento de casos graves. Entretanto, nova questão vem sendo trabalhada pela comunicada científica. A camada social que ainda não foi vacina, ou seja, AS CRIANÇAS.
Pois bem: Ai vem os prós e os contra. Como disse alhures cada um com as suas razões. Na minha lógica os contra têm mais medo das contraindicações do que do próprio vírus. Muitos deles explicam que desnecessário essa vacinação porque na evolução da doença as crianças não estão sendo atingidas. Será correta essa avaliação? Neste caso ou aplico o critério da cautela. Explico:
Eu tenho um neto. Hoje me sinto assim: vejo-me protegido e com muito medo de me expor e trazer para ele o vírus. Aí penso: meu neto já foi vacinado de todas aquelas doenças ocasionais que a medicina indica que a criança deve ser vacinada. Até agora tudo andou dentro desse conceito. Em todas essas vacinas nada ocorreu de grave com ele. Aí vem a pergunta: vai ocorrer agora só porque é algo novo? A quem devo recorrer para tomar minha decisão?
Eu tenho muita facilidade para fazer essa escolha: sigo a indicação científica que até hoje não falhou. Por que cheguei a essa conclusão? Porque acho muito temoroso, diante de uma nova cepa, achar que a criança não vai sofrer sequela grave. Aí fico imaginando: As vacinas até agora nunca prejudicaram uma pessoa porque agora iria prejudicar?
EU TENHO MAIS MEDO DO VÍRUS DO QUE DAS CONTRAINDICAÇÕES.
Enfim, achei-me na obrigação de fazer tal reflexão porque quero ajudar. Meu texto não mostra qualquer indicação de que tenho a intenção de combater conceito político. As crianças do Brasil são os cidadãos do futuro. Temos que ter com elas o maior cuidado. Nossas opções têm de ser bem pensadas. Sei que todos defendem suas crianças com todo ardor possível, mas, antes de tomarmos uma posição temos que ter consciência de que escolhemos aquilo que a ciência está propondo porque é o caminho que, historicamente, tem sido traçado por toda a humanidade e que tem dado certo, porque mudar agora?