Alegria de viver não tem idade

No dia 1º de outubro comemorou-se o “Dia Internacional do Idoso” em homenagem às pessoas que possuem idade igual ou superior a sessenta (60) anos.

Devo dizer então que senti-me homenageado pois tenho, atualmente, sessenta e dois (62) anos de experiência de vida neste planeta e, ainda noutro dia, participando de um evento musical a convite de uma colega musicista, no final da celebração, após eu ter entoado algumas de minhas canções com meu violão, uma jovem mulher que eu estava conhecendo naquele dia e uma das responsáveis pelo acontecimento, agradeceu a minha presença e, admirada e feliz, regozijou-se e disse estar admirada da minha performance pois que pessoas idosas ela havia tratado em hospital.

Realmente confesso que fiquei surpreso pois ela não me conhecia e, consequentemente, não sabia a minha idade mas, igualmente, enquadrou-me como idoso, mesmo após eu ter dado um showzinho com meu canto e violão. Aí pensei: deve ter sido os meus cabelos brancos, embora, atualmente, haja muitos jovens, pessoas de vinte (20) a trinta (30) anos, que estão pintando os seus cabelos de branco.

Noutro dia o jornalista Paulo Alceu, da NDTV, em Florianópolis, disse, em reportagem, entusiasmado, que um homem com mais de oitenta (80) anos de idade, beirando os noventa (90), estava fazendo aulas de balé (ballet) e transformando em realidade um sonho que ele sempre teve: “o de ser um bailarino”. Estava, assim, sentindo-se muito feliz!

Então sugiro a todas as pessoas consideradas jovens e a todas consideradas idosas que, daqui pra frente, pratiquem esportes, exercitem algum tipo de atividade artística (procurando sempre cumprir os protocolos anti-covid-19 até que cesse a pandemia), que achem sempre um meio de sentirem-se bem e feliz, fazendo o que gostem e lhes dê prazer e não se deixar influenciar negativamente por ninguém, por nenhum vídeo ou por reportagens negativas com mensagens nefastas, para se evitar de ficar paralisados, de morrerem antes do tempo, isto é, antes da hora fatal.

E, por falar em morte, também é de bom alvitre ler sobre os mistérios da vida e da morte, sobre o nosso desencarne neste planeta, pois isso é certo para todos nós, seres vivos efêmeros, passageiros deste plano. Sobre esse tema já li “O Livro do Viver e do Morrer – Celebre a Vida e também a Morte –“ de autoria do filósofo e mestre OSHO, de nacionalidade indiana e, neste momento, estou lendo a obra “Assim dizia o Mestre”, de autoria do educador e filósofo catarinense, Huberto Rohden. O próximo livro que pretendo ler sobre esse assunto intitula-se “O Triunfo da Vida sobre a Morte”, também de autoria de Huberto Rohden.

Mas enquanto isso, enquanto estamos encarnados aqui neste plano, vamos fazendo a nossa parte, procurando achar um motivo para tornar a vida bela, achar um meio de se sentir feliz, rejeitando o lado podre e obscuro deste mundo e que a gente sabe e tem consciência que também existe, para não cair em depressão e melancolia e perder assim a vontade de viver. Procurar criar e manter laços de amizade, alegria e bem-estar em todos os níveis das relações humanas é sempre um ideal a ser concretizado para manter a chama da esperança sempre acesa e, assim, sentir-se sempre jovem.

"Alegria de viver não tem idade", ainda há tempo, enquanto houver vida há fé de que tudo dará certo e que dias melhores virão pois, afinal de contas, sobrevivemos até aqui com muita galhardia, mantendo a dignidade e honrando os nossos antepassados.