A ansiedade adquirida ainda na infância - Parte I.
Quando uma ameaça real ou imaginária é enfrentada pelo nosso inconsciente, a amígdala se ativara e avaliará o perigo, caso a ameaça não consiga ser administrada pelo neocórtex ,haverá uma reação emergencial que libera os hormônios do estresse, aumenta os batimentos cardíacos e o ritmo respiratório. Neste momento, o nosso cérebro reptiliano se coloca no lugar do neocórtex e organiza as reações instintivas do nosso inconsciente retirando o domínio do pensamento consciente.
A força da energia traumática é tão intensa e excessiva que o nosso cérebro passa a acreditar que a ameaça ainda está presente e assim nos mantemos sempre alertas e na defensiva.
Ao internalizarmos o nosso trauma, as nossas reações ficam padronizadas e o transtorno de ansiedade passa a nos fazer companhia....
Todas as decisões que tomamos até mesmo as mais simples, são baseadas em previsões e estas são feitas a partir de intuições consequentes da nossa experiência acumulada ao longo da vida e também da troca de perguntas difíceis por perguntas mais fáceis .
Daniel Kahneman enquanto pesquisador acadêmico, estudou sobre mecanismos que garantiram a vitória quanto a nossa sobrevivência ao longo da evolução. Concluiu que diante de qualquer problema, os seres humanos utilizam uma linha de raciocínio que exige menos esforço para chegar a uma conclusão.
Se analisarmos o desenvolvimento humano a partir da infância , poderemos afirmar que o nosso cérebro tem uma característica preguiçosa e adora buscar o caminho mais fácil e que economize energia, agindo de forma automática em suas generalizações.
O problema é que após uma experiência traumática (desprezo ,abandono....) principalmente durante a nossa infância, quando o nosso cérebro aprende que uma coisa faz mal e passa a evitá-la ,deixa de considerar algumas variáveis importantes.