Números da covid-19 no Brasil
Assim como o slogan recente surgido nos Estados Unidos, em razão da violência contra os negros, "Vidas Negras Importam", quando o assunto é a pandemia da covid-19, também se diz "Vidas Importam", independentemente da cor, da religião e de qualquer estrato social.
A matemática não salva, mas informa. Os 449 mil mortos no Brasil representam 0,21% de sua população. Os 14,1 milhões de recuperados em relação aos 16,1 milhões de casos, representam 87,58%. É evidente que qualquer número deve ser analisado, considerando a tragédia mundial. Uma única vida perdida importa sim, para quem a perdeu, para a família e para a sociedade. Todo ser humano é uma célula do universo. Entretanto, para que não se forme um pânico, não se pode focar apenas nos mortos, mas nos recuperados e nos que poderemos salvar daqui para a frente. É preciso lembrar a estratégia do comandante do navio Titanic que, mesmo na certeza do seu naufrágio, recomendou que a orquestra continuasse tocando. Estava ele consciente de que diminuindo o pânico salvaria mais vidas. Assim, das mais de 2.200 pessoas a bordo, cerca de 700 sobreviveram. Uma tragédia sim, mas os "sobreviventes importam."
A a covid-19 não é um mal exclusivo do Brasil e sim do mundo inteiro, razão de ser considerada uma pandemia. Ninguém quer eleger o melhor ou o pior na defesa desse coronavírus, mas há de considerar que mesmo países mais desenvolvidos do que o Brasil o número de mortes, proporcionalmente, ainda é maior. Assim, o mistério continua, pois, o que antes se dizia que a vulnerabilidade era maior para os idosos, vemos muitos jovens sendo abatidos pelo esse "bichinho" invisível. Portanto, cuidado, muito cuidado, seguindo todos os protocolos, pois, a prevenção ainda é o melhor remédio, principalmente quando não se sabe como curar a doença.