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Alzheimer 2 - os primeiros sinais

A correria dos dias e o excesso de deveres e responsabilidades consomem o nosso tempo e as nossas energias de tal forma que um pequeno esquecimento é algo natural decorrente do stress a que somos submetidos diariamente. E por pensar assim não imaginamos que quando um ente querido começa a ter lapsos de memória pode ser algum tipo de doença mental. Nesse caso, vamos relevando as pequenas falhas inofensivas que não chegam a interferir no modo de vida.

Mas, os lapsos vão ficando cada vez mais recorrentes até que a família começa a achar que há algo estranho. O doente de alzheimer ou de demência vascular esquece onde guardou os objetos, trocam os nomes das coisas, deixa a porta do refrigerador aberta, esquecem a panela no fogão aceso, não conseguem memorizar os fatos recentes e atêm-se mais ao passado do que ao presente. É o início do caos e do sofrimento que vem se instalar na família.

Infelizmente muito tempo já foi perdido. O diagnóstico vem com os exames quando a doença já está instalada e já provoca os seus danos. A família precisa se reinventar, aprender a viver uma nova vida um dia de cada vez, pois a cada dia surge um fato novo (para pior) o que é desgastante por demais. Ouso afirmar que das lutas esta é a mais inglória de todas, é uma luta contra uma doença que não retrocede, só avança e que nos leva ao limite de nossas forças físicas e emocionais.

A memória se esvai a conta-gotas e o portador da doença tem noção do que está acontecendo, pois quer fazer as atividades de sua rotina e não consegue; sabe que precisa fazer, porém esqueceu de como se faz. E aí chega a melancolia e a depressão. A alegria de viver vai diminuindo e o sorriso sumindo da face; também inicia-se o isolamento social, pois sabe que há algo errado e tem receio de passar ou causar vergonha.

Na família o impacto é devastador. Tem os que enfrentam a doença e os que fogem, se omitem em encarar o problema. Por tabela, surgem os desentendimentos e o desgaste se instala, afinal não é justo que apenas alguns cuidem, zelem, dêem carinho a alguém que sempre cuidou e zelou por todos. Sem falar na exaustão de quem cuida vinte e quatro horas por dia, ou seja, de quem reside com o paciente. 

Assim é a fase incial. É assim que ela se apresenta com todas as suas dores e desafios para os familiares que precisam adaptar-se ao novo e oferecer todo o carinho e atenção possíveis e inimagináveis para quem é acometido por esta doença infame.

 
Alvaniza Macedo
07/05/2021


 
Alvaniza Macedo
Enviado por Alvaniza Macedo em 07/05/2021
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