TRISTE VER A JUSTIÇA CONIVENTE A TAIS CRIMES???
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA PARA ESCLARECER O PORQUE DE TANTAS VACINAS DO FAZ DE CONTA QUE EU APLIQUEI????
'Vacina de vento': Polícia Civil arquiva inquérito do caso em Petrópolis
O primeiro registro em delegacia sobre suposto desvio de doses da vacinação, que deu origem aos casos conhecidos como aplicação de "vacinas de vento", foi arquivado. O caso ocorreu em 12 de fevereiro, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, depois da divulgação de um vídeo pelas redes sociais que mostrava uma atendente de enfermagem aplicando a agulha numa idosa de 94 anos, sem a vacina na seringa. O inquérito foi instaurado pela 105ª DP (Petrópolis) e concluiu que a dose da Coronavac "pode ter sido perdida acidentalmente" durante a aplicação, caracterizando, desta forma, imperícia por parte da profissional de saúde.
De acordo com a conclusão do relatório assinado pelo delegado João Valentim, não existem "elementos mínimos" para prosseguir com as investigações, a não ser que surjam "fatos novos". Desde o início da apuração do caso, Valentim demonstrou cautela, uma vez que a própria família da idosa não quis representar contra a técnica de enfermagem. O procedimento investigatório foi instaurado a partir da notificação da prefeitura de Petrópolis e a divulgação de imagens nas redes sociais.
- O pedido de arquivamento foi baseado nos relatos minunciosos das testemunhas e análise do vídeo à exaustão, amplamente divulgado pela mídia. Não ficou comprovada a subtração de vacinas, o que apontaria peculato, quando o delito é praticado por agente público, nem tampouco infração de medida sanitária. O que foi observado foi que houve imperícia e um erro na aplicação da dose - explicou o delegado.
O delegado ressaltou ainda que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pode não concordar com o arquivamento do inquérito:
- A imperícia dela (técnica de enfermagem) não caracteriza crime. A conduta dela de desperdiçar a dose, acidentalmente, não importa em delito na minha visão. Por isso, eu solicitei o arquivamento ao Ministério Público. Vou esperar a manifestação da promotoria, que pode ser favorável, ou não. O MP pode até pedir o desarquivamento - explicou.
Depois de ouvir as seis testemunhas, inclusive o filho da idosa, que filmou a suposta vacinação, a Polícia Civil não encontrou nenhum indício de má-fé ou dolo (vontade de causar o delito) por parte da técnica. Segundo o titular da 105ª DP, João Valentim, todo o procedimento de vacinação no posto de imunização em sistema drive-thru, instalado em um campus da Universidade Católica de Petrópolis, foi analisado, sendo constatado que nenhuma dose foi subtraída. O vídeo ajudou nas investigações, pois mostra que, além da idosa não ter sido vacinada com a dose, registra a ação da técnica e de outra funcionária do local ao manipular a seringa.
O relatório final do inquérito informa que, na sequência de imagens, a técnica tenta tirar a capa de segurança que fica "emperrada na agulha", de frente para a idosa e o filho dela, que estão dentro do carro. Em seguida, a investigada volta para a tenda, onde estão as vacinas, e se aproxima de outra colega. O vídeo, de acordo com a polícia, mostra as duas manipulando a seringa, por cinco segundos, mas não é possível ver todos os detalhes. Da saída ao retorno ao veículo, a técnica gasta 14 segundos. A mesma técnica se aproxima do carro, retira a capa de segurança e injeta a agulha no braço esquerdo da idosa. O relatório descreve a aplicação, informando que ela levanta o êmbolo (sendo possível perceber neste exato instante que está sem a dose) e, por fim, o pressiona para baixo.
Após a análise da imagens, o depoimento do filho da idosa passou a ser crucial na investigação. Segundo o relatório, ele próprio conta que, no momento em que a técnica está tentando tirar a capa da agulha, na primeira tentativa de vacinação, "presenciou um pequeno vazamento de líquido da vacina, quando a agulha separou-se da seringa" (sic). Diz ainda o filho da idosa em trecho extraído do depoimento: "estava (a técnica) com dificuldade no manuseio da seringa e viu quando a agulha se soltou do corpo da seringa e, consequentemente, houve vazamento de um pouco de líquido". Neste momento, ele sugere: "Não é melhor trocar a seringa?". Foi quando a técnica de enfermagem resolve ir à tenda, onde ficam as vacinas e outras funcionárias, e retorna para aplicar a "vacina de vento" na mãe dele.
À época, a técnica de enfermagem era recém-contratada pela Prefeitura de Petrópolis para atuar na função por conta da pandemia. O GLOBO esteve na casa dela, que mora com a família, incluindo uma pessoa idosa, num bairro pobre da Baixada Fluminense, vizinho a Petrópolis. A profissional de saúde não quis falar com a equipe de reportagem.
Depois da divulgação do vídeo, no início de fevereiro, que viralizou e chamou a atenção para o problema da "vacina de vento", a prefeitura de Petrópolis mudou o protocolo de vacinação contra a Covid-19. Os profissionais de enfermagem foram orientados a mostrar seringas cheias e, depois da aplicação, vazias. A prefeitura também sugeriu que as pessoas fiquem atentas e ainda filmem e fotografem todo o procedimento de vacinação. Também pedem que as pessoas chequem o rótulo, observando, principalmente, a validade dos frascos.
No Rio e em Niterói, também ocorreram casos semelhantes em que não houve a aplicação da vacina. No primeiro deles, ocorrido num posto em Copacabana, Zona Sul da capital, a Polícia Civil indiciou a técnica de enfermagem Adenilde Lourenço da Silva, depois de constatar que ela aplicou uma falsa dose numa idosa de 85 anos. O objetivo de Adenilde, de acordo com as investigações, seria desviar a dose da vacina. A profissional de saúde responderá pelos crimes de peculato e de infração de medida sanitária.
Também em Niterói, as investigações não só apontaram que a técnica de enfermagem Rozemary Gomes Pita simulou a aplicação da vacina num idoso, como ela foi acusada pela polícia de desvio do imunizante. O MPRJ denunciou Rozemary por peculato e infração de medida sanitária. Foi pedida inclusive a prisão preventiva dela, mas a Justiça não a decretou. A juíza Daniela Barboza, da 1ª Vara Criminal de Niterói, decidiu aplicar medidas cautelares para a técnica, como se apresentar uma vez por mês em juízo e não se ausentar do estado por mais de 15 dias, sem autorização da magistrada.
Rozemary fingiu aplicar a vacina num idoso de 90 anos, que procurou o drive-thru do campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, em fevereiro.
Nota do divulgador:- Com certeza ninguém faz isso sem ser mandado e porque a juiza arquivou o processo??? A pedido de quem... da ré com certeza não foi!!! Alguém acima está por trás de tudo isso!!!