UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: REVISÃO LITERÁRIA A PARTIR DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO E SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL COM ATIVIDADES EDUCATIVAS

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL: REVISÃO LITERÁRIA A PARTIR DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO E SUA ATUAÇÃO PROFISSIONAL COM ATIVIDADES EDUCATIVAS

Rosilene Feiteiro de Melo

Leonardo Zenha Cordeiro

RESUMO

Este trabalho apresenta um estudo bibliográfico sobre a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal com foco no conhecimento do Enfermeiro no âmbito da sua atuação e trabalho, cuja principal função é apresentar os benefícios desta interação entre saúde, família, paciente e profissional. Desse modo, através da presente pesquisa objetivou-se abordar os principais aspectos relacionados à importância da assistência da enfermagem relacionada ao trabalho realizado na terapia Intensiva neonatal. Metodologicamente, trás uma pesquisa embasada nas concepções de autores renomados que dialogam a temática, tais como: Pessoa e Linhares (2015); Carvalho e Costa (2010); Bock (1991); entre outros a partir de um estudo bibliográfico, no âmbito de uma abordagem referencial e interpretativa de leituras na área da saúde. Nos termos de resultados mostra a importância deste trabalho que se dá pelo fato de trazer contribuições à prática do profissional da enfermagem na atenção ao recém-nascido que frequentam a UTIN e o período de internação. Portanto, o papel do enfermeiro é de fundamental importância, sendo responsável pelos cuidados direto dos bebês. Constatou-se na pesquisa bibliográfica que a prática de atividades em atendimentos precisos com a humanização na assistência é positiva e traz resultados satisfatórios.

Palavras-chaves: Enfermagem. Revisão Sistêmica. Unidade Neonatal. Profissão.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Trabalhar sobre a atuação e conhecimentos do profissional de enfermagem nas Unidades de Terapia Intensivas Neonatais a partir de uma revisão sistêmica é necessário na atual realidade. São reflexões que vão além de debates, pois a fundamentação deste entendimento é básica para o desenvolvimento neste setor e na profissão.

O direcionamento desse estudo no que tange o objetivo geral é mostrar de forma humanizada a participação e interação do profissional de enfermagem nas atividades desenvolvidas nas UTIN, e que são recorrentes em âmbito hospitalar. O presente trabalho tem o intuito de responder a seguinte problemática: Qual o conhecimento e a importância do enfermeiro em relação às medidas de atuações nas UTIN? Sobre a óptica da “humanização”

O conhecimento sobre determinada doença é uma necessidade do ser humano. Por meio deste entendimento é possível a recuperação e a manutenção da saúde. A OMS (Organização Mundial de Saúde) define saúde sem se referir à ausência de doenças, mas ao “bem-estar físico, psíquico e social” dos indivíduos.

A pesquisa trás estas discussões sobre análise e esclarecimento do enfermeiro sobre as medidas de atuações dentro das unidades que vai sendo definido e delineado em cada etapa desenvolvida no processo de cuidados do período que compreende os primeiros 28 dias da vida do recém-nascido.

Demanda reflexões interessantes, afirmativas, interrogativas e até mesmo negativas, pois é um ambiente reconhecido por muitos como “um local frio ”, com motivações de provocar novos olhares e desempenhos de estudos dentro de uma vertente que possui peso neste contexto a qual é destinada como suporte aos RN ou RNPT destinados aos bebês que possui menos de 37 semanas.

Diante do exposto, pode-se tomar ciência que essa necessidade está direcionada a uma rotina que limita aos Enfermeiros restabelecer seus componentes de atuações nunca de maneira artificial. Sendo assim, essa preocupação se torna constante por parte dos profissionais de saúde como um todo.

No ambiente das UTINs, a motivação é de grande relevância e necessária para o profissional, estamos situados em um campo complexo, e que exige do enfermeiro ações de contatos mais pessoais com o vínculo das famílias e dos RNs.

Além disso, outra dificuldade enfrentada, segundo Pessoa e Linhares (2015) e de que as doenças neonatais, tornou-se um problema de saúde pública mundial e no Brasil o cenário não é diferente, tem caráter progressivo às vezes irreversível e possui várias causas, tendo grande relação com doenças que se não cuidadas de forma precisa deixam sequelas.

Diante da afirmativa acima, inicialmente o processo de cuidados nas UTIN exige a execução de procedimentos altamente técnicos para se chegar ao resultado de recuperação dos RN. Com essa prática, se determina a necessidade do procedimento para pacientes e famílias que estão nas unidades. Sendo que a recorrência das etapas se sobrepõem a necessidade de cada caso, uns com medida prioritárias.

A partir desses pressupostos este estudo justifica-se “nas demonstrações de elencar resultados positivos sobre este gradual trabalho e cuidados nas UTINs de atuação do Enfermeiro e seu papel fundamental em conviver de maneira humanizada neste cenário”. Carvalho e Costa (2010).

O estudo se realiza a partir de uma revisão sistêmica descritiva com base em livros, sites de buscas, bibliotecas virtuais e no material disponibilizado no decorrer do curso de Enfermagem.

Em linhas gerais, foram consultados periódicos disponíveis nas bases de dados: LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Direito); MEDLINE (Estudo direcionado ao conhecimento das Leis Trabalhistas); SCIELO (Scientific Electronic Library Online); PUBMED (US National Library of Medicine National of Health). Foram incluídos artigos de caráter original escrito em Português com bases privilegiadas e seguras que abordavam sobre o tema desta reflexão.

Assim, foram critérios de exclusão artigos com ano anterior ao de 2010 e com assuntos não relacionados com o tema exposto, pois mencionava de forma artificial e com pouca escrita no assunto tratado.

Diante da leitura realizada, percebeu-se muita incoerência com o objetivo proposto pela pesquisa. Assim, utilizou-se como Descritores em Português: Profissional de Enfermagem; UTIN.

Mediante a pesquisa atribulada na base de dados de artigos online foram identificados 20 estudos randomizados que cumpriram os critérios de inclusão e foram realizadas as revisões necessárias para que ocorressem as leituras na construção dos objetivos almejados neste estudo.

OBJETIVO GERAL:

Apresentar as medidas de atuações positivas que deve permear o trabalho do Profissional de Enfermagem referente às complicações e atendimentos nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal a partir de um estudo de revisão sistêmica.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Verificar as orientações dadas aos pais e RN pelo Enfermeiro no acompanhamento e restauração da saúde durante o período de cuidados nesta unidade;

Analisar medidas preventivas de complicações dos acessos e problemas gerais nas UTINs que são preconizadas pela instituição;

Trabalhar questões éticas da profissão com foco na Humanização da assistência nas unidades de terapia intensivas neonatal.

JUSTIFICATIVA

Considerando a temática, a motivação em realizar a pesquisa está centrada no intuito de aumentar o acervo científico, e ainda despertar nos profissionais enfermeiros a importância de uma atuação efetiva e criteriosa na certeza de garantir a qualidade da assistência aos pacientes que utilizam as UTINs e a saúde pública.

Nessa perspectiva, a pesquisa torna-se relevante porque desperta a reflexão nos profissionais de saúde, enfermeiros, pacientes e famílias em assumirem uma postura voltada para os cuidados, evitando assim maiores agravos durante a terapia, diminuindo índices de mortalidade e gastos públicos com os tratamentos de complicações.

“Os enfermeiros, através de sua assistência qualificada interferem na evolução clínica do paciente ao realizar os procedimentos de forma ética e segura.” (COSTA, SILVA, et al., 2014).

O significado de ética é vinda do grego ethos que ministra o sentido tanto de costumes ou hábitos quanto caráter. Ela direciona as reuniões aos princípios éticos de uma sociedade. A ética também é um campo da sabedoria que examina a atitude humana. Nesse pensamento, o aprendizado da ética procura acompanhar o principal compromisso do ser humano, considerando as bases que adequar-se nas circustâncias coletiva qual esta inserida.

A conduta ética no trabalho que provoca reflexos positivos, tanto para a saúde pública quanto para os colaboradores, onde vai estimular a produtividade no ambiente de trabalho e o desenvolvimento profissional de cada um. Contudo, a um pequeno número de princípios que são consideráveis para atingir a perfeição técnica no procedimento, medidas preventivas e das regras éticas e morais.

Em se tratando das medidas preventivas dessas complicações o enfermeiro tem espaço privilegiado na garantia da qualidade da assistência prestada, uma vez que realize práticas seguras e resolutivas com base em conhecimentos sólidos (PESSOA e LINHARES, 2015).

O profissional de enfermagem deve estruturar seus conhecimentos científicos e utilizar-se do papel de educador para orientar os pacientes e as famílias das restrições e atribuições no tratamento, incentivando mudanças no comportamento, prevenindo assim, as possíveis complicações (COSTA, FERNANDES e FERREIRA, 2013).

A temática em questão é pertinente, pois segundo Baumharte e Lisboa (2010) afirmar que: “é ético tudo o que está em concordância com os conceitos de atitude humana; em relação ao habito costumeiro, cujos termos são mais ou menos expressões de sentido parecido à ética: moral, bom, certo, justo, honesto”.

São conceitos que reportam a uma característica pessoal dos indivíduos. Assim, não tem como não tratar de ética sem entender o ponto de vista moral. Santos e Alencastro (2012) garante que “moral é aquele conjunto de hábitos e costumes considerados fundamentais e indispensáveis à sociedade”. Contudo, são teorias que representam a prática de forma vivenciada em qualquer ambiente ou trabalhada diretamente com pessoas.

O comportamneto ético é importante tanto para os empregados como para a sociedade onde se esta inserida. Um conhecimento que trás reflexões diretas no trabalho do enfermeiro e de toda equipe direcionados para atendimentos nas UTINs.

Este estudo permitirá aos acadêmicos e profissionais de enfermagem conhecer a atuação do enfermeiro nos serviços das UTINs e embasamento para possíveis intervenções no ambiente de trabalho mediante atendimentos hospitalares no ambiente de terapia intensiva sobre assuntos relacionados às crianças atendidas nas unidades Neonatais e suas famílias.

METODOLOGIA

Conduziremos este trabalho mediante a pesquisa com caráter bibliográfico para dar ênfase a trabalhos de autores que são conceituados sobre o assunto assentado.

Posteriormente, utilizaremos a metodologia referencial, que nos permite fazer uma análise exploratória e interpretativa sobre o conteúdo, proporcionando uma exploração detalhada de informações a partir das leituras dos artigos selecionados.

De acordo com Alves (1991) a pesquisa exploratória, não se pode, no processo de investigação das leituras, deixar de valorizar a imersão do pesquisador no contexto, é todo um desenvolvimento de interação entre os achados no estudo, procurando aprender o significado por eles atribuídos aos fenômenos buscados.

Método de Pesquisa

A pesquisa bibliográfica, selecionada para este estudo, usaremos como base teórica Alves (1991) e Cavalcante, Calixto & Pinheiro (2014), serviram como ponte para que o conhecimento seja aprimorado mediante ao trabalho que vem sendo elaborado.

De acordo com Alves (1991): Caracterizar a pesquisa bibliográfica não é fácil. A dificuldade começa com a enorme variedade de denominações que compõe essa vertente: naturalista, pós-positivista, antropológica, etnográfica, humanista, fenomenológica [...]. Além disso, essas diferentes denominações refletem origens e ênfases diversas, o que resulta em uma grande variedade de definições, características consideradas essenciais a estratégias de pesquisas.

Desse modo, para Alves (1991), ainda que nenhuma das nominações presentes nos parecerem suficientes, optamos pela expressão “pesquisa exploratória” por duas razões: (a) por apresentar cobertura suficiente para englobar essas múltiplas variantes; e (b) por ser mais regularmente encontrada na revisão da literatura.

Perspectiva do Estudo

Primeiramente foi realizada a seleção dos artigos e obras que seriam utilizados no estudo. Formando um total de 40, onde 30 era na Língua Portuguesa e 10 na Língua Inglesa. Periódicos disponíveis nas bases de dados, tais como: MEDLINE; SCIELO; LILACS; PUBMED; entre outros. Para níveis de inclusão e exclusão, foram descartados sete da Língua Inglesa e vinte da Língua Portuguesa, pois não contemplava de forma objetiva o estudo.

Depois da seleção, foram realizadas as leituras e fichamentos, itens essenciais para o desenvolvimento do trabalho. Na sequência ocorreu à seleção dos autores mediante os descritores exigidos para embasar da melhor forma possível, são eles: Enfermagem; Profissão; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Tratamento de recém-nascidos.

Fundamentação teórica

Por outro lado, Cavalcante, Calixto & Pinheiro (2014) afirma que esse tipo de fundamento, além de possibilitar desvelar métodos sociais ainda de pouco conhecimento, referente a conjuntos particulares, propicia a constituição de novas ideias, conceitos e categorias durante as leituras e fichamentos.

Além disso, mediante o mesmo ponto de vista o estudo de conteúdo agrega técnicas e características de pesquisa que permitem, de forma organizada, a descrição das informações e dos comportamentos atrelados à situação de enunciação, bem como inferência sobre os dados catalogados.

A seleção desse método bibliográfico pode ser explicada pela necessidade de transpassar as imprecisões consequentes das possibilidades e pressupostos, pela carência de enriquecimento da leitura por meio da percepção das significações e pela necessidade de expor as relações que se estabelecem além das falas propriamente ditas.

Delimitação da Pesquisa

Nesta linha de pensamento, foram agrupados os assuntos mais prováveis sobre a temática: Neonatologia; Humanização da Assistência nas unidades de terapias intensivas neonatais; Humanização nas relações com os pais e equipe de trabalho; as aprendizagens na atuação do profissional de enfermagem.

Durante um estudo de Alves (1991) uma assertiva sobre a pesquisa chama a atenção no que diz: “Na verdade, as pesquisas bibliográficas diferem entre si mais pelo nível de estruturação imposto ao design que pela discordância quanto a presença das características citadas”.

Voltando para o ponto de vista de Cavalcante, Calixto & Pinheiro (2014) a composição de um questionamento na pesquisa exploratória é uma tarefa composta por complexidade e métodos, pois requer uma imersão, conhecimento prévio no ente com o objetivo de compreender o ser e a sua essência. A verificação do conteúdo, neste aspecto emerge como uma técnica que se propõe à apreensão de uma realidade visualizada nas leituras, mas também uma realidade invisível, que pode se expressar nas “entrelinhas” do texto, com vários significados e reflexões trazidas pelos autores.

DESENVOLVIMENTO

A atuação do profissional de enfermagem na atualidade torna-se processo relevante em qualquer trabalho realizado dentro das UTIN, uma vez que esta profissão deve fazer parte de uma escolha única e verdadeira. O enfermeiro deve perceber neste meio que as atividades são exclusivas e depende muito de uma interação delicada que permeia etapa por etapa.

A partir deste entendimento e de vários conceitos, busca-se entender a incidência de doenças e mortes dentro das UTIN, a falta de cuidados reduz a qualidade de vida dos RN e vale ressaltar que a maioria desses pacientes são submetidos a longos tratamentos.

A escolha por este tema deve-se pela necessária compreensão e possíveis ampliações deste campo hospitalar de aprendizagem sobre análises de como ocorre o processo das medidas preventivas no tratamento dos RN a partir da ótica preventiva e possíveis complicações.

Socializando aprendizagens na atuação do Profissional de Enfermagem

Comprometer-se e saber administrar os problemas sociais dos indivíduos em meio a uma sociedade repleta de escolhas, é um desafio. Em qualquer compromisso assumido está à vida em sociedade da pessoa em várias dimensões culturais, econômicas, politicas, religiosa e social. Principalmente, dialogando sobre o trabalho do Enfermeiro nas unidades de terapia intensivas neonatais.

Podendo ser positivo ou negativo, benéfico ou maléfico. A pessoa pode tentar resolver os problemas ou se contentar com eles. Podendo viver na intensa busca por explicações ou viver na passividade. O diálogo deve ser frequente e motivador.

Estamos em uma sociedade contemporânea, com muitas mudanças carregadas de possibilidades e também de limites, onde o valor do compromisso e a responsabilidade social de cada indivíduo que parte de um individual para um coletivo infelizmente não ocorrem, principalmente porque vivemos em uma cultura individualista e egoísta da tão sonhada “sociedade ideal” ou do “indivíduo social ideal”. Em destaque a luta pela vida.

Para compreender a batalha do enfermeiro em sociedade, com seus dilemas, conflitos e perspectivas, é preciso situa-lo ao longo de sua evolução, tentando reconstruir as condições de representações do mundo que deram origem aos modelos de concepções e atuações sobre as mudanças e atuações neste contexto, como nos alerta Alencar, (1986): “Todo conhecimento e interpretação da realidade social estão ligados, direta ou indiretamente, a uma das grandes visões sociais de mundo, a uma perspectiva global socialmente condicionada”.

Partindo da compreensão da concepção de homem e de mundo que vigora nos momentos da formação, constituição e evolução da Enfermagem e que se compreende a que tipos de demanda essa ciência têm procurado atender. No entanto, tudo isso faz sentido quando se procura compreender os conflitos e conhecimentos direcionados para o enfermeiro: “É determinado historicamente e carrega em si a possibilidade de sua utilização segundo interesses específicos de uma classe, no bojo dos movimentos políticos e ideológicos”. (ALENCAR, 1986).

No concerne, os interesses traz nas entrelinhas uma personalidade própria a um só indivíduo, ainda que este tenha traços comuns a outros indivíduos; é uma integração das diversas funções, e mesmo que esta integração social ainda não esteja concretizada, existe uma tendência à integração que confere à personalidade do Enfermeiro no meio hospitalar o caráter de organização para resolver os problemas com dinâmicas e esforços.

Este desempenho da atuação é também temporal, pois é sempre a de um profissional que vive historicamente; não é estímulo sem respostas, mas uma variável intermediária que se afirma sempre no decorrer da evolução social. Portanto, constituindo essa relação como um estilo pela conduta e postura social.

Cada nova situação que enfrentamos exige que usemos os aprendizados anteriores de um novo. É a transferência da aprendizagem. Quando o aprendizado anterior auxilia e facilita a aprendizagem posterior, dizemos que é uma transferência positiva.

Quando o aprendizado anterior não facilita a aprendizagem posterior, dizemos que é uma transferência negativa. De um modo geral, a transferência de uma atividade para outra envolve aspectos negativos e positivos. O importante é saber que, diariamente, estamos aprendendo novas coisas. Tudo na vida é fruto da aprendizagem. “Se soubermos distinguir a transpor as aprendizagens ou experiências mais pelas quais passamos, estaremos eliminando as transferências negativas que poderão trazer bloqueios ou barreiras para assimilarmos as novas aprendizagens”. (CÓRIA & SABINI, 1993, p. 223).

Essas socializações de aprendizagens estão diretamente ligadas aos enfermeiros e seu ambiente de trabalho. Do ponto de vista das relações com os pais, ocorre um processo inicialmente de caracterização por uma fase de interiorização em que, aparentemente, é tida como antissocial. Muitos conflitos podem ocorrer nesta relação entre pais e o enfermeiro.

O indivíduo afasta-se dos preceitos básicos da profissão, não aceita conselhos, mais na realidade, o alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre analisada como possível de ser reformada e transformada, destacando Bock (1991): “Atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real”.

O Enfermeiro no ambiente de trabalho se reproduz por crenças, culturas e ideologias pertencentes a grupos historicamente constituídos e geopoliticamente situados em um contexto inerente e linear com experiências do coletivo para o individual com um profundo desenvolvimento e renovação de técnicas distribuídas pelos setores que atuam.

Assim, consolidando este processo com vínculos dinâmicos e com resultados positivos com propostas e reflexões de um controle ético e eficaz distribuídos por códigos que representam um organismo com muitas implicações mais com resultados satisfatórios.

Ademais, com bases democráticas e com um profundo amadurecimento do profissional em ação neste contexto, combatendo questões de preconceitos e moldando um futuro promissor no ambiente hospitalar dos RN e os cuidados destinados a estes usuários.

Os Cuidados em Neonatologia: formação do Enfermeiro e a Tecnologia

Aqui nos interessa saber qual o papel do Enfermeiro frente a esta temática conflituosa sobre “cuidados”, considerando a intrínseca relação entre saber e poder de índices e estatísticas que apontam para situações desesperadoras com padrões e valores perdidos e falta da ética ou moral e até mesmo tendo que lutar com contradições e pensamentos dos pais dos RN que pensam diferentes.

Padrões que não são respeitadas e mostra uma sociedade a mercê de preconceitos e estagnações diante de direitos reconhecidos inconstitucionalmente por acontecimentos que muitas vezes são desvirtuadas do ambiente próprio do universo hospitalar, papeis diferenciados na sociedade, prevalecendo à ordem que provoca o caos na saúde dos usuários, por isso a intervenção e necessidade de uma atuação positiva do Enfermeiro neste contexto.

O conhecimento sobre determinada doença é uma necessidade básica do enfermeiro ou da equipe responsável pelos atendimentos nas unidades de terapias intensivas. Por meio e domínio deste saber é possível à recuperação e a manutenção da saúde dos RN nas UBS.

A OMS define saúde sem se referir à ausência de doenças, mas ao “bem-estar físico, psíquico e social”. A prática regular de atendimentos básicos com resultados positivos deve ser primordial neste tratamento. Além de tudo isso, quando os procedimentos são favoráveis para todos, reduz a ansiedade, depressão e estresse, aumenta a sensação de bem-estar, melhorando o rendimento no trabalho e um vínculo instável com as famílias que precisam deste acompanhamento positivo.

De maneira geral, mesmo com aplicação do atendimento de maneira básica ainda existe a necessidade de promover a Humanização do cuidado de enfermagem, em especial no que diz respeito ao contato terapêutico do profissional com a família.

Outro importante aspecto encontra-se na sobrecarga de trabalho característica da atuação da enfermagem nesses espaços. A partir disso, é de suma importância pensar em estratégias para melhorar a qualificação do processo de trabalho desses profissionais e oferecer atividades que possam aumentar sua qualidade de vida, para que seja possível oferecer um cuidado de enfermagem mais humanizado e terapêutico para estes profissionais, porém, muitas barreiras ainda vigoram neste espaço, dos próprios enfermeiros.

É essencial também estabelecer vínculos e sinergias entre órgãos de pesquisa nacionais e internacionais, agências de financiamento, programas e universidades, laboratórios públicos, grupos de pacientes e reguladores para abrir o caminho para mais financiamento, identificação de iniciativas de pesquisa, operacionalização e integração dos resultados aos programas no campo da formação dos Enfermeiros. (OMS, 2016, p. 10).

Ainda segundo a (OMS, 2016), as metas e os componentes da Estratégia Global para formação integral do enfermeiro nas UTINs serão difundidas para promover a aceitação (adesão) por programas nacionais e outros interessados diretos. Condutas inovadoras de divulgação da estratégia serão adotadas para influenciar os formuladores de políticas e os gestores dos programas.

As estratégias de educação em saúde em sala de espera nas UTINs se fazem importantes, pois podem promover a participação do usuário no processo de discussão, reduzindo as barreiras de conhecimento sobre a doença e favorecendo melhores entendimentos entre famílias e equipe responsável. (MIRANZI et al, 2010).

A Capacitação e qualificação do profissional devem ser um processo equivalente nas UTI, à preparação do enfermeiro no atendimento eficaz junto aos RN e os pais, realizando atividades de educação em saúde promovendo recursos para subsidiar os entendimentos necessários para a diminuição de mortes neste setor, com informações na melhoria da qualidade para detecção precoce de tratamentos oportunos.

QUADRO 1- A tecnologia no campo da saúde, com destaque para a Neonatologia.

Local Ação Estratégias O que se ganha?

Saúde:

Propiciar condições para a reversão dos distúrbios que coloca em risco a vida dos bebês de alto risco. Novos equipamentos A tecnologia como fundamento do cuidado neonatal requer um repensar de todas as formas de relacionamento entre bebês, profissionais e família. A evolução do saber/fazer da enfermagem em UTIN é considerada algo de extrema necessidade na contemporaneidade.

Hospitais Públicos: O foco da atenção deve estar no paciente. Terapêuticas Utilização a diversos saberes, oferecendo cuidado individualizado, seguro, ético e humano. Os profissionais precisam “organizar seu espaço e suas tarefas entre os bebês e os equipamentos para ganhar pontos positivos nos atendimentos”.

UTINs: Ambientes onde são utilizados técnicas e procedimentos sofisticados. Conhecimentos Espaço de trabalho que exige maiores conhecimentos e habilidades do profissional de enfermagem. A necessidade de uma equipe multidisciplinar, especializada, capaz de prestar atendimento individualizado ao bebê e à família, onde todos ganham.

Fonte: (CRUZ, 2011).

Vale ressaltar a importância das Unidades Básicas de Saúde onde ocorre a atenção básica na íntegra resvalando um processo coletivo de trabalho, atuando diretamente nas ações de cuidados extensivos com os RC, seja individualmente com o portador, sua família ou comunidade (VERONESI, 2004).

Na perspectiva da saúde como um processo historicamente construído, que envolve elementos para além-clínica biologista, a atenção à saúde prestada pelo (SUS) requer a consideração das necessidades de saúde da população com estruturação de ações e serviços que impactem positivamente no processo de saúde e doença. (GOMES, 2015).

QUADRO 2- Como ocorre o trabalho dos Enfermeiros nas UTINs

EXPECTATIVA REALIDADE

Visão Integradora

Emoção/Intuição/Carinho/Amor Visão fragmentada

Razão/Lógica

Trabalho com qualidade Trabalho com quantidades

Equipe/Parceria

Cooperação

Ganha/Ganha Individualismo

Cansaço

Perdas e poucos ganhos

Controlar

Reforço Negativo

Direção Controle

Reforço negativo

Distanciamento dos pais e dos RN

Abertura

Criatividade

Conviver com a natureza Segredos

Conformidade

Conquista a natureza/Dinheiro/Poder

Fonte: (GOMES, 2015).

A princípio, a falta de profissionais qualificados dificulta o contato com os indivíduos, algo necessário para a inserção social dos envolvidos, uma vez que a interação antes com o paciente e esclarecimento sobre os cuidados ajuda de forma significativa neste processo. É necessário mudanças neste meio, pois as expectativas devem prevalecer de maneira sublime.

Diante do exposto, as políticas públicas em saúde, necessitam de mais apoio para que as metas sejam alcançadas com sucesso. Os projetos e programas ainda caminham lentamente e está associada a uma possível invalidez por parte de órgãos que deveriam realizar um contato maior de atenção nas UTI.

Humanização da Assistência na UTIN

Situar “Humanização” nas assistências das UTIN, por ventura, vem relacionada á inexistência ou na incipiência de gestão pública da saúde que direcionem políticas públicas que realmente atenda a população que precisa para suprir as carências, inclusivas e proativas nesta área, o que deveria ser atenuado por meio de uma maior gerencia do poder público na área da saúde evitando problemas maiores para os usuários.

O termo humanização pode ser interpretado de várias formas na área da saúde. Esse termo não enfoca somente a assistência biológica, mas preconiza as necessidades do ser humano, como as circunstâncias éticas, sociais, psíquicas e educacionais existentes nos relacionamentos humanos, estando presente nas ações de atenção em saúde.

Nesta perspectiva, há de se considerar que, dentre as profissões da saúde, a enfermagem é a que está mais próxima do paciente. A ela cabe relacionar-se com o sujeito, havendo valorização do cuidado ao paciente, manifestando sua presença ativa como um todo.

Desse modo, ao considerar a possibilidade da prestação de um cuidado humanizado, percebe-se uma interação estabelecida entre o profissional de enfermagem e o RN, além de constituir um dos seus componentes, revestindo-se de extrema relevância, por tratar-se de um fator responsável pelo seu desenvolvimento saudável, porém, a realidade de aferir e trabalhar com estas bases ainda é uma utopia, mesmo com a implantação na saúde segundo (BRASIL, 2003), sobre o PNH.

Tabela 1- Implantação da Política Nacional de Humanização na Saúde

VISÃO VALORES VÍNCULOS OBJETIVO

Visa o cuidado Humanizado Valorizando os indivíduos envolvidos no processo de manutenção em saúde. Estabelecendo o vínculo, identificando necessidades fisiológicas e sociais. É disseminar ações no SUS valorizando usuários, trabalhadores e gestores.

Valorizando a saúde nas UTIN Qualificando as ações de atendimento e trabalho em todas as áreas da saúde.

Valorizando a vida dos pacientes. Proporcionar vínculos Enfermeiro/Famílias.

Fonte: (BRASIL, 2003).

Outro conceito relevante sobre a palavra “humanização” pode ser entendido como a maneira de ver e considerar o ser humano a partir de uma visão geral, buscando superar a fragmentação da assistência. “Agir de forma honesta com todos aqueles que têm algum tipo de relacionamento nas UTINs. Estão envolvidos nesse grupo os pacientes, fornecedores, os agentes de saúde, funcionários, o governo e a comunidade como um todo”. (TANSEY, 1995, p. 100).

Gráfico 1 – Atual contexto da saúde no “cuidado Humanizado”

Fonte: (GOMES, 2015).

Assim, segundo Tansey (1995), o cuidado humanizado para os pais que têm seus filhos internados em UTIN está estreitamente ligado ao relacionamento com a equipe de saúde, sendo que para eles o tratamento dado com educação e respeito é humanizado. Em contrapartida, quando o profissional atende com descaso ou falta de atenção, isto é interpretado como um cuidado desumanizado.

Com essa afirmação, no tocante ao exercício do trabalho do enfermeiro, é evidente que com dificuldades, avançamos em termos de participação e controle social, mas ainda temos e sofremos muitas interferências de ordem politica partidária e econômica que comprometem este exercício e não só dos órgãos responsáveis mais também da população que não cobra os direitos reservados para a satisfação dos procedimentos na área da saúde.

Ressalta-se, que essa experiência de trabalho, mostra um universo tão sensível que é a vida do Recém-Nascido, “parte do principio de que o hospital é um lugar de construção e de conhecimentos capazes de levar os sujeitos à construção de um mundo no qual possam viver com dignidade, consciência e compromisso, promovendo o desenvolvimento humano, a partir de valores éticos, morais, sociais e culturais”. (NOGUEIRA, 2005, p. 45).

Quanto maior for o repertório de concepções espontâneas que uma pessoa dispuser, maior será a sua possibilidade de compreender e adquirir conceitos científicos sobre doenças. Em outras palavras, quanto maior for à amplitude de atuação do agente, mais eficiente será a sua descoberta, o que dá uma dimensão maior tanto ao conceito dos objetivos que se pretende alcançar como a toda iniciativa que venha fortalecer o seu trabalho. (DEMO, 1991, p.161).

Todos estes fatores contribuem para cuidados que devemos ter em relação à escolha da nossa profissão, trabalhar com a saúde deve ser uma decisão partilhada e pensada de forma carinhosa, pois salvar vidas de RN depende de estrutura e carinho pelo que faz.

Humanização nas Relações entre pais e equipe de Enfermagem

Neste contexto “humanizado”, a experiência da hospitalização gera inúmeros sentimentos expressados pelos pais, na maioria das vezes o medo da morte é eminente no início desse processo. Os profissionais da UTI Neonatal devem estar atentos ao se expressarem com os pais, de modo a não reforçarem esses sentimentos de medo, angústia, insegurança, tensão e mesmo culpa por gerarem uma criança que necessita de cuidados intensivos.

Compreender a origem dos valores humanizados e sua aplicabilidade é um dos objetivos deste estudo. Para um perfeito entendimento da ética profissional, que pertence ao campo prático dos atendimentos e resoluções de conflitos, cabe uma análise mais aprofundada dos fundamentos da profissão do enfermeiro, principalmente no que diz respeito a sua importância nas ações clínicas de tratamento intensivo dos RNs.

Cabe agora na sequência do desenvolvimento deste trabalho organizar de forma satisfatória o entendimento e a necessidade de discursos e reflexões na fala de autores que dialogam sobre a temática. Diálogos que regulem o relacionamento profissional em todos os níveis que este estudo pretende abordar. Na condição de indivíduos buscando desenvolver satisfatoriamente os trabalhos que se propõe nesta vacância do curso de Enfermagem, afinal realizamos nossa existência na convivência com outros indivíduos nas ações e decisões que percorrerá a sequencia desta pesquisa de revisão bibliográfica.

Os resultados e discussão foram apresentados em forma de tabela e de maneira descritiva para promover melhor visualização e entendimento sobre a temática com base em artigos e livros em periódicos.

Tabela 2: Artigos relacionados UTIN: Revisão Literária a partir do conhecimento do enfermeiro e sua atuação profissional

Título Autores/Ano Método Análise/Discussão Considerações

Típico da ação do profissional de enfermagem quanto ao cuidado familiar da criança hospitalizada. ROSSI, et al (2010) Revisão Sistêmica Para que ocorra integração entre equipe e família, a equipe deve dialogar e fornecer informações concretas, suporte e aconselhamento para essa construção.

Faz-se necessário que os profissionais forneçam condições de acesso para esse relacionamento, proporcionando apoio emocional e teórico para a família. A humanização requer reflexão em torno dos valores que norteiam os princípios da prática profissional, pressupondo o cuidado e tratamento digno, acolhedor e solidário dos profissionais da saúde.

Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: perfil da produção científica brasileira. CRUZ, et al (2011) Revisão Sistêmica Nas últimas décadas, a ciência e a tecnologia vêm avançando no campo da saúde, com destaque para a Neonatologia, que tem progredido com o surgimento de novos equipamentos, terapêuticas e conhecimentos.

Isso ocorre principalmente nas UTINs, ambientes onde são utilizados técnicas e procedimentos sofisticados, que podem propiciar condições para a reversão dos distúrbios que colocam em risco a vida dos bebês de alto risco. Embora indiscutivelmente necessária quando se associa a tecnologia às UTIs, por vezes cria uma barreira muito grande entre o que é humano e o que é artificial, desviando o foco da atenção que deveria estar no paciente.

O ruído gerado durante a manipulação das incubadoras: implicações para o cuidado de enfermagem. RODARTE et al (2005) Revisão Sistêmica Os Enfermeiros que atuam na UTINs devem ter preparo para lidar com pacientes graves e instáveis, confusos ou incapazes de se comunicar, com a alta rotatividade de pacientes além do contato com a morte, que frequentemente causa sensações desagradáveis que podem não ser bem suportadas pela equipe. O trabalho do enfermeiro é indispensável, pois ele une o conhecimento científico à realidade e à prática das UTINs. Com efeito, ele pode reconhecer as necessidades do bebê e planejar sua assistência, consciente do compromisso com o ser humano global, dotado de sensibilidade, necessitando de carinho, atenção e amor.

Procedimentos Operacionais Padrão em UTINs CARNEIRO, et al (2015) Revisão Sistêmica As precauções padrão consistem na estratégia primária de prevenção da transmissão de infecções relacionadas à assistência a saúde entre pacientes e profissionais e estas devem ser utilizadas nos cuidados prestados aos pacientes. É de suma importância a higiene das mãos antes e após o contato com os RN; utilização de luvas, máscaras, óculos de proteção e aventais quando houver risco de contato com material biológico; cuidados com perfuro cortantes; limpeza ambiental; processamento adequado de materiais e equipamentos e imunização dos profissionais da saúde.

Intervenções do enfermeiro na doença e cuidados dos Recém-Nascidos aplicando a sistematização da assistência de enfermagem na promoção da qualidade de vida. COSTA, et al (2014) Revisão Sistêmica O enfermeiro é responsável pela prevenção e pelo controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS).

Este profissional tem um importante papel nos cuidados com os RN, sendo o mesmo responsável por cuidados diretos com a manutenção e avaliação diária, a fim de, minimizar os riscos de desenvolvimento de infecção. A assistência de enfermagem é indispensável durante a orientação do paciente, familiares ou responsáveis, prevenção de intercorrências ou complicações, portanto, cabe destacar a importância da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) como um instrumento, que ainda é pouco explorado nos serviços de Terapia Intensiva.

Sobrecarga de trabalho da Enfermagem e incidentes e eventos adversos em pacientes internados em UTI

NOVARETTI, et al, (2014) Revisão Sistêmica As condições de trabalho do pessoal de enfermagem nesses ambientes, muitas vezes caracterizadas pela sobrecarga de trabalho e pela jornada em regime de plantões, somadas ao estresse intrínseco ao ambiente das terapias intensivas, são fatores de risco para a segurança do paciente. Embora o cuidado de enfermagem seja considerado essencial para o tratamento dos pacientes na UTI, ainda não é muito reconhecido, principalmente porque na prática assistencial ainda existe necessidade de se instrumentalizar melhor os enfermeiros, para que possam exercer o seu cuidado de uma forma mais efetiva e com ações sistematizadas.

Fonte: (Instrumento de Coleta de dados, 2020).

Deste modo, com os avanços científicos e a modificação das sociedades, o interesse do enfermeiro foi se voltando cada vez mais para a doença, e menos para o indivíduo, com todas as suas características subjetivas, seus valores e suas crenças. “Esse cenário que valoriza as necessidades puramente biológicas faz com que o cuidado médico se torne a aplicação de um procedimento técnico, a fim de cumprir com um objetivo mecanicista, muitas vezes, sem levar em consideração que a cura também passa pelo cuidado dos aspectos psicossociais do paciente”. Barbosa e Silva (2007).

No entanto, é marcante considerar os riscos e alguns elementos que constitui este processo “humanizado”: A imagem que o profissional faz de si e dos outros, o contexto histórico-social voltado para a realidade, às pessoas que participam do processo de cuidados, iniciativa hospitalar, que se dá por meio de abordagens lúdicas e proporcionais ao ambiente formal e informal.

Neste contexto desafiador, que se apresenta na base de como ensinar métodos, regras, princípios e definições conceituais no âmbito da saúde pública, especialmente nas UTINs. Nesse sentido, “os sistemas de atenção à saúde pública formam organizações construídas pela sociedade para dar respostas às necessidades de saúde das pessoas e populações”. (BARCELOS, 2004, p. 34).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo, que fala da importância e desafios do trabalho do profissional de Enfermagem nas atividades das UTINs, discutiu-se vários entraves, porém, percebemos a importância de debater na atualidade sobre o tema.

Nesse sentido ressaltando que os cuidados humanizados aferidos por lei é um estado complexo que engloba, além de um conjunto de comportamentos individuais, como habilidades técnicas de cuidados e responsabilidades, um conjunto de comportamentos sociais. Portanto, as habilidades só poderão ser entendidas quando relacionadas às necessidades, aos valores e às práticas emergenciais e particulares dos pacientes, das famílias e dos enfermeiros.

Diante do exposto, percebemos a importância constatada tanto na atenção da escolha da profissão e suas definições em emergencias clínicas nas UTINs e nas tomadas de decisões, principalmente quando a questão da profissão vem em foga. Para tanto, é necessário que os enfermeiros estejam bem preparados e principalmente alicerçados em bases de acompanhamentos e discernimento em relação às influências que denotam discussões e uma consciência crítica onde a priori a saúde sobressai-se.

Devemos cconsiderar à saúde como a maior referência para a qualidade de vida das crianças nas UTI, afinal por muito tempo esteve relacionada somente à ausência de doenças. Todavia, é necessário certo grau de satisfação do indivíduo com a vida nas esferas financeira, intelectual, emocional, ambiental e nesta direção, a qualidade de vida passa a ter uma conotação multidimensional e com alto nível de abstração e valores individuais.

A relação interativa com as famílias deve ser priorizada para que o período seja positivo para ambos os envolvidos.

A partir desta compreensão, temos que explicitar o nível de organização do trabalho que este profissional irá desempenhar e seus novos paradigmas numa redefinição de eixos básicos subjacentes ao crescimento intelectual. Parte de um reconhecimento do papel fundamental dos sistemas que regem esta sistematização inicial e teórica que estamos considerando como a base deste trabalho, e analisar as diferentes dimensões dos processos, em cada nível e manter uma consciência crítica em relação a estes fatores informacionais que nos acompanhará nesta jornada de conhecimento e que não se esgota somente nestas falas.

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Roselameira e Dr. Leonardo Zenha Cordeiro -UFPA
Enviado por Roselameira em 02/03/2021
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