ALIENADOS PELA TECNOLOGIA

ALIENADOS PELA TECNOLOGIA

"Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta" - Provérbios 20:11. Meu filho de dois anos já sabe mexer no celular! É tão bonitinho! Ele fica tão calminho! Dei um Tablete para meu neto! Nos últimos tempos é esse tipo de conversa que se ouve em várias rodinhas de mães, pais, avós, o que deveria chocar, em vez de ser comemorada, no entanto, estas pessoas não se dão conta do risco que estão correndo na formação do caráter de seus filhos e netos. Para a maioria quase absoluta, o smartphone se transformou em um novo órgão do corpo, e o mais grave, indispensável. A gramática está diante de um desafio, pois as palavras estão sendo substituídas por siglas, letras são suprimidas, e aí tem, VC, TB, BD, entre milhares. Alienados, completamente fora do mundo real, um a um, o ser humano vai se tornando homodependente da tecnologia. Vivem nas redes postando banalidades, inclusive com graves erros de português, há uma estupidez sem precedentes, provocando danos de toda a espécie. Em algumas comunidades a tecnologia já deixou para trás a interatividade, o contato pessoal, o afeto natural acabou, ou está no fim. As crianças sofrem de "transtorno de déficit de curiosidade", pois com um aparelho nas mãos, apenas os dedos trabalham, a mente se distrai em meio às banalidades. Nos transportes coletivos, nas ruas, na igreja, nos shoppings, nos restaurantes, nas reuniões de família, em casa, em todos os lugares vemos pessoas falando, não pela boca, mas pelos dedos. Parafraseando Tiago: "Com os dedos bendizemos a Deus e Pai, e com eles amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus" - Tiago 3:9. Nos cavalos colocamos freios, e eles passam a obedecer, já com a tecnologia, esta ainda espera alguma solução. Vejo crianças que se não tiverem um celular, não são ninguém, ficam ignorantes e até colocam os pais contra a parede. Eu estava na praia e um raio danificou a torre de telefonia, confesso que eu jamais vi tanta gente desesperada, parece que não sabiam fazer mais nada. De fato, não sabia, pois o mar para mim, era tudo. As pessoas começam a não gostar mais da vida off line, a vida on line começa a ser tão realizadora, que se torna uma das bases do vício tecnológico. Para muitos, o celular é o Psiquial ou Rivotril virtual, cada vez que se sentem mal, correm para o smartphone, e lá eles encontram tudo, inclusive pessoas depressivas como elas. O aparelho é o Dr. Sigmund Freud moderno, um analista imbatível. Esta dependência é uma doença que merece atenção da medicina. Não estar conectado é um terror, muitos entram em desespero se faltar o tal "SINAL" internet. Estamos criando uma geração de alienados, tanto crianças, quanto adultos, todos estão sendo escravizados pelo uso indiscriminado e incontrolável da tecnologia. O mais perigoso, é que em muitos aparelhos estão a vida anônima de muita gente, dados que, se expostos, podem provocar estragos. Sem perceber, nós estamos virando prisioneiros, ficamos acomodados. Além disso, esse novo modo de viver tem atrapalhado relacionamentos, temos um mundo virtual tão divertido em nossas mãos, que acabamos deixando o mundo real de lado, até porque o virtual é mais prático e fácil de lidar. Nem bafo o mundo virtual tem, também não tem mal hálito. E há um aspecto gravíssimo, o uso da tecnologia está disseminando a prática da mentira. São das mais cabeludas, até às mais inocentes, mas é mentira. Todos, inclusive você, mente na internet. Podemos dizer que, se um ser humano está alienado, ele está incapaz de pensar e agir por si próprio, ou seja, é uma anulação das idéias e pensamentos próprios do ser humano, muitas vezes, quem pensa é a máquina, o sujeito apenas cópia. O Dr. Google hoje, tem a resposta para tudo, a Palavra de Deus está ultrapassada, desta forma, das crianças aos idosos, todos abdicaram dela, fazendo da tecnologia um modo novo de viver. O mal é uma porta que se abre por dentro, só você tem a chave, e o mal que a tecnologia causa também é uma porta que se abre pelo lado de dentro, e que jamais alguém conseguirá fechá-la. Muitas vezes o uso exagerado de algo, nada mais é do que uma forma de defesa, é a fuga para muitos. No caso das crianças, são pais berrando entre si, a ausência do pai e da mãe, e a falta de carinho com os filhos que estão desencadeando muitos problemas, e as crianças, ao fugirem desse cenário, acabam criando uma dependência com algo que não lhes causem desconforto. A “dependência de internet” está a um passo de se tornar a mais nova classificação psiquiátrica do século 21. Teremos consultórios lotados, não de doentes mentais, mas de "escravos", zumbis infectados pelo vírus da internet. Pessoas de todas as idades que não saberão mais viver em comunidade. Ou melhor, viverão nas comunidades tecnológicas, nos grupos das redes sociais. O avanco da tecnologia criou pessoas totalmente dependentes dos recursos tecnológicos, o que faz com que elas sequer se imaginem sem internet. Por estarem sempre com seus fones de ouvido e vidrados em seus celulares, são conhecidos também como “geração do silêncio”, surdos, pois escutam pouco e falam menos ainda. O vício tecnológico é um problema sério, semelhante às dependências químicas, com um agravante, a droga você tem que correr atrás do traficante, a tecnologia vem pelas ondas magnéticas, sem colocar a pessoa numa relação direta com o mundo do crime. É aquela velha história da diferença entre remédio e veneno, se não souber saber dosar… imagine no caso de medicamentos para tratamento de doenças cardíacas, aqueles elaborados a partir de venenos de cobra. O veneno é receitado? Lógico que não, apenas um remédio criado a partir de substâncias presentes nele. A tecnologia é um remédio moderno, mas se não soubermos usar na dose certa, com os devidos cuidados, poderemos estar envenenando milhões pessoas. Para o veneno da cobra tem antídoto, soro, há esperança, para a tecnologia ainda não existe, então, fique atento! Tenha um bom senso!

Carlos RMS
Enviado por Carlos RMS em 15/02/2021
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