Somos jovens ou velhos?

SOMOS JOVENS OU VELHOS ?

Qual a sua idade ?

Você se considera velho aos 25 anos, ou 30 anos, 40 anos , o que não dizer dos 50 anos?

Pois bem , qual a sua idade? Respondendo 30 a 40 anos, pode ser velho para uma adolescente de 14 e 15 anos, assim quem tem 30 ou 40 anos, o velho é aquele que tem o dobro de sua idade, ou seja 60 a 80 anos, entretanto, algumas pessoas de 60 a 80 anos não se sentem velhos , pois correm brincam tem senso de humor, entendimento perfeito de qualquer brincadeira de palavras, disposição sempre, assim não se sentem idosos , mas muitos atribuem a essas pessoas o preconceito da idade quando os que discriminam não tem a mesma disposição daqueles que consideram velhos, conhecemos vários jovens que ainda na flor da idade se sentem cansado sem animo ou disposição para o trabalho ou mesmo para os estudos, jamais pegaria uma enxada para tirar o mato da rua, assim pergunto .Quem é o velho ?

Em 2020 face a pandemia do Corona Vírus Covid, veio a pairar no ar o distanciamento social e mais ainda em relação aos idosos, como se fossem leprosos, cuja contaminação era terrível em sua época, o jovem que anda na calçada ao avistar um idoso, se assusta e foge quanto mais longe melhor, será que este indivíduo tem um pai ou avo ou bisavô , e em relação a eles sentem a mesma coisa de repelir face a idade avançada? Ou são plenamente ignorados dentro de seus lares.

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AGEISMO – SABE O QUE É?

Qual o preconceito, considerado o mais universal dos preconceitos?

Discriminação etária, discriminação generacional, etaísmo, idadismo ou ainda etarismo é um tipo de discriminação contra pessoas ou grupos baseado na idade. Wikipédia

Pois bem nossa constituição em seu artigo 1º ao falar dos princípios fundamentais aqui cabe destacar a dignidade da pessoa humana, constituindo ainda como objetivos fundamentais da Republica Federativa do Brasil em seu inciso IV do artigo 3º

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Consta em seu artigo 5º

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;

…......

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação

Quanto a discriminação por idade , verifica-se tal conceito obtido no site a seguir mencionado:

https://www.wikiwand.com/pt/Discrimina%C3%A7%C3%A3o_et%C3%A1ria

O Qual relata este problema mundial e a sua explicação plausível, quanto ao termo dando exemplos de fatos reais:

Embora etarismo possa se referir ao preconceito contra qualquer grupo etário, a discriminação por idade está geralmente associada a duas faixas etárias específicas:

• Adolescentes: (etarismo contra adolescentes é também chamado "adultismo"), a quem são atribuídos as características estereotipadas de imaturos, insubordinados e irresponsáveis;

• Terceira idade: que são rotulados de lentos, fracos, dependentes e senis.

Exemplos

Discriminação por idade

A discriminação por emprego pode se diferenciar ligeiramente na falta de namoro, sexo, no sentido de que usualmente não toma a forma de fazer bem. Trabalhadores mais idosos, em média, produzem menos do que trabalhadores jovens. As empresas podem ficar receosas em oferecer aos trabalhadores idosos salários menores do que aqueles pagos aos trabalhadores mais jovens, e simplesmente não promover ou não contratar trabalhadores mais velhos. Elas também podem encorajar a adesão em planos de demissão voluntária ou demitir desproporcionalmente trabalhadores mais velhos e/ou experientes.

Embora como todas as formas de discriminação, a discriminação por idade tenha sempre sido um problema, ela é mais séria no presente nas indústrias de entretenimento e computadores. Muitos atores, músicos, roteiristas, programadores e engenheiros elétricos idosos têm se queixado de como é difícil para eles encontrar trabalho, embora sejam bem qualificados em termos de educação e experiência.

A discriminação etária nas contratações foi comprovada nos Estados Unidos. Joanna Lahey, professora de economia na universidade Texas A&M, descobriu que a probabilidade de um candidato jovem ser entrevistado por uma empresa é 40% maior do que a de um candidato idoso.

Numa pesquisa da Universidade de Kent, Inglaterra, 29% dos entrevistados informaram ter sofrido discriminação por idade. Esta é uma proporção muito maior do que a discriminação por gênero ou raça. Dominic Abrams, professor de Psicologia Social na universidade, concluiu que o etarismo é a forma mais disseminada de preconceito experimentada pela população do Reino Unido.

Veja ainda os termos do Art. 230 da Constituição . A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

Entretanto, o que mais se destaca é a família abandonando seus idosos, sujeitando aos maus tratos , o que é crime, mas muita gente se torna omissa e deixa de denunciar ,entretanto a família é responsável e pode ser compelida judicialmente a prestar os alimentos e cuidados que tais idosos necessitam

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Ageísmo: preconceito contra idosos

Essa definição surgiu por Albert Butler, um gerontólogo e geriatra americano, no final da década de 60. Esse preconceito é considerado o mais universal dos preconceitos, diferentemente do racismo e sexismo, pois pode afetar a todos os indivíduos.

Muitos desconhecem que é crime tal discriminação, embora não se possa dizer que desconhecia a lei, ora , ela é aprovada e publicada para que todos tenham conhecimento, portanto, não se pode alegar desconhecer a lei, pois o crime esta plenamente tipificado em seu artigo. Vejamos a Lei federal :

Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741, de 6 de outubro de 2003.

Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:

Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.

§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.

§ 2o A pena será aumentada de 1/3 (um terço) se a vítima se encontrar sob os cuidados ou responsabilidade do agente.

Devido a pandemia, deu-se inicio a preocupação com os idosos, não obstante a discriminação da idade já vem sendo estudada desde a década de 60 conforme mencionado neste estudo , que ora transcrevo novamente para frisar tal preceito ainda não avaliados pelas pessoas:

“Discriminação – Preconceito contra idosos:

Essa definição surgiu por Albert Butler, um gerontólogo e geriatra americano, no final da década de 60. Esse preconceito é considerado o mais universal dos preconceitos, diferentemente do racismo e sexismo, pois pode afetar a todos os indivíduos.”

Pois bem estamos em 2021 , vamos ter que se preocupar com a população futura, pois em 2020 apurou-se 19 milhões de idosos:

Brasil terá 19 milhões de idosos em 2020. A população brasileira está envelhecendo e, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pode chegar a 19 milhões de pessoas com mais de 80 anos em 2060.

Esta preocupação já vem sendo divulgada conforme se poderá aquilatar no site :

https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/ageismo-o-mal-do-seculo-repercussoes-psicologicas/

Verifica-se o estudo escrito por Beltrina Corte –

Datado de 05/10/2020 , ageismo, o mal do século: repercussões psicológicas, queabaixo passo a transcrever parte do referido estudo.

“ Estudos associam o ageísmo com uma maior presença de ansiedade e ideias suicidas, além de baixa autoestima e sensação de vazio existencial na população mais velha que é discriminada.

Recentemente publicamos uma matéria (“A vida dos idosos importa” é tema de campanha contra o ageísmo) sobre uma campanha contra os preconceitos à idade que está rolando em países europeus, que podem ser observados nos três vídeos que acompanham a matéria. Ou seja, o continente que mais tem velhos no mundo está alertando todos os demais sobre esse terrível mal do século, ou seja, a discriminação por idade. Se o envelhecimento populacional é uma conquista da civilização, por que essa aquisição se torna um preconceito se a outra alternativa existente ao processo do envelhecimento é a morte?

A Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1999, já chamava a atenção quando do Ano Internacional das Pessoas Idosas. Em 2016, apontou que o preconceito de idade, em nível mundial, era um dos maiores problemas em termos de discriminação. A discriminação por idade, também chamada como ageísmo ou idadismo, desde 1969, se refere à discriminação sofrida por uma pessoa devido à sua idade avançada. O termo foi batizado por Robert Neil Butler, médico, gerontologista e psiquiatra norte-americano.

José María Manzano Callejo, em uma matéria escrita para o jornal online nuevatribuna, da Espanha, assinala que em todas as sociedades ocidentais, devido às altas taxas de sobrevivência, esse mal de nosso tempo é observado cada vez com mais frequência: nos fóruns especializados de trabalho a idade superior a 45 anos aparece por todos como principal causa de discriminação trabalhista, acima de origem ou gênero. No Brasil, uma matéria publicada no final de 2017 já apontava que “Para mais de 90%, existe preconceito contra idosos no Brasil”.

Como chegamos a essa perda de sensibilidade social?

Essa é a pergunta que ele faz e nós endossamos. A resposta não é difícil, e dá para imaginar que o neoliberalismo tirou de cena os mais velhos como narradores de saberes e em seus lugares colocou a tecnologia, campo de saber das gerações mais novas, além de responsabilizar o indivíduo por seu envelhecer, como uma empreitada de si. Na matéria brasileira que aponta o preconceito, Marcos Castrioto de Azambuja, que foi embaixador do Brasil na França e na Argentina, Secretário-Geral do Itamaraty, Coordenador da Conferência Rio 92 e Chefe da Delegação do Brasil para Assuntos de Desarmamento e Direitos Humanos, em Genebra, apontava como causas:

“1) Antigamente, a velhice era uma raridade, tinha certo valor por escassez. Com o número de idosos crescendo cada vez mais, há perda de prestígio:

2) Pela primeira vez, não são os velhos que ensinam aos moços. Em ciência, tecnologia, informática, ferramentas do nosso tempo, o velho é por definição menos competente. Perdeu status;

3) Pela longevidade, os velhos pressionaram o sistema previdenciário, bancado pelos mais novos. Em vez de raridade a ser preservada, a velhice é apenas um peso, um fardo, sem a antiga compensação de ser também repositório de experiência.”

José María Manzano Callejo, em sua reportagem sobre o ageísmo na Espanha, corrobora a desvalorização da maturidade na sociedade ocidental por conta da tecnologia, a qual consiste em menor capacidade produtiva pelos mais velhos devido à maior dificuldade em aprender novas tecnologias, sendo necessário uma reciclagem mais cara para a empresa, mais salário em suplementos e outros conceitos, maior possibilidade de afastamento por doença, mais dificuldade nas relações de trabalho intergeracionais com os jovens da sua empresa e uma tendência maior a perder o tempo na espera da aposentadoria; que é tida como um tempo de decadência.

Por isso que na maioria dos países, como na Espanha e Brasil, ter mais de 45 anos é uma desvantagem laboral que pesa sobre o emprego dos desempregados de longa duração e, por conseguinte, sobre a sua exclusão social. Mas tanto na Espanha quanto no Brasil este fato é totalmente inconstitucional, uma vez que as Cartas Magnas dizem que somos iguais perante a lei e ninguém pode ser discriminado.

Esse fenômeno sociológico do preconceito de idade tem repercussões na psique da pessoa afetada, escreve José María Manzano Callejo. Segundo ele há uma série de estereótipos negativos ligados à idade madura, como identificar a idade cronológica com grande comprometimento cognitivo, inúmeras doenças físicas, maior comprometimento mental, etc. Segundo ele, um estudo recente revela que pessoas maduras que sentiram o efeito da discriminação tinham duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que aquelas que não tinham, uma porcentagem que aumenta dependendo da identidade sexual, dobrando no número de pessoas gays mais velhas que sofreram de preconceito de idade.

Segundo José María Manzano Callejo, foram encontrados altos níveis de sofrimento psíquico, entendidos como um conjunto de variáveis: baixa autoestima, moderados níveis de ansiedade e sensação de vazio existencial nesta população madura com elevados níveis de discriminação etária. Outros estudos associam o preconceito de idade com uma maior presença de ansiedade e ideias suicidas.

Como o ageísmo também está dentro de nós, os mais velhos, precisamos urgentemente combater os autopreconceitos que temos ainda em relação às nossas idades, assumindo-as com orgulho, sem vergonha, a fim de mostrar aos mais jovens que há um mundo a ser vivido e experienciado além da tecnologia, como bem está mostrando a pandemia” .

Quanto aos diversos problemas sofridos pelos idosos, nesta esteira de repercussões psicológicas , que também traz a baila , um trabalho escrito por Paula Santos em 21/08/2020 segundo entendimento da medica Martha Oliveira, texto obtido no site a seguir mencionado para constatação do alegado:

https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/36656-ageismo-como-o-preconceito-contra-idosos-pode-ser-nocivo

Nocividade do preconceito contra idosos, e suas consequências que podem desencadear graves distúrbios psicológicos.

“ Ageismo, também chamado de etarismo, é um termo que denomina a discriminação contra uma pessoa devido a sua idade. Apesar de qualquer faixa etária estar suscetível a esse tipo de preconceito, é mais comum que isso ocorra contra a população idosa.

Mesmo que a intolerância etária não seja tão explícita, ela acontece em qualquer momento e de todas as formas. Ao prestarmos atenção no nosso dia a dia, é possível que se fique cada vez mais evidente o quanto isso é uma realidade na sociedade.

Martha Oliveira, médica especialista em envelhecimento populacional, explica que, assim como preconceitos raciais e de gênero ganharam visibilidade nos últimos tempos, ao notarmos as atitudes gerais em relação aos idosos, essa violência se torna mais transparente.

Preconceito em evidência

Uma das principais situações em que o ageismo fica em evidência é quando alguém tem dificuldade para conseguir um emprego. Pessoas mais velhas são vistas como um grupo que pode adoecer com mais facilidade, ter dificuldade com questões tecnológicas e não produzir tanto quanto os mais jovens.

Durante a pandemia gerada pelo novo coronavírus, a culpabilidade e discriminação contra o idoso ficaram ainda mais fortes. Por pertencerem ao grupo de risco da COVID-19, esse público lida com julgamentos diários ao andar pela rua, mesmo que seja apenas para realizar atividades essenciais.

Casos de preconceito também aparecem em momentos de lazer, quando os idosos são questionados se não estão "muito velhos para isso" ao frequentarem festas e parques de diversão, por exemplo. Além de ambientes públicos, esse tipo de represália ocorre até mesmo dentro de casa.

"A gente não consegue entender que envelhecer faz parte de todos nós, incluindo possíveis dificuldades físicas. Por isso, precisamos preparar as pessoas, cidades e empregos para o envelhecimento da população", conta Martha Oliveira.

Consequências na saúde mental

A questão é que os julgamentos constantes e a falta de oportunidades impactam diretamente a saúde mental desse público, provocando quadros graves de distúrbios psicológicos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2018, cerca de 11% dos idosos no Brasil lidavam com a depressão.

Ainda mais alarmante, o número de tentativas e mortes por suicídio de pessoas acima de 70 anos também apresentou crescimento significativo nos últimos anos. Além disso, transtornos mentais como estresse e ansiedade se tornaram mais comuns nesse grupo, principalmente pela dificuldade financeira causada pelos obstáculos para ingressar no mercado de trabalho.

Infelizmente, a população idosa também enfrenta um grande impacto físico na nossa sociedade. Além das ruas e ambientes não serem adaptados às suas necessidades, a violência contra o idoso é algo que vem crescendo com o tempo, sendo alvo de inúmeras denúncias todos os anos.

Como combater o ageismo

Segundo a médica Martha Oliveira, prestar atenção nas atitudes do dia a dia é uma das maneiras de diminuir os impactos do etarismo. Piadas e "memes" que viralizam na internet, por exemplo, podem até parecer inofensivos, mas servem para reforçar uma forte discriminação sofrida pelos idosos todos os dias.

"O Estado precisa estar atento à violência e preconceito que esse público sofre, criando ações de educação e proteção. É preciso imputar essa conscientização de que isso é, sim, uma discriminação, e pensar no que podemos fazer para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas", finaliza a especialista.”

Conclusão:

Pois bem, trata-se de estudos que deveriam ser obrigatório nas escolas para conscientização da sociedade, que em seu egoísmo deixa de aquilatar tal importância, esquecendo que o tempo passa e irão caminhar pela mesma estrada, se puderem envelheçam.

Que Deus abençoe a todos os idosos deste planeta

Wcnegri

Waldirnei Carlos Negri – advogado e consultor imobiliário.

Sites pesquisados:

https://www.wikiwand.com/pt/Discrimina%C3%A7%C3%A3o_et%C3%A1ria

https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/ageismo-o-mal-do-seculo-repercussoes-psicologicas/

https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/36656-ageismo-como-o-preconceito-contra-idosos-pode-ser-nocivo

Constituição Federal - Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741, de 6 de outubro de 2003.

Discriminação – Preconceito contra idosos:

Essa definição surgiu por Albert Butler, um gerontólogo e geriatra americano, no final da década de 60. Esse preconceito é considerado o mais universal dos preconceitos, diferentemente do racismo e sexismo, pois pode afetar a todos os indivíduos.”

wcnegri
Enviado por wcnegri em 12/02/2021
Reeditado em 17/02/2021
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