Resistir para manter a neurose -Parte III
A resistência durante o processo de análise se persistir e não for devidamente trabalhada, poderá ocasionar um desconforto que culminará em falta de sentido e falta de propósito na própria vida do analisando.
A forma como o analisando se comporta durante a sessão de psicanálise irá determinar o seu sucesso com a terapia. Pacientes que se concentram em suas experiências internas e e permitem que através da linguagem –simbologia-comunicação flua livremente durante a sessão o eu, conseguem se libertar das neuroses que o aprisionam.
É errado forçar os pacientes a entregarem os seus segredos, porém, é preciso e imprescindível que o analista durante o processo da análise demonstre ao analisando a importância de se ter a consciência e compreender os desafios da vida para assim poder desistir de manter a neurose.
Cabe ao psicanalista fazer o analisando compreender que está resistindo, o motivo pelo qual ele está resistindo, ao que ele está resistindo e de que forma ele está resistindo.
Livre da resistência, cada neurose pode receber o recurso (tratamento) necessário para ser trabalhada e superada. Quando resistimos a análise não conseguimos nos transformar e não estaremos preparados para vencermos sozinhos a situação que nos atormenta.
Pode-se mencionar que quando sentimos e identificamos com precisão esses sentimentos, novos insights sobre a situação irá ocorrer e assim haverá a sensação de mudança fazendo com que a pessoa seja capaz de se mover além do local preso.
Convêm lembrar que a análise possui todos os recursos possíveis para preparar a nossa mente neurótica para uma evolução (correto e saudável desenvolvimento).É através da análise que podemos compreender quem realmente somos e assim por meio dela, poderemos transformar a nossa realidade nos aceitando .
É preciso entender os nossos traumas e aceitá-los como parte de nossa vida, abrindo mão da necessidade de resistir ao tratamento para manter a neurose, só assim poderemos superar um conflito interno e seguir a diante.