Resistir para manter a neurose -Parte II
A resistência gera ao inconsciente do analisando a falsa ideia de que se resistir e não sentir ,a dor e a neurose não terão qualquer significado.
Essa imensa força encontrada dentro de cada paciente poderá ser classificada como: resistência sutil; resistência complexa; resistência vaga ou egossintônica.
A resistência sutil é aquela que ocorre de forma delicada, calma que não é agressiva e não se impõe; é o simples manter-se em silêncio.
A resistência complexa é a resistência de difícil compreensão; resistência complicada, repleta de ínfimos detalhes que não esclarecem mas confundem que a interpreta.
A resistência vaga, também chamada de resistência egossintônica é aquela força cujo comportamento ,valor e sentimento estão em harmonia e são aceitáveis para as necessidades do próprio ego,seria a resistência para proteger a autoimagem.
Percebe-se que este meio de defesa utilizado por alguns pacientes tem uma simbologia anestésica sendo utilizada para aliviar a dor, mas a anestesia tira o sentir de tudo, então, em relação a nossa mente, como saberemos sem sentir dor o que é realmente o amor? como saberemos sem sentir dor o que realmente é o prazer?sem sentir,como,então, saberemos que estamos realmente vivos?...
O não sentir traz como consequência a ausência do sentido, a ausência do significado e a ausência da direção. Toda esta ausência prejudica o desenvolvimento psíquico do ser humano que passa a apresentar sintomas de angústia isso porque é natural da pessoa estar em busca de um significado para tudo nessa vida.