SISTEMA IMUNOLÓGICO – PROCESSO

INTRODUÇÃO

Em continuação à série de textos para tentar entender o noticiário, formar opinião e crítica sobre a virose pandêmica, bem como compartilhá-los com aqueles em situação e interesse semelhantes, organizou-se o material pesquisado relacionado ao sistema imunológico humano.

Essa organização ficou muito extensa e então foi subdividida em três: a primeira sobre a função do sistema e suas respostas; a segunda sobre os componentes, os integrantes do sistema imune; e a terceira sobre o processo de respostas. As duas primeiras publicadas em artigos anteriores e a terceira, objeto desta publicação.

Norteará o desenvolvimento desse artigo abordagens gerais sobre o processo, sem esquecer que, pertence à grande sofisticação do sistema imune, o fato de as células e moléculas serem os agentes operacionais do confronto com os microrganismos invasores.

Antes, serão enumerados conceitos básicos que foram desenvolvidos em artigos anteriores e que dão suporte ao entendimento sobre o processo do sistema imune.

Indispensável leitura dos artigos anteriores: “Sistema Imunológico – Funções e Tipos de Respostas”; e “Sistema Imunológico – Componentes”

Óbvio, que este texto, os anteriores e os que virão têm a limitação de nível de entendimento sobre o material pesquisado e, também, de o quanto de aprendizado, publicado em língua portuguesa, estava disponível no “Google” durante a pesquisa.

CONCEITOS BÁSICOS RELEVANTES

Antígeno

Qualquer substância que seja reconhecida pelo sistema imune e estimule resposta imunológica. Geralmente, os antígenos são moléculas desconhecidas, que se destacam de células estranhas de bactérias, vírus, outros micro-organismos, parasitas, ou de células cancerígenas.

Anticorpos

Proteína do soro sanguíneo (imunoglobulina) segregada pelos linfócitos B em reação à entrada no organismo de antígeno.

Fagocitose

É o processo em que uma célula traga e ingere um micro-organismo invasor, outra célula, ou um fragmento de célula.

Resposta Imune

É a função básica do Sistema Imunológico, ou Imune, ou ainda Imunitário. Consiste em distinguir o que é estranho ao organismo e, identificada a presença de antígenos, deflagrar processos para sua eliminação.

Imunidade Inata ou Natural

Existe sempre em indivíduos saudáveis. O indivíduo já nasce com esse tipo de imunidade. É resposta rápida, não específica, estereotipada a número grande, mas limitado, de estímulos estranhos ao corpo. É mediada por barreiras físicas e mecânicas; barreiras fisiológicas; barreiras celulares; e barreiras químicas.

Imunidade Adquirida Humoral

É o principal mecanismo de defesa contra microrganismos e é mediada por anticorpos, leucócitos - B.

Imunidade Adquirida Celular

Promove a destruição de microrganismos presentes nas células infectadas (ou em glóbulo branco especializado - fagócito) e não é mediada por anticorpos, mas por linfócitos – T (células do sistema imunológico e, também, grupo de glóbulos brancos – leucócitos - responsáveis pela defesa do organismo contra agentes desconhecidos - antígenos).

RESPOSTA IMUNE NORMAL

Após a entrada de invasor no organismo humano, a invasão de célula e replicação, cópias do invasor (vírus) vão se acumulando durante dias, aumentando a carga viral.

Resposta imunológica normal consiste em: reconhecer antígeno estranho potencialmente nocivo; ativar e mobilizar forças para se defender contra o antígeno; atacar o antígeno; e controlar e finalizar o ataque.

RESPOSTA IMUNE DISFUNCIONAL

Se o sistema imunológico tiver disfunção e confundir algo do próprio organismo humano com algo estranho (antígeno), pode atacar os tecidos que deveria defender, causando doenças chamadas auto imunológicas, ou autoimunes, como artrite reumatoide, tireoidite de Hashimoto ou lúpus eritematoso sistêmico (lúpus).

A disfunção do sistema imunológico ocorre quando o organismo: gera resposta imunológica contra si mesmo (doença autoimune); não consegue gerar respostas imunológicas apropriadas contra os microrganismos que o invadem (doença por imunodeficiência); e gera resposta imunológica excessiva a antígenos, muitas vezes inofensivos, e prejudica tecidos normais (reação alérgica).

VISÃO GERAL DO PROCESSO DE RESPOSTAS

A partir das pesquisas para organizar informações nos artigos anteriores, podemos dizer que: o sistema imunológico é constituído por intrincada e complexa rede de órgãos, tecidos, células e moléculas, e tem por finalidade manter a homeostase do organismo, combatendo as agressões em geral; se objetiva por meio das respostas imunes: Inata e Adaptativa ou Adquirida (Adaptativa Humoral e Adaptativa Celular); as respostas se objetivam em operações de defesa realizadas no nível celular, ou molecular que vão desde o reconhecimento molecular dos agentes agressores até a recuperação tecidual com o restabelecimento funcional do tecido ou órgão.

Seja qual for o tipo de resposta, para ser bem sucedida exige o cumprimento de o Plano de Ação que segue os passos de Resposta Imune Normal: reconhecimento; ativação e mobilização; regulação; e resolução. Além dessas etapas, as respostas acontecem obedecendo a uma sequência lógica.

ETAPAS DO PLANO DE AÇÃO

Reconhecimento

Os invasores somente poderão ser destruídos, se o Sistema Imune, primeiramente, reconhecê-los.

O Sistema Imunológico é capaz de distinguir o que é estranho ao organismo, visto todas as células terem moléculas de identificação na sua superfície, como se fosse espécie de digital celular.

Nas pessoas, as principais moléculas de auto identificação denominam-se Antígenos de Leucócitos Humanos (HLA) ou complexo principal de histocompatibilidade (MHC).

Cada indivíduo tem essa digital celular, ou seja, combinação única de HLAs. O sistema imunológico de cada indivíduo reconhece esta combinação única como própria. Quando uma célula apresenta, na sua superfície, moléculas que não são iguais às das células próprias do organismo, é identificada como estranha.

Ativação e Mobilização

A ativação se dá a partir do reconhecimento dos antígenos e, a seguir, a mobilização decorre da ativação por algum processo, que convoca e reúne outras células de defesa do organismo.

Regulação

Consiste em ajustes, calibragem da resposta imunológica de forma a evitar dano maior ao organismo, como ocorre nas respostas imunológicas não normais, como o caso das doenças autoimunes.

Resolução

A resolução implica restringir o invasor e eliminá-lo do organismo. Nos caos da Resposta Adaptativa essa eliminação inclui a retenção das células de memória. O organismo retém as células de memória, que fazem parte da imunidade adquirida, de forma a lembrar de os invasores específicos e poder dar uma resposta de forma mais vigorosa e mais rápida na próxima invasão. Ou seja, o sistema imune possui memória, arquivo de digitais celulares dos microrganismos que já atacaram o organismo.

LINHAS DE AÇÃO OU DEFESAS

É possível simplificar com a afirmação: o sistema imune se processa tendo como linhas de ação as duas formas de respostas: Inata ou Natural; e Adquirida ou Adaptativa.

Essas linhas de ação, ou essas respostas imunes, incluem série de defesas do organismo humano: barreiras físicas ou mecânicas; glóbulos brancos; moléculas de defesa (como anticorpos e proteínas do complemento); órgãos linfoides.

Essas linhas de ação vão ocorrendo conforme o as funcionalidades de cada resposta e o nível da invasão. Quando as barreiras físicas ou mecânicas bem como suas secreções defensivas são vencidas pelos microrganismos invasores, então os glóbulos brancos, ainda na Resposta Imune Natural ou Inata, operacionalizam a defesa. Se com a Resposta Inata permanece o invasor, então a Resposta Imune Adquirida Humoral, mas se o nível da invasão for celular, então o organismo responde por meio da Resposta Imune adquirida Celular.

PRIMEIRA LINHA DE DEFESA DO ORGANISMO HUMANO

RESPOSTA INATA OU NATURAL

A primeira linha de defesa visa impedir a entrada e a proliferação de micro-organismos. Consiste em respostas mais iniciais, rápidas, estereotipadas, menos especializadas, restrita a número grande, mas limitado de estímulos e sem geração de memoria imunológica. Alguns exemplos:

Pele

A pele integra eficiente barreira física para impedir a entrada de microrganismos. Sua célula mais presente, os queratinócitos, secreta peptídeos (moléculas que participam da estrutura e dos processos bioquímicos dos organismos dos seres vivos) antimicrobianos (defensinas); e as glândulas sebáceas secretam substâncias inibidoras de microrganismos (como ácido láctico, ácidos graxos), que funcionam como antibióticos naturais.

Trato Respiratório

Defende-nos muito bem contra as ameaças presentes no ar. O simples ato de tossir ou espirrar contribui para nossa defesa. O muco produzido e os cílios em constantes movimentos capturam as partículas contendo agentes estranhos e varrem para a faringe onde são engolidas e, posteriormente, eliminadas. No entanto, aqueles agentes estranhos que escapam dessa barreira e conseguem chegar aos pulmões são fagocitados por macrófagos.

Olhos

A secreção de lágrimas contém uma substância denominada lisozima (enzima de função defensiva, abundante em secreções animais), que é bastante efetiva contra vários microrganismos.

Caso os patógenos consigam vencer essas barreiras, a Resposta Imune Nata, também, é composta por células circulantes (granulócitos e agranulócitos) e teciduais.

Os granulócitos compreendem os neutrófilos, eosinófilos e os basófilos que, com seus grânulos, armazenam substâncias, verdadeiras armas no combate aos patógenos.

Os neutrófilos, numerosos no sangue, fagocitam (operam a fagocitose) os microrganismos. Posteriormente, o conteúdo dos grânulos e outros produtos produzidos pelos neutrófilos são responsáveis pela destruição desses agentes infecciosos. Dessa forma, quando se está com infecção de garganta causada por bactérias, os neutrófilos aumentam em numero para poder fagocitar e destruir esses agressores.

Eosinófilos é defesa contra os parasitas e alergias Uma das principais funções dos eosinófilos é a defesa contra os parasitas, como helmintos. Sua enzima chamada histamina é responsável direta por regular as respostas alérgicas de nosso corpo.

Basófilos desempenham papel importante nas reações alérgicas e anafiláticas. Atuam sobre as infecções, através da liberação da heparina, propriedades anticoagulantes, e da histamina propriedades anti-inflamatórias e antialérgicas.

Os monócitos são agranulócitos, não possuem grânulos, e assim que são produzidos na medula óssea, migram para os tecidos onde se transformam em macrófagos, que tem como principal função a fagocitose (processo de ingestão e destruição de partículas sólidas) de microrganismos e células mortas.

Além das barreiras e células, participam também da Resposta Imune Inata moléculas, tais como proteínas plasmáticas denominadas sistema complemento e citocinas.

Sistema complemento é composto por proteínas da membrana plasmática solúveis no sangue que, quando ativadas, funcionam como opsoninas, moléculas que se ligam aos antígenos e facilitam o processo de fagocitose e eliminação dos patógenos. Exemplo de moléculas complemento: Proteína C - que quando ativadas contribuem para a fagocitose e eliminação dos patógenos.

Citocinas

Nome geral dado a qualquer proteína que é secretada por células e que afeta o comportamento das células vizinhas portadoras de receptores (estruturas que surgem na superfície das membranas) adequados.

De forma ampla e geral podem: mandar as células se dividirem ou pararem de se dividir, estimulá-las a secretarem suas próprias moléculas de sinalização, ou expressarem novos receptores, ou ordená-las a se "autodestruírem". Citocinas, mensageiros do sistema imune.

De forma particular, entre suas principais funções: regular a duração e intensidade das respostas especificas; recrutar células efetoras para as áreas onde se desenvolvem respostas; e induzir a geração e maturação de novas células, a partir de precursores.

Como exemplo de uma de suas categorias a dos Interferons. Interferon, (IFN) é uma proteína, tipo de citocina, produzida pelos leucócitos e fibroblastos (célula constituinte do tecido conjuntivo, tecido de múltipla funcionalidade – unir, preencher, sustentar, conduzir) para interferir na replicação de fungos, vírus, bactérias e células de tumores e estimular a atividade de defesa de outras células.

Os interferons induzem um estado de resistência antiviral em células teciduais não infectadas.

RESPOSTA ADAPTATIVA OU ADQUIRIDA

A segunda linha de defesa visa: evitar a proliferação de patógenos; e cuidar da destruição dos mesmos. Consiste em reações mais tardias e demoradas (de quando se trata de primeira exposição ao antígeno), e bem especializadas. Essa resposta é altamente específica, porque tem a capacidade de distinguir diferentes moléculas provenientes de agentes infecciosos e, principalmente, por diferenciar entre o que é estranho e próprio ao organismo.

Memória Imunológica é propriedade exclusiva da Resposta Imune Adaptativa, na qual o organismo consegue “lembrar” de maneira específica do antígeno estranho e responder com mais intensidade e rapidez a partir da segunda exposição ao mesmo.

Componentes Específicos

Componente celular e componente molecular faz parte da resposta imune adaptativa.

Componente Celular

Engloba: os linfócitos, que são leucócitos (agranulócitos) presentes na circulação e nos tecidos e que expressam, em sua superfície, receptores com alta especificidade para diversos antígenos; e as Células Apresentadoras de Antígenos.

Essa alta especificidade dos receptores dos linfócitos – receptores reconhecedores de padrões (PRRs) se deve a padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs).

Exemplo de PRR, receptores normalmente ancorados na membrana celular: receptor reconhecedor de manose (açúcar da série de carboidratos de seis carbonos).

Classes de Linfócitos: Linfócitos B; Linfócito T(regulador); Linfócito T CD4+ (auxiliar) Linfócito TCD8+ (citotóxico).

Linfócitos B

Reconhece os microrganismos. A única célula capaz de produzir moléculas conhecidas como anticorpos, ou imunoglobulinas. Tais moléculas neutralizam os patógenos e facilitam sua eliminação pelos fagócitos.

Linfócitos T (Regulador)

Inibe a função de outros linfócitos para coordenar e controlar a resposta imunológica adquirida.

Linfócito T CD4+ (auxiliar)

Ao reconhecerem antígenos, devidamente identificados por células apresentadoras de antígenos (dendríticas, macrófagos e células B), produzem citocinas para ativar os Linfócitos B e os Macrófagos.

A Imunidade Adquirida demora a se desenvolver depois de um encontro inicial com novo invasor, pois os linfócitos têm que se adaptar. Mas, depois deste tempo, a resposta é rápida. As células B e as células T trabalham juntas para destruir os invasores.

Na Imunidade Adquirida, os glóbulos brancos chamados linfócitos (células B e células T) se deparam com um invasor, aprendem a atacá-lo e “lembram” do invasor específico de modo que possam atacá-lo de forma ainda mais eficaz na próxima invasão.

Linfócito TCD8+ (citotóxico)

Responsável pela morte de células infectadas por patógenos intracelulares como bactérias, vírus e células tumorais.

Células Apresentadoras de Antígenos

Dendríticas

São leucócitos especializados na captura e apresentação de antígenos para os linfócitos. Células dendríticas são consideradas ponte entre a Imunidade Inata e a Adaptativa, por serem atraídas e ativadas por elementos da resposta Inata e viabilizarem a sensibilização de linfócitos T da Resposta Imune Adquirida, ou Adaptativa.

As células dendríticas, quando imaturas, migram através da corrente sanguínea para entrarem nos tecidos. Entre suas funções estão a fagocitose (ingestão e destruição de partículas sólidas pelos fagócitos) e a micropinocitose, ingestão continua de grandes quantidades de fluído extracelular e seu conteúdo. Após o encontro com patógeno, maturam rapidamente e migram para os nódulos linfáticos, onde realizam a apresentação de antígenos, para os linfócitos T.

Macrófagos

Células de defesa do organismo derivadas do monócito, tipo de linfócito produzido na medula óssea. Esse monócito após ser eliminado pela corrente sanguínea e atravessado os vasos se diferencia em macrófagos. São encontrados em todo tecido conjuntivo e se concentram em órgãos com função de defesa do organismo como, por exemplo, o fígado, baço, linfonodos.

São as células fagocitárias mais relevantes. São células de migração lenta e estão dispersos pelos tecidos do corpo. As funções dos macrófagos se caracterizam pela neutralização, ingestão (fagocitose) e destruição de antígenos, além de apresentar e processar antígenos para os linfócitos T CD4+.

Componente Molecular

Destaques para os anticorpos, as citocinas (também participam da Imunidade Inata) e as quimiocinas.

Anticorpos

São glicoproteínas (tipo de macromolécula de proteína associada a resíduos de açúcar) também chamadas de imunoglobulinas, que possuem como principal função garantir a defesa do organismo. Encontradas no plasma, em compartimentos citoplasmáticos, na superfície de algumas células, no líquido intersticial (pouco de líquido que sai dos vasos sanguíneos sob pressão e entra no espaço entre as células do corpo) e até mesmo no leite materno.

Os anticorpos são produzidos por plasmócitos, que se formam após a diferenciação de um leucócito chamado de linfócito B. A produção de anticorpos ocorre após a estimulação do linfócito por determinado antígeno, como um vírus ou uma bactéria.

Quimiocinas

Grande família de pequenas citocinas especializada, que funciona como potente mediadora ou reguladora da inflamação, pela habilidade de recrutar e ativar subpopulações específicas de leucócitos. Estimulam o movimento dos leucócitos e regulam a migração destes do sangue para os tecidos,

Tipos de Resposta Imune Adquirida

Humoral

É mediada pelos anticorpos produzidos pelos linfócitos B e atua na defesa contra micro-organismos extracelulares.

Celular

É mediada por linfócitos T. Originados na medula óssea, maturados no timo e fazem parte do sistema de vigilância imunológica bem como se deslocam pela corrente sanguínea e pelo sistema linfático.

Os Linfócitos T apresentam-se em duas classes principais. A primeira se diferencia, em células específicas, que matam as células infectadas; a segunda classe de células atua na ativação de outras células, como os linfócitos B e os macrófagos, além de coordenar a resposta imune.

Na Resposta Imune Adquirida Celular, muitos patógenos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, tem a capacidade de sobreviver e proliferar no interior dos fagócitos e outros tipos celulares. Assim, tais micro-organismos ficam fora do alcance dos anticorpos.

Nesses casos, se faz necessário o auxilio dos linfócitos T CD4+ - que produzem citocinas especializadas em estimular a proliferação e diferenciação dos linfócitos T, além de ativar outras células de defesa - e os linfócitos T CD8+ - cujos produtos denominados perforinas e granzimas induzem a morte da célula infectada.

Perforina

É proteína efetora citotóxica formadora de poros, expressa especificamente em células T citotóxicas. Tais proteínas são armazenadas na sua forma ativa em grânulos citotóxicos e só é liberada a exercer sua função após o reconhecimento do antígeno na superfície de célula-alvo.

Granzima

É enzima (grupos de substâncias orgânicas de natureza normalmente proteica, que catalisa reações químicas que, sem sua presença, dificilmente aconteceriam) liberada por células citotóxicas para: eliminar células cancerosas, defeituosas ou infectadas; matar as bactérias; e inibir a replicação viral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sinteticamente, podemos concluir que:

Timo e Medula Óssea são órgãos geradores, são matrizes das células ativas das respostas imunes. Essas células matrizes migram para a corrente sanguínea e alcançam tecidos e órgãos onde se diferenciam, maturam e se especializam;

a resposta imune ocorre por meio de mecanismos (como: estimulação celular por antígenos, opsonização e reconhecimento de antígenos, produção anticorpos e outras proteínas, indução de geração e maturação de células, e ativação, ou síntese de proteínas, fagocitose, recrutamento de células efetoras, liberação de mediadores químicos, regulagem e calibragem das respostas), ativados por padrões moleculares associados aos antígenos e operacionalizados por substâncias, células e moléculas de defesa (como: substâncias antibióticas naturais, moléculas antimicrobianas, células de defesa : Linfócito NK Natural Killer; Linfócito B; Linfócitos T, T CD4+, T CD8+; leucócitos fagocíticos: neutrófilos, monócitos e macrófagos; mediadores químicos: lisozimas, interferon, sistema complemento; proteínas: Proteína C, citocinas, perforinas; enzimas: perforinas)

Entretanto, os artigos, bem distantes de aprofundamento para o saber sobre o sistema imune, tiveram como objetivo entendimento que permitisse nos conhecer melhor como organismo, entender o noticiário e com outros artigos que virão formar opinião e nos preparar melhor para nossas escolhas relacionadas à prevenção e, se necessário, tratamento de viroses.

Para quem pesquisou, organizou as informações em textos e para aqueles que se interessaram e leram chegamos á conclusão de quanto somos ignorantes sobre o assunto, pelo tanto que percebemos faltar compreensão. Para todas as operações do processo citadas, falta o conhecimento de como são processadas, ou seja o processo no nível de reações físico-químicas, microbiológicas...Como é feito o reconhecimento do antígeno pelo Linfócito T, por exemplo, ou como se diferenciam e se especializam as células, por exemplo linfócitos B e T, como se dá o processo de mensagens das citocinas... Mas, é assim mesmo, quanto mais procuro o entendimento, mais tomo consciência da dimensão de minha ignorância.

Mas, por outro lado nos maravilhamos com a beleza e sabedoria do sistema imunológico e ficamos mais confiantes na saúde e menos apavorados com a doença.

Com o objetivo semelhante de artigos publicados: OMS – Organização Mundial de Saúde; Vírus; Carga Viral; Imunidade; Viroses; Sistema Imunológico – Função e Tipos de Respostas; Sistema Imunológico - Componentes; bem como deste, é pretensão a elaboração dum próximo, sobre prevenção e tratamento de viroses.

FONTES:

casadaciencia.com.br;

ibapcursos.com.br;

pt.wikipedia.org;

scielo.br; e

stoodi.com.br.

J Coelho
Enviado por J Coelho em 13/10/2020
Reeditado em 22/10/2020
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